AVALIAÇÃO DO GANHO DE PESO CORPORAL, CONSUMO ALIMENTAR E PESO DOS TECIDOS RENAL E HEPÁTICO EM MODELO DE RESTRIÇÃO E HIPERALIMENTAÇÃO NEONATAL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Poliana Lucia de Alcantara
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFLA
Texto Completo: http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/44003
http://sip.prg.ufla.br/arquivos/php/bibliotecas/repositorio/download_documento/20191_201611270
Resumo: A obesidade é um processo fisiológico caracterizado pelo excesso de gordura corporal e acúmulo de tecido adiposo que pode causar alterações endócrinas e metabólicas trazendo prejuízo ao funcionamento do corpo e saúde. No presente estudo, objetivou-se avaliar o efeito da hiperalimentação e subalimentação neonatal sobre o ganho de peso corporal, consumo alimentar e os pesos dos tecidos renal e hepático nos modelos de obesidade induzida por redução ou expansão de ninhada. Os experimentos foram previamente aprovados pelo Comitê de Ética no Uso de Animais da UFLA (nº 0022018). Foram selecionados camundongos C57BL6 adultos com aproximadamente 45 a 55 dias aos quais foram submetidos ao acasalamento durante sete dias, agrupando três fêmeas para cada macho. Após 2 dias do nascimento, as ninhadas foram separadas em grupos, o grupo controle (C) com 8 a 10 filhotes por ninhada, hiperalimentados (H) com 3 a 4 filhotes e subnutridos (S) com ninhadas de 15 a 16 filhotes. Ao completarem 21 dias os filhotes foram separados das mães e mantidos com alimentação e água a vontade. Para avaliar o ganho de peso os animais foram pesados a cada dois dias e o consumo alimentar mensurado semanalmente. Aos 120 dias os animais foram submetidos à eutanásia por exsanguinação cardíaca e recolheram-se os tecidos hepático e renal pesando-os posteriormente. As análises estatísticas foram realizadas no GraphPadPrism®, sendo realizado o teste t de Student para comparação entre dois grupos, adotando significância de p 0,05. Os resultados apresentaram diferença significativa entre os pesos dos animais. Aos 21 dias os animais do grupo S (5,28 ±0,6640 g) apresentaram menor peso comparado ao C (8,813±0,7436 g p0,05), sem diferença entre o H. Aos 120 dias os animais do grupo H (26,13±0,3307 g) apresentaram maior peso comparado ao C (24,73±0,2186 g) com p0,05, sem diferença no grupo S. Em relação ao ganho de peso (), o grupo S apresentou maior ganho comparado ao C (p0,01). Em relação à ingestão alimentar, não foi observado diferença significativa entre os grupos e o peso dos tecidos renal e hepático também não apresentaram diferença entre os grupos. Conclui-se então que o modelo de hiperalimentação foi eficaz gerando maior ganho de peso na vida adulta, já a expansão da ninhada gerou desnutrição inicial com rápido ganho de peso, porém essas modificações no peso não foram suficientes para modificar o peso dos tecidos renal e hepático.
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