DESNATURALIZANDO OS GÊNEROS: UMA ANÁLISE DOS DISCURSOS BIOLÓGICOS: DENATURALIZING THE GENDERS: AN ANALYSIS OF BIOLOGICAL DISCOURSE
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Ensaio (Belo Horizonte. Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.ufmg.br/index.php/ensaio/article/view/34164 |
Resumo: | Nesta pesquisa investigamos, em reportagens da revista Superinteressante, o processo de construção dos gêneros por meio de discursos biológicos/científicos, e a produtividade social desses discursos. Este estudo fundamenta-se nos campos teóricos de Michel Foucault e dos estudos culturais para pensar sobre a articulação saber/poder do processo de produção de gêneros divulgados nos discursos biológicos publicados pela pedagogia cultural da mídia. Nesta investigação, ficou evidenciado que os discursos biológicos predominantemente justificam e naturalizam as masculinidades e feminilidades como evidências biológicas, o que acaba por produzir e legitimar formas supostamente naturais de ser homem ou mulher e comportamentos esperados socialmente. No entanto, entendemos que os gêneros são construções sócio-históricas e culturais que nascem em relações de poder-saber, sendo as feminilidades e masculinidades não somente constituídas pelas características biológicas. This research investigated reports in the magazine Superinteressante, how gender identity is constituted in the biological/ scientific discourse, and social productivity of these discourses. It is based on the theoretical fields of Michel Foucault and the Cultural Studies, in order to consider the connection between power/knowledge of production of gender through biological discourse published in the cultural pedagogies. In this investigation, evidence indicated that the biological discourses predominantly justify and naturalize the masculinity and femininity as biological evidence, which eventually produces and legitimizes supposedly natural ways of being male or female and socially behaviors expected. However, the genders are understood as socio-historical and cultural constructions, born from power-knowledge relationships, and where femininity and masculinity are not only constituted by biological characteristics. |
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