Repetir para inventar: A recepção dos clássicos na França Ocupada

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Rafael Guimarães Tavares
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Temporalidades
Texto Completo: https://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/5861
Resumo: Toda civilização estabelece suas bases e desenvolvimentos a partir de uma relação dialética entre tradição e inovação, na qual certas tendências prevalecem conforme as circunstâncias históricas específicas. Partindo da constatação de que períodos de guerra são especialmente delicados no que diz respeito à experiência humana no interior dessa dialética, pretendo sugerir que alguns escritores francófonos retomaram mais ou menos explicitamente textos e figuras da tradição ocidental para reescrevê-los durante o período de ruptura histórica que representou a ocupação da França pela Alemanha nazista: Jean Anouilh, Simone de Beauvoir, Albert Camus, Jean-Paul Sartre e Paul Valéry são alguns dos autores que esboçaram em obras escritas nesse período um aparente retorno a textos tradicionais da civilização antiga. Gostaria de analisar esse “retorno” – suas possíveis razões e implicações, tanto do ponto de vista social quanto filosófico – valendo-me para isso do conceito de “falsificação”, nas linhas daquilo que foi desenvolvido por Lorena Lopes da Costa, em uma tese defendida em 2016.
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