Emoções e política: primeiras aproximações
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Varia História (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-87752005000200004 |
Resumo: | Grande parte das pesquisas históricas tem se furtado a abordar do papel das emoções na construção das atividades políticas e sociais; um tipo de estudo a que muitas vezes rechaçam, acusando-o de produzir determinismos psicológicos. Mesmo várias vertentes da História Política fizeram das emoções um objeto estranho às suas discussões, ao optarem pelo estudo exclusivo dos aspectos cognitivos da política, e ao pressuporem serem os sujeitos plenamente conscientes e racionais, orientando-se apenas pelo impulso de satisfazer seus interesses, ou pela fidelidade a suas idéias. Contudo, novas perspectivas historiográficas apontam para a possibilidade de se agregar as dimensões simbólicas e afetivas ao estudo da política. Alinhando-se ao projeto de uma História Social das Emoções Políticas, esse ensaio avalia esses novos procedimentos, centrando-se na abordagem dos sentimentos que teriam regido a adesão política no período moderno, bem como aos repertórios retóricos e expressivos a eles associados. Para tanto, parte-se do exame da expressão das emoções, e seus usos, presentes nos textos de um pensador que é, ao mesmo tempo, ator e arguto observador do cenário pol ítico de sua época: Tocqueville. Fundindo o pensamento analítico à sua própria experiência, Tocqueville não limitou sua visão da política à gestão racional dos interesses, afirmando que ela se dava na interação de três elementos: paixões, interesses, e normas sociais. Idéia que fundamenta sua hipótese da existência de uma correlação dinâmica entre cada regime político (a democracia, em particular) e as paixões. |
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