Qualidade de vida dos profissionais de enfermagem que atuam em unidades pediátricas de hospitais escola do município de Belo Horizonte.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/ANDO-AMTLGX |
Resumo: | A qualidade de vida (QV) abrange um conceito complexo e multidimensional e, pode ser alcançada a partir da realização pessoal, profissional e social; sendo que muitos fatores a afetam, dentre eles o meio ambiente, o acesso à cultura, lazer e educação, a percepção do próprio indivíduo na sociedade e o trabalho. Os profissionais de enfermagem, especialmente os que atuam na área pediátrica, vivenciam situações estressoras no trabalho que causam esgotamento emocional, físico e social e geram sentimentos de insatisfação. Esse desgaste pode interferir na QV e no equilíbrio emocional dos indivíduos, que muitas vezes trabalham tensos, ansiosos, depressivos e desmotivados. Na pediatria, o profissional necessita de capacidade técnica especializada e estabilidade emocional a fim de oferecer um cuidado seguro que envolva a individualidade de cada criança e da família. O cuidado prestado pela equipe de enfermagem configura-se como uma experiência única permeada de conflitos e sentimentos diversos como a vida e a morte, frustração e gratificação, ganhos e perdas; no entanto, pouco se conhece sobre a qualidade de vida destes profissionais e os fatores que impactam significativamente nesta. Esta pesquisa teve por objetivo avaliar a qualidade de vida dos profissionais de enfermagem que atuam em unidades pediátricas nos diferentes níveis de complexidade assistencial - Urgência, Terapia Intensiva e Unidade de internação - de hospitais escola de Belo Horizonte. Tratou-se de um estudo de delineamento transversal, o cálculo amostral levou em consideração o total de 664 profissionais de enfermagem que atuam em três hospitais escolas de Belo Horizonte, no qual foi considerada toda a população de enfermeiros e, os auxiliares e técnicos de enfermagem estratificados proporcionalmente por instituição, unidade de trabalho e turno. Os dados foram coletados por meio de dois questionários relacionados a características demográficas, socioeconômicas e do trabalho e o WHOQOL-BREF. Os resultados mostraram diferença significativa entre as medianas dos domínios de QV quando analisados por unidade de trabalho. Observou-se que houve associação significativa do sexo nas dimensões física (p=0,050) e meio ambiente (p=0,021) da QV; do estado civil no domínio das relações sociais (p=<0,001); da renda mensal familiar e da escolaridade na dimensão meio ambiente (p=<0,001; p=0,011); do turno de trabalho na dimensão das relações sociais (p=0,031); e a instituição de trabalho com os domínios físico (p=0,001), psicológico (p=0,003) e o das relações sociais (p=0,011). Conclui-se que as variáveis demográficas e relacionadas à atividade laboral podem influenciar negativamente nos diversos domínios da qualidade de vida dos profissionais de enfermagem que atuam nestas unidades pediátricas. Ressalta-se que a qualidade da assistência prestada está diretamente relacionada à QV do profissional, por isso a necessidade de se conhecer e intervir nestes fatores promovendo a valorização deste, com impacto na sua vida pessoal. |
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Andrea GazzinelliSonia Maria SoaresMaria Jose Menezes BritoElizete Oliveira dos Reis Souza2019-08-11T20:33:58Z2019-08-11T20:33:58Z2017-03-22http://hdl.handle.net/1843/ANDO-AMTLGXA qualidade de vida (QV) abrange um conceito complexo e multidimensional e, pode ser alcançada a partir da realização pessoal, profissional e social; sendo que muitos fatores a afetam, dentre eles o meio ambiente, o acesso à cultura, lazer e educação, a percepção do próprio indivíduo na sociedade e o trabalho. Os profissionais de enfermagem, especialmente os que atuam na área pediátrica, vivenciam situações estressoras no trabalho que causam esgotamento emocional, físico e social e geram sentimentos de insatisfação. Esse desgaste pode interferir na QV e no equilíbrio emocional dos indivíduos, que muitas vezes trabalham tensos, ansiosos, depressivos e desmotivados. Na pediatria, o profissional necessita de capacidade técnica especializada e estabilidade emocional a fim de oferecer um cuidado seguro que envolva a individualidade de cada criança e da família. O cuidado prestado pela equipe de enfermagem configura-se como uma experiência única permeada de conflitos e sentimentos diversos como a vida e a morte, frustração e gratificação, ganhos e perdas; no entanto, pouco se conhece sobre a qualidade de vida destes profissionais e os fatores que impactam significativamente nesta. Esta pesquisa teve por objetivo avaliar a qualidade de vida dos profissionais de enfermagem que atuam em unidades pediátricas nos diferentes níveis de complexidade assistencial - Urgência, Terapia Intensiva e Unidade de internação - de hospitais escola de Belo Horizonte. Tratou-se de um estudo de delineamento transversal, o cálculo amostral levou em consideração o total de 664 profissionais de enfermagem que atuam em três hospitais escolas de Belo Horizonte, no qual foi considerada toda a população de enfermeiros e, os auxiliares e técnicos de enfermagem estratificados proporcionalmente por instituição, unidade de trabalho e turno. Os dados foram coletados por meio de dois questionários relacionados a características demográficas, socioeconômicas e do trabalho e o WHOQOL-BREF. Os resultados mostraram diferença significativa entre as medianas dos domínios de QV quando analisados por unidade de trabalho. 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Ressalta-se que a qualidade da assistência prestada está diretamente relacionada à QV do profissional, por isso a necessidade de se conhecer e intervir nestes fatores promovendo a valorização deste, com impacto na sua vida pessoal.Quality of life (QOL) encompasses a complex and multidimensional concept and can be achieved through personal, professional and social fulfillment; And many factors affect it, among them the environment, access to culture, leisure and education, the individual's perception of society and work. Nursing professionals, especially those working in the pediatric area, experience stressful situations at work that cause emotional, physical and social exhaustion and generate feelings of dissatisfaction. Such attrition can interfere with the QoL and the emotional balance of individuals, who often work tense, anxious, depressed, and unmotivated. In pediatrics, the professional needs specialized technical capacity and emotional stability in order to offer a safe care that involves the individuality of each child and family. The care provided by the nursing team is a unique experience permeated by conflicts and different feelings such as life and death, frustration and gratification, gains and losses; However, little is known about the quality of life of these professionals and the factors that significantly impact this. The objective of this research was to evaluate the quality of life of nursing professionals who work in pediatric units at the different levels of care complexity - Urgency, Intensive Care and Inpatient Unit - of school hospitals in Belo Horizonte. It was a cross-sectional study, the sample calculation took into consideration the total of 664 nursing professionals who work in three schools hospitals in Belo Horizonte, in which the whole population of nurses was considered, and nursing auxiliaries and technicians Stratified proportionally by institution, unit of work and shift. Data were collected through two questionnaires related to demographic, socioeconomic and labor characteristics and the WHOQOL-BREF. The results showed a significant difference between the medians of the domains of QoL when analyzed per unit of work. It was observed that there was a significant association of gender in the physical dimensions (p = 0.050) and environment (p = 0.021) of QoL; Of marital status in the social relations domain (p = <0.001); Of family monthly income and schooling in the environment dimension (p = <0.001; p = 0.011); Of the work shift in the social relations dimension (p = 0.031); And the work institution with the physical (p = 0.001), psychological (p = 0.003) and social (p = 0.011) domains. It is concluded that the demographic and work-related variables can negatively influence the different domains of quality of life of the nursing professionals who work in these pediatric units. It should be emphasized that the quality of the care provided is directly related to the professional's QoL, so the need to get to know and intervene in these factors promoting the appreciation of the latter, impacting on their personal lives.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGEnfermagem PediátricaBrasilFatores SocioeconômicoEsgotamento ProfissionalHospitais UniversitáriosQualidade de VidaEnfermagemQuestionáriosEquipe de EnfermagemUnidades hospitalaresEnfermagem pediátricaQualidade de vidaProfissionais de EnfermagemQualidade de vida dos profissionais de enfermagem que atuam em unidades pediátricas de hospitais escola do município de Belo Horizonte.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o___elizete_oliveira_dos_reis_souza_05_2017.pdfapplication/pdf2135281https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ANDO-AMTLGX/1/disserta__o___elizete_oliveira_dos_reis_souza_05_2017.pdfbb5f2bf94883ecfeddc6f3041f77d9c8MD51TEXTdisserta__o___elizete_oliveira_dos_reis_souza_05_2017.pdf.txtdisserta__o___elizete_oliveira_dos_reis_souza_05_2017.pdf.txtExtracted texttext/plain101999https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ANDO-AMTLGX/2/disserta__o___elizete_oliveira_dos_reis_souza_05_2017.pdf.txt1869bb7812238ff650cc9c4e7aa35238MD521843/ANDO-AMTLGX2019-11-14 05:36:04.708oai:repositorio.ufmg.br:1843/ANDO-AMTLGXRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T08:36:04Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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A qualidade de vida (QV) abrange um conceito complexo e multidimensional e, pode ser alcançada a partir da realização pessoal, profissional e social; sendo que muitos fatores a afetam, dentre eles o meio ambiente, o acesso à cultura, lazer e educação, a percepção do próprio indivíduo na sociedade e o trabalho. Os profissionais de enfermagem, especialmente os que atuam na área pediátrica, vivenciam situações estressoras no trabalho que causam esgotamento emocional, físico e social e geram sentimentos de insatisfação. Esse desgaste pode interferir na QV e no equilíbrio emocional dos indivíduos, que muitas vezes trabalham tensos, ansiosos, depressivos e desmotivados. Na pediatria, o profissional necessita de capacidade técnica especializada e estabilidade emocional a fim de oferecer um cuidado seguro que envolva a individualidade de cada criança e da família. O cuidado prestado pela equipe de enfermagem configura-se como uma experiência única permeada de conflitos e sentimentos diversos como a vida e a morte, frustração e gratificação, ganhos e perdas; no entanto, pouco se conhece sobre a qualidade de vida destes profissionais e os fatores que impactam significativamente nesta. Esta pesquisa teve por objetivo avaliar a qualidade de vida dos profissionais de enfermagem que atuam em unidades pediátricas nos diferentes níveis de complexidade assistencial - Urgência, Terapia Intensiva e Unidade de internação - de hospitais escola de Belo Horizonte. Tratou-se de um estudo de delineamento transversal, o cálculo amostral levou em consideração o total de 664 profissionais de enfermagem que atuam em três hospitais escolas de Belo Horizonte, no qual foi considerada toda a população de enfermeiros e, os auxiliares e técnicos de enfermagem estratificados proporcionalmente por instituição, unidade de trabalho e turno. Os dados foram coletados por meio de dois questionários relacionados a características demográficas, socioeconômicas e do trabalho e o WHOQOL-BREF. Os resultados mostraram diferença significativa entre as medianas dos domínios de QV quando analisados por unidade de trabalho. Observou-se que houve associação significativa do sexo nas dimensões física (p=0,050) e meio ambiente (p=0,021) da QV; do estado civil no domínio das relações sociais (p=<0,001); da renda mensal familiar e da escolaridade na dimensão meio ambiente (p=<0,001; p=0,011); do turno de trabalho na dimensão das relações sociais (p=0,031); e a instituição de trabalho com os domínios físico (p=0,001), psicológico (p=0,003) e o das relações sociais (p=0,011). Conclui-se que as variáveis demográficas e relacionadas à atividade laboral podem influenciar negativamente nos diversos domínios da qualidade de vida dos profissionais de enfermagem que atuam nestas unidades pediátricas. Ressalta-se que a qualidade da assistência prestada está diretamente relacionada à QV do profissional, por isso a necessidade de se conhecer e intervir nestes fatores promovendo a valorização deste, com impacto na sua vida pessoal. |
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