Traumatismos maxilofaciais decorrentes de violência urbana em Belo Horizonte-MG: uma análise do potencial de vitimização segundo local de residência das vítimas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/IGCM-AV4M6K |
Resumo: | A violência urbana se configurou como uma importante questão de saúde pública no Brasil. A cada dia produz um grande número de vítimas, deixando sequelas físicas e emocionais, interferindo na vida e no imaginário da população. O traumatismo maxilofacial é um tipo de traumatismo que atinge as regiões da face e cabeça. Esse traumatismo pode estar associado à exposição desta região do corpo nos eventos de violência em uma eventual tentativa do agressor de atingir a face das vítimas. Este estudo analisou o padrão espacial dos casos de traumatismo maxilofacial decorrentes de violência interpessoal e arma de fogo a partir do local de residência das vítimas e investigou o potencial de vitimização. O trabalho teve como objetivo espacializar por meio de técnicas de geoprocessamento os dados de vítimas atendidas em três hospitais de urgência e emergência de Belo Horizonte-Brasil, entre Janeiro de 2008 e Dezembro de 2010. Para contagem do número de casos por bairros foi efetuado um procedimento de união espacial. Para análise do potencial de vitimização, utilizou-se análise de multicritérios considerando a combinação de variáveis sociodemográficas do local de residência das vítimas. A análise dos casos de violência interpessoal revelou a formação de 9 hotspots na cidade. Nos casos de agressão com uso de arma de fogo ocorreu a formação de 4 hotspots. Os bairros com maior potencial de vitimização apresentaram um padrão bem definido espacialmente, revelando a existência de uma polarização de casos para áreas com desvantagem socioeconômica. A elucidação das condições de vida nas áreas urbanas segregadas e a identificação das populações mais vulneráveis devem ser referências prioritárias para o desenvolvimento de políticas públicas de saúde e segurança pública. |
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