Transições do curso de vida e padrão etário da migração interna no Brasil: o que os dados de período podem nos contar?
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/32524 http://orcid.org/0000-0001-6762-9100 |
Resumo: | O objetivo desta tese é investigar a associação entre as transições do curso de vida e o padrão etário da migração interna no Brasil entre 1986 e 2010. Essa relação tem seu pilar na premissa presente na literatura de que mudanças contextuais sobre o ambiente físico, econômico e social teriam o papel de afetar o nível da migração, ao passo que o padrão etário da migração se relaciona com as transições no curso de vida dos indivíduos. Nesse sentido, busca-se avaliar se os diferentes padrões etários da migração interna, observados nas grandes regiões do Brasil, estão relacionados às diferenças regionais das transições do curso de vida. Essa associação entre o timing da migração e das transições do curso de vida pauta-se no papel que a mobilidade exerce na vida dos indivíduos, como meio para atingir seus objetivos. Para compreender a associação entre a migração e as transições do curso de vida, foram extraídos dados de período dos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010. A partir destes dados, foram construídas métricas de coorte sobre as transições do curso de vida (idade média, tempo de propagação, prevalência e congruência entre transições), e utilizado o modelo Rogers-Castro para avaliar o padrão etário da migração por meio de seus parâmetros. A compreensão da relação entre as transições do curso de vida e o padrão etário da migração envolveu a decomposição por dimensões, como sexo, regiões, distância entre origem e destino dos migrantes e as próprias transições selecionadas (conclusão da educação básica, entrada no mercado de trabalho, primeira união e primeiro filho). Tal análise levou à construção de sete hipóteses sobre a relação entre as transições do curso de vida e padrão etário da migração. Os resultados apontam para uma forte associação entre a migração e as demais transições do curso de vida, especialmente quanto ao timing da primeira união. A associação entre o timing da migração e as transições possui diferenciais regionais que estão relacionados à forma como cada subpopulação vivencia, ao longo do tempo, as mudanças nas próprias transições do curso de vida. Além disso, percebeu-se que a distância entre origem e destino dos migrantes, proxy para o custo de mobilidade, é uma variável importante, uma vez que expõe a imobilidade de jovens, especialmente aqueles em idade escolar, e discrimina padrões etários típicos, como migração individual ou familiar. |
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Alisson Flávio Barbierihttp://lattes.cnpq.br/9615960208428725José Alberto Magno de CarvalhoJosé Irineu Rangel RigottiErnesto Friedrich de Lima AmaralPaulo de Martino Jannuzzihttp://lattes.cnpq.br/6397773540613843Reinaldo Onofre dos Santos2020-02-14T16:52:48Z2020-02-14T16:52:48Z2019-08-09http://hdl.handle.net/1843/32524http://orcid.org/0000-0001-6762-9100O objetivo desta tese é investigar a associação entre as transições do curso de vida e o padrão etário da migração interna no Brasil entre 1986 e 2010. Essa relação tem seu pilar na premissa presente na literatura de que mudanças contextuais sobre o ambiente físico, econômico e social teriam o papel de afetar o nível da migração, ao passo que o padrão etário da migração se relaciona com as transições no curso de vida dos indivíduos. Nesse sentido, busca-se avaliar se os diferentes padrões etários da migração interna, observados nas grandes regiões do Brasil, estão relacionados às diferenças regionais das transições do curso de vida. Essa associação entre o timing da migração e das transições do curso de vida pauta-se no papel que a mobilidade exerce na vida dos indivíduos, como meio para atingir seus objetivos. Para compreender a associação entre a migração e as transições do curso de vida, foram extraídos dados de período dos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010. A partir destes dados, foram construídas métricas de coorte sobre as transições do curso de vida (idade média, tempo de propagação, prevalência e congruência entre transições), e utilizado o modelo Rogers-Castro para avaliar o padrão etário da migração por meio de seus parâmetros. A compreensão da relação entre as transições do curso de vida e o padrão etário da migração envolveu a decomposição por dimensões, como sexo, regiões, distância entre origem e destino dos migrantes e as próprias transições selecionadas (conclusão da educação básica, entrada no mercado de trabalho, primeira união e primeiro filho). Tal análise levou à construção de sete hipóteses sobre a relação entre as transições do curso de vida e padrão etário da migração. Os resultados apontam para uma forte associação entre a migração e as demais transições do curso de vida, especialmente quanto ao timing da primeira união. A associação entre o timing da migração e as transições possui diferenciais regionais que estão relacionados à forma como cada subpopulação vivencia, ao longo do tempo, as mudanças nas próprias transições do curso de vida. Além disso, percebeu-se que a distância entre origem e destino dos migrantes, proxy para o custo de mobilidade, é uma variável importante, uma vez que expõe a imobilidade de jovens, especialmente aqueles em idade escolar, e discrimina padrões etários típicos, como migração individual ou familiar.The aim of this dissertation is to investigate the association between transitions of the life course and the age pattern of internal migration in Brazil between 1986 and 2010. This relationship has its pillar in the premise – discussed in the literature – that physical, economic and social contextual changes would affect migration levels, while the age pattern of migration relates to transitions in the lifetime of individuals. In this sense, this dissertation evaluates if the different age patterns of internal migration among the great regions of Brazil relates to regional differences of the transitions of the course of life. This association between the timing of migration and the transitions of the life course is based on the role of mobility over the lives of individuals and how they achieve their goals. In order to understand the association between migration and life-time transitions, period data were extracted from the Demographic Censuses of 1991, 2000 and 2010. From these data, cohort metrics were constructed on the transitions of the lifetime, propagation time, prevalence and congruence between transitions. Parameters developed in the Rogers-Castro model was used to evaluate the age pattern of the migration. Understanding the relationship between life course transitions and the age pattern of migration involved the decomposition by dimensions, such as sex, regions, distance between origin and destination of the migrants, and the selected transitions themselves (completion of basic education, entry into labor market, first marriage and first child). This analysis allowed the construction of seven hypotheses about the relationship between the transitions of the life course and the age pattern of the migration. The results point to a strong association between migration and other transitions in the life course, especially regarding timing of the first union. The association between migration timing and transitions has regional differences that relates to how each subpopulation experiences, over time, changes in one's own life course transitions. In addition, the results show that distance between origin and destination of migrants, a proxy for the cost of mobility, is an important variable since it exposes the immobility of young people, especially those of school age, and discriminates typical age patterns, such as individual or family migration.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em DemografiaUFMGBrasilFACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICASMigração internaDemografiaPadrão etário da migraçãoTransições do curso de vidamodelo Rogers-CastroBrasilTransições do curso de vida e padrão etário da migração interna no Brasil: o que os dados de período podem nos contar?Life course transitions and age profile of internal migration in Brazil: what can period data tell us?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALSANTOS (2019).pdfSANTOS (2019).pdfTransições do curso de vida e padrão etário da migração interna no Brasilapplication/pdf8223278https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32524/3/SANTOS%20%282019%29.pdfd8aee5ceaf72c825e0ee02397385f759MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32524/4/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD54TEXTSANTOS (2019).pdf.txtSANTOS (2019).pdf.txtExtracted texttext/plain660456https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32524/5/SANTOS%20%282019%29.pdf.txt0ef5e23753c21bf9d3afa1fab7337da4MD551843/325242020-02-15 03:45:54.212oai:repositorio.ufmg.br:1843/32524TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-02-15T06:45:54Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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