Pico do fluxo expiratório e o Pico do fluxo inspiratório nasal na posição assentada e em ortostatismo em crianças e adolescentes saudáveis e ampliação da faixa etária da curva de referência pediátrica do pico do fluxo inspiratório nasal
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/44319 |
Resumo: | A rinite alérgica é umas das doenças crônicas de maior prevalência na população e, apesar de não estar entre aquelas de maior gravidade, é um problema global de saúde pública pois interfere na qualidade de vida dos pacientes, reduzindo o desempenho escolar e social. A prevalência tem aumentado ao longo dos anos e provavelmente é subestimada, pois muitos indivíduos não a reconhecem como uma doença e não procuram atendimento médico. Ainda assim, a rinite alérgica está entre os motivos mais comuns de acesso aos serviços de atenção primária à saúde1. A rinite alérgica está associada à asma e constitui um fator de risco independente para seu aparecimento. Além disso, o controle da rinite parece favorecer o controle da asma2. O diagnóstico e acompanhamento dessas doenças por meio de medidas simples e de baixo custo constituem artigo de interesse prático, principalmente na faixa etária pediátrica, cujas medidas objetivas são úteis por aperfeiçoarem a avaliação de obstrução nasal e obstrução de via aérea, e por serem complementares à anamnese. Isso porque os sintomas de rinite podem não ser valorizados pelos pacientes e seus familiares3. O pico do fluxo expiratório (PFE) representa o fluxo máximo gerado durante uma expiração forçada, realizada com a máxima intensidade, partindo do nível máximo de insuflação pulmonar, ou seja, da capacidade pulmonar total. Ele é considerado um indicador indireto da obstrução das grandes vias aéreas. Seu valor pode ser aferido por espirômetros ou por medidores portáteis, de custo acessível e uso relativamente simples4. O PFE é amplamente utilizado no manejo dos pacientes com asma. Possui curvas de variação normal para a população pediátrica com medidas relacionadas de acordo com a idade, estatura e o sexo. Os valores adquiridos permitem também a comparação com melhor medida prévia do paciente5. A Global Initiative for Astma (GINA) recomenda medidas objetivas da função pulmonar, como espirometria ou PFE, para avaliação da gravidade da asma e resposta à terapia4. O pico do fluxo inspiratório nasal (PFIN) permite obter medida de um valor objetivo do fluxo nasal, em litros por minuto, durante um esforço inspiratório máximo. É um método não invasivo com boa reprodutibilidade e de fácil aplicação. É útil principalmente em indivíduos com doenças respiratórias como a rinite alérgica, hipertrofia de adenoide que causam obstrução nasal; especialmente em crianças, que muitas vezes se adaptam a esse grau de obstrução, desconhecendo o que seria uma respiração normal6. O PFIN também direciona as decisões sobre as intervenções clínicas ou cirúrgicas das vias aéreas superiores proporcionando melhor satisfação ao tratamento. Anteriormente, o PFIN tinha seu uso limitado em Pediatria, por não pos- suir estudos com metodologia adequada na população pediátrica. Atualmente, dispõe-se de valores de referência para essa faixa etária, possibilitando maior utilização dessa medida na prática diária e novas pesquisas com os dados obti- dos. Entretanto os valores ainda não estão bem estabelecidos, sendo necessário novas pesquisas, idealmente com uma faixa etária pediátrica mais ampliada, para que os resultados encontrados facilitem o uso e interpretação da medida do PFIN7-9. Atualmente, está bem evidenciado pela literatura que a posição do corpo- ral influencia a função pulmonar10-17, no entanto sabe-se menos sobre a influên- cia da posição do corpo na fluidodinâmica nasal18-21. Apenas um estudo realizado em adultos saudáveis comparou o PFE e o PFIN na posição assentada e ortostática. Foram verificadas significativas diferenças entre o PFE em ortostatismo, sendo valores na posição ortostática superiores aos valores de PFE em assentados (p=000,9). Até o momento não foram encontrados estudos que tenham avaliado a influência da posição corporal na medida do PFIN ou do PFE em crianças e adolescentes sadias22. O objetivo deste estudo é avaliar a influência da posição corporal nas me- didas do PFIN e PFE assentados e em ortostatismo em crianças e adolescentes saudáveis. E também a ampliação da faixa etária da curva de referência pediá- trica do PFIN. Os resultados encontrados poderão auxiliar na maior disseminação do uso do PFIN e do PFE na faixa etária pediátrica, pois facilitarão avaliação da obstrução nasal por pediatras, otorrinolaringologistas, alergologistas e profissio- nais que atuam na atenção básica, além de ajudar na padronização da melhor posição para a coleta dessas medidas. |
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Possui curvas de variação normal para a população pediátrica com medidas relacionadas de acordo com a idade, estatura e o sexo. Os valores adquiridos permitem também a comparação com melhor medida prévia do paciente5. A Global Initiative for Astma (GINA) recomenda medidas objetivas da função pulmonar, como espirometria ou PFE, para avaliação da gravidade da asma e resposta à terapia4. O pico do fluxo inspiratório nasal (PFIN) permite obter medida de um valor objetivo do fluxo nasal, em litros por minuto, durante um esforço inspiratório máximo. É um método não invasivo com boa reprodutibilidade e de fácil aplicação. É útil principalmente em indivíduos com doenças respiratórias como a rinite alérgica, hipertrofia de adenoide que causam obstrução nasal; especialmente em crianças, que muitas vezes se adaptam a esse grau de obstrução, desconhecendo o que seria uma respiração normal6. O PFIN também direciona as decisões sobre as intervenções clínicas ou cirúrgicas das vias aéreas superiores proporcionando melhor satisfação ao tratamento. Anteriormente, o PFIN tinha seu uso limitado em Pediatria, por não pos- suir estudos com metodologia adequada na população pediátrica. Atualmente, dispõe-se de valores de referência para essa faixa etária, possibilitando maior utilização dessa medida na prática diária e novas pesquisas com os dados obti- dos. Entretanto os valores ainda não estão bem estabelecidos, sendo necessário novas pesquisas, idealmente com uma faixa etária pediátrica mais ampliada, para que os resultados encontrados facilitem o uso e interpretação da medida do PFIN7-9. Atualmente, está bem evidenciado pela literatura que a posição do corpo- ral influencia a função pulmonar10-17, no entanto sabe-se menos sobre a influên- cia da posição do corpo na fluidodinâmica nasal18-21. Apenas um estudo realizado em adultos saudáveis comparou o PFE e o PFIN na posição assentada e ortostática. Foram verificadas significativas diferenças entre o PFE em ortostatismo, sendo valores na posição ortostática superiores aos valores de PFE em assentados (p=000,9). Até o momento não foram encontrados estudos que tenham avaliado a influência da posição corporal na medida do PFIN ou do PFE em crianças e adolescentes sadias22. O objetivo deste estudo é avaliar a influência da posição corporal nas me- didas do PFIN e PFE assentados e em ortostatismo em crianças e adolescentes saudáveis. E também a ampliação da faixa etária da curva de referência pediá- trica do PFIN. 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