Da rua ao palco: a (in) visibilidade da população em situação de vida nas ruas

• Autor(a) principal: Lucinea Almeida de Amorim
• Data de Publicação: 2009
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9FNHM7
• topic: Trabalho; Teatro; Questão social; População de rua; Trabalho; Trabalho Aspectos sociais; Teatro; Exclusão social

A população em situação de vida nas ruas é um público que desperta interesse para diversas discussões devido a sua complexidade. Um dos problemas centrais que emerge nesse cenário é certamente a questão do trabalho. Buscamos, no presente estudo, refletir sobre a relação que a população em situação de rua estabelece com o mundo do trabalho, a partir de um estudo de caso específico. Entendemos que as transformações no mundo do trabalho têm deixado marcas devastadoras na sociedade, sobretudo em função da globalização, que se desdobra na flexibilização e ainda, por consequência a precarização do trabalho. Para compreensão desse quadro, partimos da concepção da centralidade do trabalho na interatividade social dos indivíduos, apoiados principalmente na concepção de George Lukács, que com muita precisão desenvolveu que o trabalho apresenta um caráter ontológico na esfera social. A partir dessa concepção, o presente estudo tem como objetivo compreender a relação do trabalho teatral na vida do ex-morador de rua da cidade de Belo Horizonte, enquanto integração social e desenvolvimento de autonomia. Realizou-se um estudo de caso, utilizando a entrevista, em profundidade, de um usuário da Assistência Social de Belo Horizonte, inserido no Serviço de Acompanhamento Sociofamiliar. Ao confrontar as teorias utilizadas com os dados coletados, foi possível observar que o trabalho apresenta eixo central na vivência do Sr. Carlos bem como o trabalho teatral emerge como forma catalisadora no processo de mudança, principalmente sua integração social. Esse trabalho apresenta sentido para Sr. Carlos, uma vez que o teatro desperta sentimentos prazerosos, que potencializa na (re) construção da cidadania.