Análise de vias sinalizadoras celulares como potenciais alvos antivirais: papel exercido no ciclo de multiplicação do vírus da encefalite de Saint Louis (SLEV)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mara Camila Arantes Marques de Aguiar
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/42326
Resumo: A Encefalite Viral de Saint Louis é uma doença infecciosa febril aguda causada pelo Vírus da Encefalite de Saint Louis (Saint Louis Encephalitis virus - SLEV), membro do gênero Flavivirus (família Flaviviridae). A infecção humana com o SLEV geralmente resulta em uma doença assintomática, apresentando resolução espontânea, mas entre os pacientes que desenvolvem síndrome no sistema nervoso central (SNC), a encefalite é mais comum, seguido de meningite asséptica e dor de cabeça febril. A doença é endêmica nos Estados Unidos, mas casos também ocorrem na América do Sul e Central, com menor frequência. Assim como para outros Flavívirus, ainda não existe um tratamento que seja eficaz contra o SLEV. Estudos recentes, realizados pelo Grupo de Transdução de Sinal/LabVirus/ICB/UFMG, tanto in vitro, quanto in vivo, demonstraram a potencial ação anti-poxviral, anti-YFV e anti-DENV de alguns inibidores, particularmente das vias sinalizadoras celulares envolvendo as MAPKs (proteínas cinases ativadas por mitógenos) e, especificamente, MEK/ERK. Estas vias participam da regulação de virtualmente todos os processos celulares, podendo ser requeridas pelos vírus durante seus ciclos de multiplicação. O objetivo deste estudo foi investigar a possível ação antiviral contra o SLEV de inibidores farmacológicos que afetam MEK/ERK e de tirosinas cinases da família de Src/Abl tanto in vitro, quanto in vivo. Foi possível verificar que o tratamento de células BHK-21 com os IFs de Src e de MEK/ERK promovem uma redução significativa no titulo viral do SLEV (= ou > 1 log) e estes inibidores atuam em etapas distintas da multiplicação viral. Contudo nos testes in vivo, nenhum dos IFs (Src e de MEK/ERK) foi capaz de promover a proteção dos animais ou de reduzir significantemente a carga viral após a infecção com o SLEV. Possivelmente, a ineficácia destes inibidores pode estar relacionada ao neurotropismo do SLEV, uma vez que, o tratamento com um dos IFs de MEK/ERK, que exibe ação antiviral contra o DENV in vivo, também não apresentou eficácia contra o SLEV. Portanto, torna-se necessário avaliar também se os IFs são capazes de cruzar a BHE em concentrações satisfatórias para exercer a atividade antiviral contra SLEV, observada in vitro.
id UFMG_09b5044471253570624e998d35a39151
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/42326
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Cláudio Antônio Bonjardimhttp://lattes.cnpq.br/9624031110564127http://lattes.cnpq.br/6276048702963028Mara Camila Arantes Marques de Aguiar2022-06-07T17:39:30Z2022-06-07T17:39:30Z2017-03-21http://hdl.handle.net/1843/42326A Encefalite Viral de Saint Louis é uma doença infecciosa febril aguda causada pelo Vírus da Encefalite de Saint Louis (Saint Louis Encephalitis virus - SLEV), membro do gênero Flavivirus (família Flaviviridae). A infecção humana com o SLEV geralmente resulta em uma doença assintomática, apresentando resolução espontânea, mas entre os pacientes que desenvolvem síndrome no sistema nervoso central (SNC), a encefalite é mais comum, seguido de meningite asséptica e dor de cabeça febril. A doença é endêmica nos Estados Unidos, mas casos também ocorrem na América do Sul e Central, com menor frequência. Assim como para outros Flavívirus, ainda não existe um tratamento que seja eficaz contra o SLEV. Estudos recentes, realizados pelo Grupo de Transdução de Sinal/LabVirus/ICB/UFMG, tanto in vitro, quanto in vivo, demonstraram a potencial ação anti-poxviral, anti-YFV e anti-DENV de alguns inibidores, particularmente das vias sinalizadoras celulares envolvendo as MAPKs (proteínas cinases ativadas por mitógenos) e, especificamente, MEK/ERK. Estas vias participam da regulação de virtualmente todos os processos celulares, podendo ser requeridas pelos vírus durante seus ciclos de multiplicação. O objetivo deste estudo foi investigar a possível ação antiviral contra o SLEV de inibidores farmacológicos que afetam MEK/ERK e de tirosinas cinases da família de Src/Abl tanto in vitro, quanto in vivo. Foi possível verificar que o tratamento de células BHK-21 com os IFs de Src e de MEK/ERK promovem uma redução significativa no titulo viral do SLEV (= ou > 1 log) e estes inibidores atuam em etapas distintas da multiplicação viral. Contudo nos testes in vivo, nenhum dos IFs (Src e de MEK/ERK) foi capaz de promover a proteção dos animais ou de reduzir significantemente a carga viral após a infecção com o SLEV. Possivelmente, a ineficácia destes inibidores pode estar relacionada ao neurotropismo do SLEV, uma vez que, o tratamento com um dos IFs de MEK/ERK, que exibe ação antiviral contra o DENV in vivo, também não apresentou eficácia contra o SLEV. Portanto, torna-se necessário avaliar também se os IFs são capazes de cruzar a BHE em concentrações satisfatórias para exercer a atividade antiviral contra SLEV, observada in vitro.Saint Louis Viral Encephalitis is an acute febrile infectious disease caused by Saint Louis Encephalitis virus (SLEV), a member of the genus Flavivirus (Flaviviridae family). Human infection with SLEV virus usually results in an asymptomatic disease presenting spontaneous resolution, but among patients developing central nervous system (CNS) syndrome, encephalitis is more common, followed by aseptic meningitis and febrile headache. The disease is endemic in the United States, but cases also occur, less frequently, in South and Central America. Likewise other Flavirus infections, there is still no effective treatment against SLEV. Recent studies conducted by the Signal Transduction Group / LabVirus / ICB / UFMG, both in vitro and in vivo, have demonstrated the potential anti-poxviral, anti-YFV and anti-DENV action of some inhibitors, particularly the cellular signal pathways involving the MAPKs (mitogen-activated protein kinases) and, specifically, MEK / ERK. These pathways participate in the regulation of virtually all cellular processes and may be required by viruses during their multiplication cycles. The aim of this study was to investigate the possible antiviral action against SLEV of pharmacological inhibitors that affect MEK / ERK and Src / Abl family tyrosine kinases both in vitro and in vivo. It was found that treatment of BHK-21 cells with Src and MEK / ERK IFs promoted a significant reduction in the SLEV viral titre (= or > 1 log) and these inhibitors act at distinct steps of viral multiplication. However, in the in vivo tests, none of the IFs (Src and MEK / ERK) was able to promote the protection of the animals or to reduce significantly the viral load after infection with the SLEV. Possibly, theineffectiveness of these inhibitors may be related to SLEV neurotrophism, since treatment with one of the MEK/ERK IFs, which exhibits antiviral action against DENV in vivo, also failed to show efficacy against SLEV. Therefore, it is also necessary to evaluate whether the IFs are able to cross the BBB in satisfactory concentrations to exert the antiviral activity against SLEV, observed in vitro.Outra AgênciaporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em MicrobiologiaUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessMicrobiologiaEncefalite de St. LouisQuinases de Proteína Quinase Ativadas por MitógenoAntiviraisMicrobiologiaAnálise de vias sinalizadoras celulares como potenciais alvos antivirais: papel exercido no ciclo de multiplicação do vírus da encefalite de Saint Louis (SLEV)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese Camila Arantes.pdfTese Camila Arantes.pdfapplication/pdf1984172https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42326/1/Tese%20Camila%20Arantes.pdf5556bc1dd94e0fd550e0f82dc5c18718MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42326/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42326/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/423262022-06-07 14:39:31.159oai:repositorio.ufmg.br:1843/42326TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-06-07T17:39:31Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Análise de vias sinalizadoras celulares como potenciais alvos antivirais: papel exercido no ciclo de multiplicação do vírus da encefalite de Saint Louis (SLEV)
title Análise de vias sinalizadoras celulares como potenciais alvos antivirais: papel exercido no ciclo de multiplicação do vírus da encefalite de Saint Louis (SLEV)
spellingShingle Análise de vias sinalizadoras celulares como potenciais alvos antivirais: papel exercido no ciclo de multiplicação do vírus da encefalite de Saint Louis (SLEV)
Mara Camila Arantes Marques de Aguiar
Microbiologia
Microbiologia
Encefalite de St. Louis
Quinases de Proteína Quinase Ativadas por Mitógeno
Antivirais
title_short Análise de vias sinalizadoras celulares como potenciais alvos antivirais: papel exercido no ciclo de multiplicação do vírus da encefalite de Saint Louis (SLEV)
title_full Análise de vias sinalizadoras celulares como potenciais alvos antivirais: papel exercido no ciclo de multiplicação do vírus da encefalite de Saint Louis (SLEV)
title_fullStr Análise de vias sinalizadoras celulares como potenciais alvos antivirais: papel exercido no ciclo de multiplicação do vírus da encefalite de Saint Louis (SLEV)
title_full_unstemmed Análise de vias sinalizadoras celulares como potenciais alvos antivirais: papel exercido no ciclo de multiplicação do vírus da encefalite de Saint Louis (SLEV)
title_sort Análise de vias sinalizadoras celulares como potenciais alvos antivirais: papel exercido no ciclo de multiplicação do vírus da encefalite de Saint Louis (SLEV)
author Mara Camila Arantes Marques de Aguiar
author_facet Mara Camila Arantes Marques de Aguiar
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Cláudio Antônio Bonjardim
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9624031110564127
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6276048702963028
dc.contributor.author.fl_str_mv Mara Camila Arantes Marques de Aguiar
contributor_str_mv Cláudio Antônio Bonjardim
dc.subject.por.fl_str_mv Microbiologia
topic Microbiologia
Microbiologia
Encefalite de St. Louis
Quinases de Proteína Quinase Ativadas por Mitógeno
Antivirais
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Microbiologia
Encefalite de St. Louis
Quinases de Proteína Quinase Ativadas por Mitógeno
Antivirais
description A Encefalite Viral de Saint Louis é uma doença infecciosa febril aguda causada pelo Vírus da Encefalite de Saint Louis (Saint Louis Encephalitis virus - SLEV), membro do gênero Flavivirus (família Flaviviridae). A infecção humana com o SLEV geralmente resulta em uma doença assintomática, apresentando resolução espontânea, mas entre os pacientes que desenvolvem síndrome no sistema nervoso central (SNC), a encefalite é mais comum, seguido de meningite asséptica e dor de cabeça febril. A doença é endêmica nos Estados Unidos, mas casos também ocorrem na América do Sul e Central, com menor frequência. Assim como para outros Flavívirus, ainda não existe um tratamento que seja eficaz contra o SLEV. Estudos recentes, realizados pelo Grupo de Transdução de Sinal/LabVirus/ICB/UFMG, tanto in vitro, quanto in vivo, demonstraram a potencial ação anti-poxviral, anti-YFV e anti-DENV de alguns inibidores, particularmente das vias sinalizadoras celulares envolvendo as MAPKs (proteínas cinases ativadas por mitógenos) e, especificamente, MEK/ERK. Estas vias participam da regulação de virtualmente todos os processos celulares, podendo ser requeridas pelos vírus durante seus ciclos de multiplicação. O objetivo deste estudo foi investigar a possível ação antiviral contra o SLEV de inibidores farmacológicos que afetam MEK/ERK e de tirosinas cinases da família de Src/Abl tanto in vitro, quanto in vivo. Foi possível verificar que o tratamento de células BHK-21 com os IFs de Src e de MEK/ERK promovem uma redução significativa no titulo viral do SLEV (= ou > 1 log) e estes inibidores atuam em etapas distintas da multiplicação viral. Contudo nos testes in vivo, nenhum dos IFs (Src e de MEK/ERK) foi capaz de promover a proteção dos animais ou de reduzir significantemente a carga viral após a infecção com o SLEV. Possivelmente, a ineficácia destes inibidores pode estar relacionada ao neurotropismo do SLEV, uma vez que, o tratamento com um dos IFs de MEK/ERK, que exibe ação antiviral contra o DENV in vivo, também não apresentou eficácia contra o SLEV. Portanto, torna-se necessário avaliar também se os IFs são capazes de cruzar a BHE em concentrações satisfatórias para exercer a atividade antiviral contra SLEV, observada in vitro.
publishDate 2017
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-03-21
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-06-07T17:39:30Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-06-07T17:39:30Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/42326
url http://hdl.handle.net/1843/42326
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Microbiologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICB - DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42326/1/Tese%20Camila%20Arantes.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42326/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42326/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 5556bc1dd94e0fd550e0f82dc5c18718
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589435467497472