Influência do padrão de evaporação do silano sobre a resistência de união entre uma cerâmica à base de dissilicato de lítio e um cimento resinoso quimicamente ativado: avaliação in vitro através de um ensaio mecânico de microtração

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carolina Nemesio de Barros Pereira
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ZMRO-6VCJ8S
Resumo: A longevidade e durabilidade das restaurações cerâmicas cimentadas adesivamente dependem da qualidade e da estabilidade da união entre a superfície interna da cerâmica e o cimento resinoso. Os valores de resistência de união por microtração têm sido utilizados como preditivos do sucesso clínico destes trabalhos. Com o objetivo de avaliar a influência do tratamento térmico do silano sobre a resistência adesiva entre uma cerâmica e um cimento resinoso quimicamente ativado (C&BÔ), dezoito blocos de IPS Empress®2 foram confeccionados, planificados com lixas (granas 240 e 320) e cimentados a dezoito blocos de resina composta (InTen-S®) utilizando-se um sistema adesivo químico (Lok®). Definiram-se 6 grupos de 3 blocos, conforme o tipo de tratamento da superfície da cerâmica: G1) sem tratamento; G2) HF (Ácido Fluorídrico 10%) + S (silano Monobond-S® com microbrush, seco a temperatura ambiente 3min); G3) S + enxágüe em água corrente + temperatura ambiente (3min); G4) S + enxágüe com água em ebulição 5s + temperatura ambiente (3min); G5) S + enxágüe com água em ebulição 5s + secagem a 50ºC (3min); G6) silano seco a 50ºC (3min) + enxágüe com água em ebulição 5s + temperatura ambiente (3min). Os corpos-de-prova em forma de palito (CP) foram obtidos por corte dos blocos de cerâmica/resina 7 dias após a cimentação e submetidos à microtração (0,5mm/min) após 30 dias de armazenamento em água. Desenvolveu-se um dispositivo para a fixação dos CP pelas extremidades ao invés de pelas laterais. Todos os CP do G1 desuniram durante o corte. Os valores médios de tensão de ruptura em MPa (com desvio padrão) foram estatisticamente superiores para G2 (14,77±8,31) comparados aos de G4 (8,45±4,51) e G5 (9,46±5,26), estatisticamente semelhantes entre si e superiores a G3 (6,60±3,50) e G6 (5,94±4,27), estatisticamente semelhantes entre si. A fractografia por microscopia óptica (50x) demonstrou que todas as fraturas ocorreram dentro da zona de adesão e foram adesivas em 100% das amostras de G3 e G6. Observaram-se falhas coesivas em 24% das amostras em G4, 30% em G2 e em 40% das amostras de G5. Observou-se correlação entre a ocorrência de fraturas coesivas e maiores valores de resistência de união. Concluiu-se que a aplicação do Silano influenciou positivamente a resistência de união, em comparação com o controle negativo, mas sua efetividade foi maior quando sobreposto ao condicionamento com HF (G2).
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Definiram-se 6 grupos de 3 blocos, conforme o tipo de tratamento da superfície da cerâmica: G1) sem tratamento; G2) HF (Ácido Fluorídrico 10%) + S (silano Monobond-S® com microbrush, seco a temperatura ambiente 3min); G3) S + enxágüe em água corrente + temperatura ambiente (3min); G4) S + enxágüe com água em ebulição 5s + temperatura ambiente (3min); G5) S + enxágüe com água em ebulição 5s + secagem a 50ºC (3min); G6) silano seco a 50ºC (3min) + enxágüe com água em ebulição 5s + temperatura ambiente (3min). Os corpos-de-prova em forma de palito (CP) foram obtidos por corte dos blocos de cerâmica/resina 7 dias após a cimentação e submetidos à microtração (0,5mm/min) após 30 dias de armazenamento em água. Desenvolveu-se um dispositivo para a fixação dos CP pelas extremidades ao invés de pelas laterais. Todos os CP do G1 desuniram durante o corte. Os valores médios de tensão de ruptura em MPa (com desvio padrão) foram estatisticamente superiores para G2 (14,77±8,31) comparados aos de G4 (8,45±4,51) e G5 (9,46±5,26), estatisticamente semelhantes entre si e superiores a G3 (6,60±3,50) e G6 (5,94±4,27), estatisticamente semelhantes entre si. A fractografia por microscopia óptica (50x) demonstrou que todas as fraturas ocorreram dentro da zona de adesão e foram adesivas em 100% das amostras de G3 e G6. Observaram-se falhas coesivas em 24% das amostras em G4, 30% em G2 e em 40% das amostras de G5. Observou-se correlação entre a ocorrência de fraturas coesivas e maiores valores de resistência de união. Concluiu-se que a aplicação do Silano influenciou positivamente a resistência de união, em comparação com o controle negativo, mas sua efetividade foi maior quando sobreposto ao condicionamento com HF (G2).Ceramic-bonded restoration longevity and durability are related with the quality and stability of the bond between the ceramic surface and the luting agent. Microtensile bond strength values have been used to predict the clinical success of these restorations. With the aim to evaluating the influence of silane heat treatment on the bond strength between a ceramic and a composite chemmically activated resin cement (C&BÔ), eighteen blocks of IPS Empress®2 were fabricated, flattened (240 320-grit metallographic paper) and luted to composite resin blocks (InTen-S®) using a chemical adhesive system (Lok®). Six groups with three blocks each were analyzed according to the ceramic surface treatment: G1) no treatment; G2) HF (Hydrofluoric Acid 10%) + S (silane Monobond-S® with microbrush dried at room temperature for 3min); G3) S + rinsed + room temperature (3min); G4) S + rinsed with boiling water + room temperature (3min); G5) S + rinsed with boiling water + dried at 50±5ºC (3min); G6) S + dried at 50±5ºC (3min) + rinsed with boiling water + room temperature (3min). The ceramic / resin luted blocks were sectioned in sticks 7 days after the cementation procedure and stored in water for 30 days until microtensile test were performed (0,5mm/min). A device to attach the sticks by their top and buttom surfaces, instead of at the lateral surface was developed. All the specimens of G1 debonded during the cutting procedures. Mean tensile bond strength and standard deviation values were statistically higher for G2 than for G4, statistically similar to G5, and these were higher to G3 and G6, which were statistically similar. Fracture surfaces were examined using ligth microscopy (50x), revealling that all fractures occurred within the adhesion zone. For G2, 51% were coesive fractures in the composite luting structure. One hundred percent of the fractures were adhesive for G3 and G6. The coesive failure mode was observed in G4 (24%), G2 (30%) and G5 (40%). It has being demonstraded a direct relationship between coesive failure mode and higher bond strength values. It was possible to conclude that the silane improved bond strength, being most effective when used before HF conditioning (G2).Universidade Federal de Minas GeraisUFMGCimentos odontológicosSilanosAdesivos dentariosCimentos de resinaMateriais dentáriosDentes RestauraçõesResinas compostasCerâmicas odontológicasSilanoBlocos cerâmicosMicrotraçãoCimentos resinososResina compostaInfluência do padrão de evaporação do silano sobre a resistência de união entre uma cerâmica à base de dissilicato de lítio e um cimento resinoso quimicamente ativado: avaliação in vitro através de um ensaio mecânico de microtraçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALm___carolina_nemesio.pdfapplication/pdf5450560https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ZMRO-6VCJ8S/1/m___carolina_nemesio.pdf22c53af50200fdc78c93dbc46827faceMD51TEXTm___carolina_nemesio.pdf.txtm___carolina_nemesio.pdf.txtExtracted texttext/plain260934https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ZMRO-6VCJ8S/2/m___carolina_nemesio.pdf.txt4e6e6bd348d031f2050e985e983d5178MD521843/ZMRO-6VCJ8S2019-11-14 04:59:36.834oai:repositorio.ufmg.br:1843/ZMRO-6VCJ8SRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T07:59:36Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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