Detalhes bibliográficos
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
id UFMG_1134c5c47f32b428a4abf4b60176899a
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/49353
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
instacron_str UFMG
institution Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
spelling Paulo Roberto Ceccarellihttp://lattes.cnpq.br/6109293223271452Alexandre Costa ValAisllan Diego AssisCristiane Freitas CunhaElza Machado de Melo (suplente)http://lattes.cnpq.br/1837394269603847Miguel de Castro Santos2023-02-01T13:31:02Z2023-02-01T13:31:02Z2020-08-21http://hdl.handle.net/1843/49353Pessoas trans sofrem diversas formas de exclusão, uma vez que não se enquadram no modelo social vigente, cuja lógica é a do reconhecimento da legitimidade apenas aos indivíduos que apresentam uma continuidade entre sexo, gênero e desejo. No campo da saúde, essa situação não é diferente. Ainda que os determinantes sociais contribuam para que essas pessoas apresentem condições de saúde piores que a população geral, a busca pelo cuidado é marcada por desafios e barreiras muitas vezes intransponíveis. O objetivo desta pesquisa foi traçar os Itinerários Terapêuticos de pessoas trans em sua busca por cuidados à saúde, através das narrativas de sujeitos que utilizam o serviço do Ambulatório Trans Anyky Lima, no Hospital Eduardo de Menezes, em Minas Gerais. Foram entrevistadas 3 pessoas a partir de um roteiro semiestruturado que fomentou narrativas que contemplassem como se dá a produção de cuidado, envolvendo tanto os aparelhos formais quanto informais. Além disso, experiências vivenciadas pelo pesquisador no campo foram trazidas à discussão. As análises aconteceram através da busca cuidadosa pelas singularidades de cada história, assim como pela localização de pontos de convergência e ineditismos a partir da análise de conteúdo na perspectiva de Bardin. Os resultados foram debatidos à luz do referencial teórico proveniente de estudos das Ciências Sociais e Saúde Coletiva. Em relação aos serviços formais, as narrativas apontam para várias barreiras ao acesso, como a autorização de um “não-saber”, a burocratização dos fluxos, o preconceito e má qualidade da assistência, indicando como a violência institucional se encontra presente no cotidiano dos serviços de saúde. Como alternativas a esses entraves, há a criação de uma rede própria a partir do social, a desestabilização dos fluxos pré-estabelecidos e a procura por um serviço especializado como forma de suprir carências da rede, entre outros. A busca por cuidado, nesse contexto, acaba se tornando uma luta por reconhecimento em um discurso, de saída, segregador. Ainda assim, as pessoas trans seguem denunciando, com suas existências, todo um dispositivo de produção de saber e poder sobre quais corpos são considerados inteligíveis e quais não são. As políticas públicas para mudança desse panorama, ao enquadrarem essas experiências em modelos historicamente patologizantes, pouco contribuem para melhoria do acesso em saúde. Entendemos, assim, que uma transformação ética e efetiva no cuidado dessas pessoas só será possível quando houver, de fato, uma mudança nas partidas e nos discursos dos profissionais e gestores da saúde.Trans people suffer different forms of exclusion, in order to be out of current social model, whose logic is that of legitimacy only to individuals who have a continuity between sex, gender and desire. In this context, only certain bodies enjoy the status of subjects, and all people that escape this binary structure remains in the place of rejection. The objective of this research was to trace the Therapeutic Itineraries of trans individuals in their search for health care, through the narratives of people who use the service of the Trans Anyky Lima Ambulatory, at Eduardo de Menezes Hospital, in Minas Gerais. For this, 3 people who were being followed up at the reference service were interviewed. I used the narratives in order to understand the Therapeutic Itineraries, to understand how care is produced, using both formal and informal devices. In addition, experiences in the field were brought up for discussion. The analysis was made from the search for points of convergence between the narratives. The studies of Social Sciences and Collective Health were the theoretical basis. In relation to formal services, the narratives show us several barriers to access, such as the authorization of “not knowing”, the bureaucratization of flows, prejudice and poor quality of care, indicating how institutional violence is present in the daily lives of health services. As alternatives to these obstacles, I saw the creation of their own network based on the social, the destabilization of pre-established flows and the search for a specialized service as a way to supply the network's needs, among others. Therefore, the search for care becomes a struggle for recognition in a segregating discourse. Trans people continue to denounce, with their existences, a whole device of production of knowledge and power over which bodies are considered intelligible and which are not. Public policies to change this scenario cannot include these experiences in historically pathological models. An ethical and effective transformation is only possible if there is a discursive change.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Promoção de Saúde e Prevenção da ViolênciaUFMGBrasilMEDICINA - FACULDADE DE MEDICINATransexualidadeAcesso aos Serviços de SaúdePerformatividade de GêneroTerapêuticaTransexualidadeCuidados à saúdeTeoria QueerItinerários terapêuticos de pessoas trans: como se dá a busca pelo cuidado?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDISSERTAÇÃO DE MESTRADO MIGUEL DE CASTRO SANTOS.pdfDISSERTAÇÃO DE MESTRADO MIGUEL DE CASTRO SANTOS.pdfapplication/pdf1734439https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/49353/3/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20DE%20MESTRADO%20MIGUEL%20DE%20CASTRO%20SANTOS.pdf42a9154fe5b0ac42a605af844a5ae575MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/49353/4/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD541843/493532023-02-01 10:31:02.741oai:repositorio.ufmg.br:1843/49353TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-02-01T13:31:02Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
_version_ 1813547375007891456