Estratégias enunciativas em salas de aula de química: contrastando professores de estilos diferentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Adjane Costa Tourinho e Silva
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/FAEC-84KND6
Resumo: Nesta pesquisa são analisadas e caracterizadas, numa perspectiva contrastiva, as estratégias enunciativas articuladas por dois professores de Química, em duas salas de aula do 2o ano do ensino médio de diferentes escolas, ao longo da seqüência temática Termoquímica. A análise dessas estratégias configurou o estilo de ensinar de cada professor investigado, considerando que elas expressam concepções relacionadas à Ciência e ao seu ensino, as quais orientam as práticas desses professores em suas salas de aula. A análise considerou ainda, como as estratégias empregadas pelos professores geravam oportunidades para que os alunos se envolvessem nas atividades propostas e compartilhassem do discurso da sala de aula. Para análise das estratégias enunciativas, foi utilizado um sistema analítico de categorias proposto por Mortimer, Massicame, Tiberghien e Buty, o qual se ancora nas concepções de Vygotsky e Bakhtin. O sistema passou por algumas alterações ao longo da pesquisa, tendo as suas categorias ordenadas em duas principais dimensões: uma que focaliza os padrões de interação em relação com as diferentes funções e tipos de discurso e uma outra que considera como o conteúdo é articulado ao longo das interações, compreendendo o que foi denominado categorias epistêmicas. Nessa perspectiva, as estratégias enunciativas compreendem os movimentos interativos e epistêmicos que os professores articulam, em interação ou não com os alunos, para que os enunciados surjam em suas salas de aula. Para verificar como tais estratégias geravam oportunidades de aprendizagem para os alunos, foi considerado o conceito de Engajamento Disciplinar Produtivo proposto por Engle e Conant. Ainda nessa perspectiva, foi tomado o conceito de Práticas Epistêmicas proposto por Kelly, numa discussão que focalizou como as estratégias enunciativas favoreciam o envolvimento dos alunos com aspectos fundamentais do discurso da Ciência. Os dados foram coletados por meio de registros em vídeo, anotações de campo, análise das produções escritas de alunos e materiais didáticos dos professores e, ainda, entrevistas com professores e alunos. A metodologia envolveu a análise dos dados registrados em vídeo, em tempo real, por meio de um software, o Videograph®. A categorização utilizando o Videograph® resultou nos percentuais de tempo para cada categoria, tanto de cada aula em particular quanto de cada seqüência de aulas como um todo. Esses dados gerais serviram de referência para uma microanálise, por meio da qual foi possível perceber como eram articuladas as estratégias enunciativas em cada sala de aula. Os resultados obtidos mostraram que os professores assemelharam-se com relação ao nível de interação que estabeleciam com os alunos, mas distanciaram-se, até certo ponto, quanto à abertura para às interações dialógicas. Tais interações se pronunciaram de forma consistente nas aulas de laboratório da Escola A. Com relação a articulação das categorias epistêmicas, foi percebido que a professora da Escola A priorizava um movimento pelo qual a discussão considerava inicialmente fenômenos particulares para, posteriormente, alcançar as generalizações. Esse movimento epistêmico, desenvolvido ao longo de atividades investigativas em aulas de laboratório, era retomado pela professora ao conduzir as discussões em sala de aula regular, para construir novos conceitos. O professor da Escola B, por sua vez, priorizava um movimento pelo qual os conceitos ou generalizações eram inicialmente trabalhados, para depois serem aplicados na análise de situações específicas. De acordo com tal movimento, na aula de laboratório os experimentos foram abordados de modo a consolidar os conceitos previamente trabalhados. Os resultados obtidos apontam para diferentes estratégias enunciativas, as quais se constituem em exemplares relevantes para discussão em cursos de formação inicial e continuada de professores de Ciências Nesta pesquisa são analisadas e caracterizadas, numa perspectiva contrastiva, as estratégias enunciativas articuladas por dois professores de Química, em duas salas de aula do 2o ano do ensino médio de diferentes escolas, ao longo da seqüência temática Termoquímica. A análise dessas estratégias configurou o estilo de ensinar de cada professor investigado, considerando que elas expressam concepções relacionadas à Ciência e ao seu ensino, as quais orientam as práticas desses professores em suas salas de aula. A análise considerou ainda, como as estratégias empregadas pelos professores geravam oportunidades para que os alunos se envolvessem nas atividades propostas e compartilhassem do discurso da sala de aula. Para análise das estratégias enunciativas, foi utilizado um sistema analítico de categorias proposto por Mortimer, Massicame, Tiberghien e Buty, o qual se ancora nas concepções de Vygotsky e Bakhtin. O sistema passou por algumas alterações ao longo da pesquisa, tendo as suas categorias ordenadas em duas principais dimensões: uma que focaliza os padrões de interação em relação com as diferentes funções e tipos de discurso e uma outra que considera como o conteúdo é articulado ao longo das interações, compreendendo o que foi denominado categorias epistêmicas. Nessa perspectiva, as estratégias enunciativas compreendem os movimentos interativos e epistêmicos que os professores articulam, em interação ou não com os alunos, para que os enunciados surjam em suas salas de aula. Para verificar como tais estratégias geravam oportunidades de aprendizagem para os alunos, foi considerado o conceito de Engajamento Disciplinar Produtivo proposto por Engle e Conant. Ainda nessa perspectiva, foi tomado o conceito de Práticas Epistêmicas proposto por Kelly, numa discussão que focalizou como as estratégias enunciativas favoreciam o envolvimento dos alunos com aspectos fundamentais do discurso da Ciência. Os dados foram coletados por meio de registros em vídeo, anotações de campo, análise das produções escritas de alunos e materiais didáticos dos professores e, ainda, entrevistas com professores e alunos. A metodologia envolveu a análise dos dados registrados em vídeo, em tempo real, por meio de um software, o Videograph®. A categorização utilizando o Videograph® resultou nos percentuais de tempo para cada categoria, tanto de cada aula em particular quanto de cada seqüência de aulas como um todo. Esses dados gerais serviram de referência para uma microanálise, por meio da qual foi possível perceber como eram articuladas as estratégias enunciativas em cada sala de aula. Os resultados obtidos mostraram que os professores assemelharam-se com relação ao nível de interação que estabeleciam com os alunos, mas distanciaram-se, até certo ponto, quanto à abertura para às interações dialógicas. Tais interações se pronunciaram de forma consistente nas aulas de laboratório da Escola A. Com relação a articulação das categorias epistêmicas, foi percebido que a professora da Escola A priorizava um movimento pelo qual a discussão considerava inicialmente fenômenos particulares para, posteriormente, alcançar as generalizações. Esse movimento epistêmico, desenvolvido ao longo de atividades investigativas em aulas de laboratório, era retomado pela professora ao conduzir as discussões em sala de aula regular, para construir novos conceitos. O professor da Escola B, por sua vez, priorizava um movimento pelo qual os conceitos ou generalizações eram inicialmente trabalhados, para depois serem aplicados na análise de situações específicas. De acordo com tal movimento, na aula de laboratório os experimentos foram abordados de modo a consolidar os conceitos previamente trabalhados. Os resultados obtidos apontam para diferentes estratégias enunciativas, as quais se constituem em exemplares relevantes para discussão em cursos de formação inicial e continuada de professores de Ciências .
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Para análise das estratégias enunciativas, foi utilizado um sistema analítico de categorias proposto por Mortimer, Massicame, Tiberghien e Buty, o qual se ancora nas concepções de Vygotsky e Bakhtin. O sistema passou por algumas alterações ao longo da pesquisa, tendo as suas categorias ordenadas em duas principais dimensões: uma que focaliza os padrões de interação em relação com as diferentes funções e tipos de discurso e uma outra que considera como o conteúdo é articulado ao longo das interações, compreendendo o que foi denominado categorias epistêmicas. Nessa perspectiva, as estratégias enunciativas compreendem os movimentos interativos e epistêmicos que os professores articulam, em interação ou não com os alunos, para que os enunciados surjam em suas salas de aula. Para verificar como tais estratégias geravam oportunidades de aprendizagem para os alunos, foi considerado o conceito de Engajamento Disciplinar Produtivo proposto por Engle e Conant. Ainda nessa perspectiva, foi tomado o conceito de Práticas Epistêmicas proposto por Kelly, numa discussão que focalizou como as estratégias enunciativas favoreciam o envolvimento dos alunos com aspectos fundamentais do discurso da Ciência. Os dados foram coletados por meio de registros em vídeo, anotações de campo, análise das produções escritas de alunos e materiais didáticos dos professores e, ainda, entrevistas com professores e alunos. A metodologia envolveu a análise dos dados registrados em vídeo, em tempo real, por meio de um software, o Videograph®. A categorização utilizando o Videograph® resultou nos percentuais de tempo para cada categoria, tanto de cada aula em particular quanto de cada seqüência de aulas como um todo. Esses dados gerais serviram de referência para uma microanálise, por meio da qual foi possível perceber como eram articuladas as estratégias enunciativas em cada sala de aula. Os resultados obtidos mostraram que os professores assemelharam-se com relação ao nível de interação que estabeleciam com os alunos, mas distanciaram-se, até certo ponto, quanto à abertura para às interações dialógicas. Tais interações se pronunciaram de forma consistente nas aulas de laboratório da Escola A. Com relação a articulação das categorias epistêmicas, foi percebido que a professora da Escola A priorizava um movimento pelo qual a discussão considerava inicialmente fenômenos particulares para, posteriormente, alcançar as generalizações. Esse movimento epistêmico, desenvolvido ao longo de atividades investigativas em aulas de laboratório, era retomado pela professora ao conduzir as discussões em sala de aula regular, para construir novos conceitos. O professor da Escola B, por sua vez, priorizava um movimento pelo qual os conceitos ou generalizações eram inicialmente trabalhados, para depois serem aplicados na análise de situações específicas. De acordo com tal movimento, na aula de laboratório os experimentos foram abordados de modo a consolidar os conceitos previamente trabalhados. Os resultados obtidos apontam para diferentes estratégias enunciativas, as quais se constituem em exemplares relevantes para discussão em cursos de formação inicial e continuada de professores de Ciências Nesta pesquisa são analisadas e caracterizadas, numa perspectiva contrastiva, as estratégias enunciativas articuladas por dois professores de Química, em duas salas de aula do 2o ano do ensino médio de diferentes escolas, ao longo da seqüência temática Termoquímica. A análise dessas estratégias configurou o estilo de ensinar de cada professor investigado, considerando que elas expressam concepções relacionadas à Ciência e ao seu ensino, as quais orientam as práticas desses professores em suas salas de aula. A análise considerou ainda, como as estratégias empregadas pelos professores geravam oportunidades para que os alunos se envolvessem nas atividades propostas e compartilhassem do discurso da sala de aula. Para análise das estratégias enunciativas, foi utilizado um sistema analítico de categorias proposto por Mortimer, Massicame, Tiberghien e Buty, o qual se ancora nas concepções de Vygotsky e Bakhtin. O sistema passou por algumas alterações ao longo da pesquisa, tendo as suas categorias ordenadas em duas principais dimensões: uma que focaliza os padrões de interação em relação com as diferentes funções e tipos de discurso e uma outra que considera como o conteúdo é articulado ao longo das interações, compreendendo o que foi denominado categorias epistêmicas. Nessa perspectiva, as estratégias enunciativas compreendem os movimentos interativos e epistêmicos que os professores articulam, em interação ou não com os alunos, para que os enunciados surjam em suas salas de aula. Para verificar como tais estratégias geravam oportunidades de aprendizagem para os alunos, foi considerado o conceito de Engajamento Disciplinar Produtivo proposto por Engle e Conant. Ainda nessa perspectiva, foi tomado o conceito de Práticas Epistêmicas proposto por Kelly, numa discussão que focalizou como as estratégias enunciativas favoreciam o envolvimento dos alunos com aspectos fundamentais do discurso da Ciência. Os dados foram coletados por meio de registros em vídeo, anotações de campo, análise das produções escritas de alunos e materiais didáticos dos professores e, ainda, entrevistas com professores e alunos. A metodologia envolveu a análise dos dados registrados em vídeo, em tempo real, por meio de um software, o Videograph®. A categorização utilizando o Videograph® resultou nos percentuais de tempo para cada categoria, tanto de cada aula em particular quanto de cada seqüência de aulas como um todo. Esses dados gerais serviram de referência para uma microanálise, por meio da qual foi possível perceber como eram articuladas as estratégias enunciativas em cada sala de aula. Os resultados obtidos mostraram que os professores assemelharam-se com relação ao nível de interação que estabeleciam com os alunos, mas distanciaram-se, até certo ponto, quanto à abertura para às interações dialógicas. Tais interações se pronunciaram de forma consistente nas aulas de laboratório da Escola A. Com relação a articulação das categorias epistêmicas, foi percebido que a professora da Escola A priorizava um movimento pelo qual a discussão considerava inicialmente fenômenos particulares para, posteriormente, alcançar as generalizações. Esse movimento epistêmico, desenvolvido ao longo de atividades investigativas em aulas de laboratório, era retomado pela professora ao conduzir as discussões em sala de aula regular, para construir novos conceitos. O professor da Escola B, por sua vez, priorizava um movimento pelo qual os conceitos ou generalizações eram inicialmente trabalhados, para depois serem aplicados na análise de situações específicas. De acordo com tal movimento, na aula de laboratório os experimentos foram abordados de modo a consolidar os conceitos previamente trabalhados. Os resultados obtidos apontam para diferentes estratégias enunciativas, as quais se constituem em exemplares relevantes para discussão em cursos de formação inicial e continuada de professores de Ciências .In this research, strategies used by two Chemistry teachers in two classrooms on the 2nd high from two different schools were analyzed as well as characterized through a contrasting point of view. The analysis was conducted throughout the thermo-chemistry class sequences. The analyses of such strategies has shown each teachers teaching style considering that such strategies express concepts related to Sciences and its teaching process which conduct both teachers practices in their classrooms. The analyses has also observed how the strategies used in class could provide students with the opportunity of getting involved with the tasks proposed as well as the classroom speech. To analyze those strategies, a category system proposed by Mortimer, Massicame, Tiberghien and Buty was used. Such analytical system is based on Vygotskys and Bakhtins concepts. Some changes in the system had to be made throughout the research, its categories were ordered in two main dimensions: one which focuses the interaction patterns in relation to different functions and types of discourses, and the other one which considers how the content is articulated along the interactions. The second dimension is formed by categories named epistemic. Through this perspective, the strategies shown are related to the interactive and epistemic movements that teachers make use of, interacting themselves with students or not, so as to come up with utterances in the classroom. The concept of Productive Disciplinary Engagement proposed by Engle and Conant was taken into account in order to verify how such strategies could promote learning opportunities for students. Still into the perspective mentioned, the concept of epistemic practices proposed by Kelly was also taken into consideration in a discussion which focused on how the investigated strategies helped to get students involved with the main aspects of Sciences speech. The data was collected through videos, field notes, analyses of students written productions, teachers materials as well as interviews with teachers and students. The methodology included the analyses of data collected through videos in real time using software called Videograph®. The categorization using the Videograph® made it possible to get the time percentage for each category, both each class individually and each class sequence as a whole. This general data was used as a reference for micro analyses through which it was possible to know how the investigated strategies were articulated in both classrooms. The results obtained showed that both teachers were alike when it came to the level of interaction between them and their students. On the other hand, to certain extent, they were reasonable different in relation to dialogic interactions. Such interactions were consistent in the laboratory classes at school A. As for the epistemic categories, it has been observed that the teacher from school A prioritized a strategy, through which the discussions firstly considered specific phenomena, just getting to generalizations afterwards. This epistemic movement, developed along with the laboratory classes inquires, was every time used by the teacher as a way to build new concepts in the classroom. The teacher from school B, however, prioritized an epistemic movement through which concepts or generalizations were firstly made, just applying them in the analyses of specific situations in due time. According to this epistemic movement, the experiments in the laboratory class were discussed so as to demonstrate the concepts previously taught. The obtained results show different strategies which can be used as relevant food for thoughts in graduation courses and study groups for Chemistry teachers. In this research, strategies used by two Chemistry teachers in two classrooms on the 2nd high from two different schools were analyzed as well as characterized through a contrasting point of view. The analysis was conducted throughout the thermo-chemistry class sequences. The analyses of such strategies has shown each teachers teaching style considering that such strategies express concepts related to Sciences and its teaching process which conduct both teachers practices in their classrooms. The analyses has also observed how the strategies used in class could provide students with the opportunity of getting involved with the tasks proposed as well as the classroom speech. To analyze those strategies, a category system proposed by Mortimer, Massicame, Tiberghien and Buty was used. Such analytical system is based on Vygotskys and Bakhtins concepts. Some changes in the system had to be made throughout the research, its categories were ordered in two main dimensions: one which focuses the interaction patterns in relation to different functions and types of discourses, and the other one which considers how the content is articulated along the interactions. The second dimension is formed by categories named epistemic. Through this perspective, the strategies shown are related to the interactive and epistemic movements that teachers make use of, interacting themselves with students or not, so as to come up with utterances in the classroom. The concept of Productive Disciplinary Engagement proposed by Engle and Conant was taken into account in order to verify how such strategies could promote learning opportunities for students. Still into the perspective mentioned, the concept of epistemic practices proposed by Kelly was also taken into consideration in a discussion which focused on how the investigated strategies helped to get students involved with the main aspects of Sciences speech. The data was collected through videos, field notes, analyses of students written productions, teachers materials as well as interviews with teachers and students. The methodology included the analyses of data collected through videos in real time using software called Videograph®. The categorization using the Videograph® made it possible to get the time percentage for each category, both each class individually and each class sequence as a whole. This general data was used as a reference for micro analyses through which it was possible to know how the investigated strategies were articulated in both classrooms. The results obtained showed that both teachers were alike when it came to the level of interaction between them and their students. On the other hand, to certain extent, they were reasonable different in relation to dialogic interactions. Such interactions were consistent in the laboratory classes at school A. As for the epistemic categories, it has been observed that the teacher from school A prioritized a strategy, through which the discussions firstly considered specific phenomena, just getting to generalizations afterwards. This epistemic movement, developed along with the laboratory classes inquires, was every time used by the teacher as a way to build new concepts in the classroom. The teacher from school B, however, prioritized an epistemic movement through which concepts or generalizations were firstly made, just applying them in the analyses of specific situations in due time. According to this epistemic movement, the experiments in the laboratory class were discussed so as to demonstrate the concepts previously taught. The obtained results show different strategies which can be used as relevant food for thoughts in graduation courses and study groups for Chemistry teachers.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGLingüisticaSalas de aulaEducação do 2 ano em sala de aulaProfessor de químicaEstratégias enunciativas em salas de aula de química: contrastando professores de estilos diferentesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINAL2000000147.pdfapplication/pdf2957689https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/FAEC-84KND6/1/2000000147.pdfb1cd13e8b8617c5142b53ffd6549fe1aMD51TEXT2000000147.pdf.txt2000000147.pdf.txtExtracted texttext/plain1113335https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/FAEC-84KND6/2/2000000147.pdf.txtab43e7534a58c7fa517aab2b2aece2d9MD521843/FAEC-84KND62019-11-14 15:27:20.318oai:repositorio.ufmg.br:1843/FAEC-84KND6Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T18:27:20Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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O sistema passou por algumas alterações ao longo da pesquisa, tendo as suas categorias ordenadas em duas principais dimensões: uma que focaliza os padrões de interação em relação com as diferentes funções e tipos de discurso e uma outra que considera como o conteúdo é articulado ao longo das interações, compreendendo o que foi denominado categorias epistêmicas. Nessa perspectiva, as estratégias enunciativas compreendem os movimentos interativos e epistêmicos que os professores articulam, em interação ou não com os alunos, para que os enunciados surjam em suas salas de aula. Para verificar como tais estratégias geravam oportunidades de aprendizagem para os alunos, foi considerado o conceito de Engajamento Disciplinar Produtivo proposto por Engle e Conant. Ainda nessa perspectiva, foi tomado o conceito de Práticas Epistêmicas proposto por Kelly, numa discussão que focalizou como as estratégias enunciativas favoreciam o envolvimento dos alunos com aspectos fundamentais do discurso da Ciência. Os dados foram coletados por meio de registros em vídeo, anotações de campo, análise das produções escritas de alunos e materiais didáticos dos professores e, ainda, entrevistas com professores e alunos. A metodologia envolveu a análise dos dados registrados em vídeo, em tempo real, por meio de um software, o Videograph®. A categorização utilizando o Videograph® resultou nos percentuais de tempo para cada categoria, tanto de cada aula em particular quanto de cada seqüência de aulas como um todo. Esses dados gerais serviram de referência para uma microanálise, por meio da qual foi possível perceber como eram articuladas as estratégias enunciativas em cada sala de aula. Os resultados obtidos mostraram que os professores assemelharam-se com relação ao nível de interação que estabeleciam com os alunos, mas distanciaram-se, até certo ponto, quanto à abertura para às interações dialógicas. Tais interações se pronunciaram de forma consistente nas aulas de laboratório da Escola A. Com relação a articulação das categorias epistêmicas, foi percebido que a professora da Escola A priorizava um movimento pelo qual a discussão considerava inicialmente fenômenos particulares para, posteriormente, alcançar as generalizações. Esse movimento epistêmico, desenvolvido ao longo de atividades investigativas em aulas de laboratório, era retomado pela professora ao conduzir as discussões em sala de aula regular, para construir novos conceitos. O professor da Escola B, por sua vez, priorizava um movimento pelo qual os conceitos ou generalizações eram inicialmente trabalhados, para depois serem aplicados na análise de situações específicas. De acordo com tal movimento, na aula de laboratório os experimentos foram abordados de modo a consolidar os conceitos previamente trabalhados. Os resultados obtidos apontam para diferentes estratégias enunciativas, as quais se constituem em exemplares relevantes para discussão em cursos de formação inicial e continuada de professores de Ciências Nesta pesquisa são analisadas e caracterizadas, numa perspectiva contrastiva, as estratégias enunciativas articuladas por dois professores de Química, em duas salas de aula do 2o ano do ensino médio de diferentes escolas, ao longo da seqüência temática Termoquímica. A análise dessas estratégias configurou o estilo de ensinar de cada professor investigado, considerando que elas expressam concepções relacionadas à Ciência e ao seu ensino, as quais orientam as práticas desses professores em suas salas de aula. A análise considerou ainda, como as estratégias empregadas pelos professores geravam oportunidades para que os alunos se envolvessem nas atividades propostas e compartilhassem do discurso da sala de aula. Para análise das estratégias enunciativas, foi utilizado um sistema analítico de categorias proposto por Mortimer, Massicame, Tiberghien e Buty, o qual se ancora nas concepções de Vygotsky e Bakhtin. O sistema passou por algumas alterações ao longo da pesquisa, tendo as suas categorias ordenadas em duas principais dimensões: uma que focaliza os padrões de interação em relação com as diferentes funções e tipos de discurso e uma outra que considera como o conteúdo é articulado ao longo das interações, compreendendo o que foi denominado categorias epistêmicas. Nessa perspectiva, as estratégias enunciativas compreendem os movimentos interativos e epistêmicos que os professores articulam, em interação ou não com os alunos, para que os enunciados surjam em suas salas de aula. 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O professor da Escola B, por sua vez, priorizava um movimento pelo qual os conceitos ou generalizações eram inicialmente trabalhados, para depois serem aplicados na análise de situações específicas. De acordo com tal movimento, na aula de laboratório os experimentos foram abordados de modo a consolidar os conceitos previamente trabalhados. Os resultados obtidos apontam para diferentes estratégias enunciativas, as quais se constituem em exemplares relevantes para discussão em cursos de formação inicial e continuada de professores de Ciências .
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