Sombreamento contínuo e intermitente e a resposta produtiva e bromatológica das forrageiras Megathyrsus maximus e Urochloa brizantha

• Autor(a) principal: Sergio Murilo Duarte
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ICAS-B9KQAS
• topic: Análise bromatológica; Urochloa brizantha; Megathyrsus maximus; Restrição luminosa; Alimentos analise; Sombras e sombreados; Campim-marandu

As plantas forrageiras quando submetidas à restrição luminosa podem apresentar alterações em sua produtividade e qualidade decorrentes de alterações morfológicas e fisiológicas necessáriasà adaptação ao ambiente de cultivo. No presente estudo objetivou-se avaliar a interferência do sombreamento contínuo e intermitente, com 70% de restrição luminosa, sobre a produtividade, composição química e fisiologia de quatro forrageiras tropicais. Foram conduzidos doisexperimentos, ambos em delineamento de blocos casualizados com 5 repetições, sendo o primeiro em esquema fatorial 2 x 3, com duas forrageiras (capim-piatã e capim-marandu) submetidas a diferentes condições de luminosidade (pleno sol, sombreamento contínuo esombreamento descontínuo com três horas de sol). O segundo experimento foi conduzido com o mesmo delineamento experimental, porém com as forrageiras capim-tamani e capim-tanzânia.No primeiro ensaio, o capim-piatã apresentou maior taxa de acúmulo diário de matéria seca (40,9 Kg ha-1 dia-1) que o capim-marandu (34,4 Kg ha-1 dia-1), independente da condição de luminosidade no ambiente de cultivo, entretanto não observou-se variação na produtividade entrecapim-tamani e capim-tanzânia. O sombreamento contínuo e intermitente com 70% de restrição luminosa ocasionou menor taxa de acúmulo diário de matéria seca,com reduções de 17,4, 28,5,28,8 e 30,3% para os capins-tanzania, tamani, piatã e marandu, respectivamente em comparação as plantas mantidas em condição de pleno sol. Por outro lado, nos dois ensaios, o teor de proteína foi superior em plantas mantidas sob sombreamento, em comparação ao pleno sol. Os teores de FDN encontrados nas forrageiras capim-tamani, capim-tanzânia, capim-piatã e capim-marandu cultivadas no pleno sol foram maiores, em comparação aos observados para osambientes sombreados. As forrageiras estudadas quando expostas ao sombreamento contínuo apresentam redução significativa das variáveis fisiológicas, enquanto no sombreamento intermitente as médias se aproximam dos valores encontrados ao pleno sol, em resposta aoestímulo luminoso momentâneo. O capim-tanzânia caracteriza-se por maior taxa fotossintética em detrimento ao capim-tamani, apesar dessa última apresentar maior adaptação ao sombreamento. As alterações nas variáveis fisiológicas das forrageiras sombreadas e expostasao estimulo luminoso direto de 3h estudadas são positivas, entretanto não refletem em ganhos produtivos. O comportamento produtivo e na composição bromatológica das quatro forrageiras mantidas em sombreamento contínuo com sombrite são similares aos encontrados com o ambiente com sombreamento intermitente com 3h de luz solar direta, o que valida o uso do sombreamento contínuo com sombrite em simulação aos ambientes sombreados naturalmente.