Riscando o asfalto: disputa, participação e aprendizagem no rolimã

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luciano Silveira Coelho
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/48844
https://orcid.org/0000-0002-1203-7826
Resumo: O objetivo desse estudo foi compreender quem são os sujeitos, lugares e aprendizagens concernentes aos eventos de carrinho de rolimã da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Esse trabalho foi concebido a partir dos princípios conceituais e metodológicos da etnografia, que prezam por um trabalho de campo denso e longevo, por um contínuo e necessário exercício da alteridade, pela abertura às novas técnicas e instrumentos de pesquisa e também pela disposição de ir além da observação e transformar suas próprias experiências em campo em dados científicos. Por isso, foi de suma importância me apropriar de tais conceitos, me inspirar em outras etnografias e, a partir daí, construir estratégias e fazer as escolhas mais apropriadas ao contexto dos eventos de carrinho de rolimã. O trabalho de campo foi desenvolvido majoritariamente nos “encontros” da Praça do Papa, no Bairro Buritis e na Esplanada do Estádio Mineirão. No entanto, para conhecer de forma mais ampla os eventos e iniciativas relacionadas ao rolimã na RMBH, foi preciso conhecer também outras localidades onde eventos caracterizados como “rolês”, “corujões” e “gp’s” aconteciam. Em momentos e com frequências distintas, foram 46 excursões ao campo, de setembro de 2019 a junho de 2022, em eventos que duravam entre duas a três horas. As primeiras impressões indicavam que o movimento do rolimã na RMBH se tratava de uma ação ampla, coesa e coordenada de um grupo de pessoas em torno de um mesmo propósito. Com uma permanência prolongada em campo, encontrei um movimento marcado por disputas, interesses e apropriações múltiplas que limitam, ao mesmo que conformam, uma comunidade de prática (LAVE e WENGER, 1991). Nesse cenário, homens e mulheres, adultos e crianças, aprendizes e veteranos, participam, constituem e são constituídos (LAVE, 2019) por uma prática polissêmica, contraditória e invariavelmente situada. Por isso, “brincar”, “andar” ou “pilotar” um carrinho de rolimã são habilidades que não se estabelecem por um acúmulo de representações mentais que se convertem em movimentos corporais, mas por uma agência perceptiva, através de um processo de educação da atenção (INGOLD, 2000). Sem a pretensão de forjar análises conclusivas e totalizantes, o presente estudo se soma a um amplo e contemporâneo campo de pesquisa que vem construindo compreensões mais acuradas sobre as diversas formas de ser e estar das crianças nos contextos urbanos.
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Por isso, foi de suma importância me apropriar de tais conceitos, me inspirar em outras etnografias e, a partir daí, construir estratégias e fazer as escolhas mais apropriadas ao contexto dos eventos de carrinho de rolimã. O trabalho de campo foi desenvolvido majoritariamente nos “encontros” da Praça do Papa, no Bairro Buritis e na Esplanada do Estádio Mineirão. No entanto, para conhecer de forma mais ampla os eventos e iniciativas relacionadas ao rolimã na RMBH, foi preciso conhecer também outras localidades onde eventos caracterizados como “rolês”, “corujões” e “gp’s” aconteciam. Em momentos e com frequências distintas, foram 46 excursões ao campo, de setembro de 2019 a junho de 2022, em eventos que duravam entre duas a três horas. As primeiras impressões indicavam que o movimento do rolimã na RMBH se tratava de uma ação ampla, coesa e coordenada de um grupo de pessoas em torno de um mesmo propósito. Com uma permanência prolongada em campo, encontrei um movimento marcado por disputas, interesses e apropriações múltiplas que limitam, ao mesmo que conformam, uma comunidade de prática (LAVE e WENGER, 1991). Nesse cenário, homens e mulheres, adultos e crianças, aprendizes e veteranos, participam, constituem e são constituídos (LAVE, 2019) por uma prática polissêmica, contraditória e invariavelmente situada. Por isso, “brincar”, “andar” ou “pilotar” um carrinho de rolimã são habilidades que não se estabelecem por um acúmulo de representações mentais que se convertem em movimentos corporais, mas por uma agência perceptiva, através de um processo de educação da atenção (INGOLD, 2000). Sem a pretensão de forjar análises conclusivas e totalizantes, o presente estudo se soma a um amplo e contemporâneo campo de pesquisa que vem construindo compreensões mais acuradas sobre as diversas formas de ser e estar das crianças nos contextos urbanos.The aim of this study was to understand who are the subjects, places and learning concerning the trolley events in the Metropolitan Region of Belo Horizonte (RMBH). This research was conceived from the conceptual and methodological principles of ethnography, which value a dense and long-lived fieldwork, a continuous and necessary exercise of alterity, an openness to new research techniques and instruments and also a willingness to go beyond the observation and transform their own field experiences into scientific data. Therefore, it was extremely important for me to appropriate these concepts, to be inspired by other ethnographies and, from there, to build strategies and make the most appropriate choices in the context of the events of the trolley car. The fieldwork was developed mainly in the “meetings” of Praça do Papa, in Buritis neighborhood and in Esplanade of Mineirão Stadium. However, to learn more about the events and initiatives related to trolley in the RMBH, it was also necessary to know other places where events characterized as "rolês", "corujões" and "gp's" took place. At different times and with different frequencies, there were 46 field trips, from September 2019 to June 2022, in events that lasted between two and three hours. The first impressions indicated that the trolley movement in the RMBH was a broad, cohesive and coordinated action of a group of people around the same purpose. With a prolonged stay in the field, I found a movement marked by disputes, interests and multiple appropriations that limit, while shaping, a community of practice (LAVE and WENGER, 1991). In this scenario, men and women, adults and children, apprentices and veterans, participate, constitute and are constituted (LAVE, 2019) by a polysemic, contradictory and invariably situated practice. For this reason, “playing”, “ride” or “pilot” a trolley are skills that are not established by an accumulation of mental representations that are converted into body movements, but by a perceptive agency, through a process of education of attention (INGOLD, 2000). Without pretending to forge conclusive and totalizing analyses, the present study adds to a broad and contemporary field of research that has been building more accurate understandings about the different ways of being children in urban contexts.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão SocialUFMGBrasilFAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃOEducaçãoInfância - Aspectos sociaisAprendizagemCulturaSociologia urbanaLazer - Aspectos sociaisInfânciaAprendizagemCulturaCarrinho de RolimãCidadeRiscando o asfalto: disputa, participação e aprendizagem no rolimãinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALCOELHO_2022_(TESE).pdfCOELHO_2022_(TESE).pdfapplication/pdf5179748https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/48844/1/COELHO_2022_%28TESE%29.pdfee13f569fefd4a84ca97ad7b5e1bd1b2MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/48844/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/488442023-01-11 07:39:58.426oai:repositorio.ufmg.br:1843/48844TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-01-11T10:39:58Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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