Adaptação cultural e investigação das propriedades psicométricas da Barratt Impulsiveness Scale (BIS-11)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alina Gomide Vasconcelos
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-94MHEJ
Resumo: A impulsividade é um construto complexo caracterizado por diferentes padrões cognitivos e comportamentais, tais como dificuldade de aguardar um evento, inibir respostas prepotentes e comportamentos inapropriados para o contexto, busca de sensações, tomada de decisões sem considerar os efeitos em longo prazo. Uma das definições mais utilizadas na literatura propõe que a impulsividade seja entendida como uma tendência a reagir de forma rápida e sem planejamento a estímulos internos ou extemos sem considerar as consequências negativas dessas ações para si e para os outros. A Escala de lmpulsividade de Barrat - versão 11 (BIS-11) é um instrumento de autorrelato amplamente utilizado nos contextos clinicos e de pesquisa para avaliar três aspectos da impulsividade, a saber, impulsividade por falta de planejamento, impulsividade por falta de atenção e impulsividade motora. 0 instrumento foi adaptado para diversas culturas. 0 presente estudo teve como objetivo geral contribuir para ampliar os estudos sobre a escala por meio da adaptação da BlS-11 para o contexto brasileiro como também investigar as características psicométricas da mesma. Para isso, foram realizados estudos de tradução, adaptação cultural, revisão da literatura, confiabilidade e evidências de validade. Os resultados das análises teórica, feita por juízes, e empirica da organização dos itens não corroboraram a estrutura fatorial dos mesmos, tal como proposta originalmente. Esse resultado foi coerente com outros estudos reportados na literatura. Uma estrutura bifatorial foi apresentada e investigações psicométricas indicaram resultados satisfatórios. Ademais, não se observou convergência entre os escores da BlS- 11 e de testes neuropsicológicos que operacionalizam propostas teóricas sobre os mesmos componentes da impulsividade tendo como base a análise fatorial e a comparação entre grupos caracterizados comtendências impulsivas e não-impulsivas. Esses achados foram discutidos com base em aspectos psicométricos e neuropsicológicos. Para finalizar, foram apresentadas hipóteses sobre limitações metodológicas dos estudos e propostas para aprimoramento em investigações futuras.
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