Avaliação da capacidade funcional na cardiopatia chagásica pelo incremental Shuttle Walk Test e sua relação com qualidade de vida
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9E3GV4 |
Resumo: | Introdução: O Teste de Esforço Cardiopulmonar (TECP) é considerado o padrão-ouro na avaliação da capacidade funcional (CF) em pacientes com insuficiência cardíaca (IC). No entanto, os testes de campo, tais como o Teste de Caminhada de Seis Minutos (TC6) e o Incremental Shuttle Walk Test (ISWT) são simples e eficazes na avaliação da mesma. Apesar da crescente utilização do ISWT, não foram encontrados estudos que utilizaram o teste em pacientes com doença de Chagas (DC) poucos estudos avaliaram a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) nesta população. Objetivos: correlacionar a distância percorrida no ISWT com a distância percorrida no TC6 e com o pico do consumo de oxigênio (VO2pico) avaliado pelo TECP e com a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) em pacientes com cardiopatia chagásica. Métodos: Trinta e cinco pacientes com cardiopatia chagásica foram avaliados de acordo com a CF e QVRS. A CF foi avaliada pela TECP, TC6 e ISWT. A QVRS foi avaliada pelo questionário genérico Short-Form Health Survey (SF-36) e pelo questionário específico Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire (MLHFQ). Os dados descritivos foram apresentados como média e desvio padrão ou mediana e intervalo interquartílico. A correlação foi realizada com o teste de correlação de Pearson ou Spearman. A curva ROC foi construída para investigar a precisão do ISWT em predizer baixos valores de VO2pico. Resultados: A distância percorrida no ISWT correlacionou-se com o VO2pico (r = 0,498, p = 0,004), com a distância percorrida no TC6 (r = 0,484, p = 0,003), com o escore encontrado no questionário Minnesota (r = -0,460, p = 0,006) e com os domínios capacidade funcional e aspectos físicos do SF-36 (r = 0,435, p = 0,009, r = 0,477, p = 0,008, respectivamente). Não houve diferença significativa entre as distâncias caminhadas nos testes de campo (p = 0,694). A área sob a curva ROC foi de 0,871 na predição pela distância percorrida no ISWT de VO2pico de, pelo menos, 25 ml.kg.min. Conclusão: O ISWT mostrou-se eficaz na avaliação da CF em pacientes com cardiopatia chagásica e em demonstrar o impacto da doença na qualidade de vida desses pacientes. |
id |
UFMG_19bee9219f73bbdbbc350148c2e625d3 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-9E3GV4 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Manoel Otavio da Costa RochaMarcia Maria Oliveira LimaMarcia Maria Oliveira LimaDanielle Aparecida Gomes PereiraLidiane Aparecida Pereira de SousaHenrique Silveira Costa2019-08-11T22:53:41Z2019-08-11T22:53:41Z2013-02-22http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9E3GV4Introdução: O Teste de Esforço Cardiopulmonar (TECP) é considerado o padrão-ouro na avaliação da capacidade funcional (CF) em pacientes com insuficiência cardíaca (IC). No entanto, os testes de campo, tais como o Teste de Caminhada de Seis Minutos (TC6) e o Incremental Shuttle Walk Test (ISWT) são simples e eficazes na avaliação da mesma. Apesar da crescente utilização do ISWT, não foram encontrados estudos que utilizaram o teste em pacientes com doença de Chagas (DC) poucos estudos avaliaram a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) nesta população. Objetivos: correlacionar a distância percorrida no ISWT com a distância percorrida no TC6 e com o pico do consumo de oxigênio (VO2pico) avaliado pelo TECP e com a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) em pacientes com cardiopatia chagásica. Métodos: Trinta e cinco pacientes com cardiopatia chagásica foram avaliados de acordo com a CF e QVRS. A CF foi avaliada pela TECP, TC6 e ISWT. A QVRS foi avaliada pelo questionário genérico Short-Form Health Survey (SF-36) e pelo questionário específico Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire (MLHFQ). Os dados descritivos foram apresentados como média e desvio padrão ou mediana e intervalo interquartílico. A correlação foi realizada com o teste de correlação de Pearson ou Spearman. A curva ROC foi construída para investigar a precisão do ISWT em predizer baixos valores de VO2pico. Resultados: A distância percorrida no ISWT correlacionou-se com o VO2pico (r = 0,498, p = 0,004), com a distância percorrida no TC6 (r = 0,484, p = 0,003), com o escore encontrado no questionário Minnesota (r = -0,460, p = 0,006) e com os domínios capacidade funcional e aspectos físicos do SF-36 (r = 0,435, p = 0,009, r = 0,477, p = 0,008, respectivamente). Não houve diferença significativa entre as distâncias caminhadas nos testes de campo (p = 0,694). A área sob a curva ROC foi de 0,871 na predição pela distância percorrida no ISWT de VO2pico de, pelo menos, 25 ml.kg.min. Conclusão: O ISWT mostrou-se eficaz na avaliação da CF em pacientes com cardiopatia chagásica e em demonstrar o impacto da doença na qualidade de vida desses pacientes.Background: The Cardiopulmonary exercise test (CPET) is considered to be the gold standard to evaluate functional capacity (FC) in patients with heart failure (HF). However, field tests such as the Six-minute Walk Test (6MWT) and the Incremental Shuttle Walk Test (ISWT) are simple and effective in evaluating the same. Despite the increasing use of ISWT, no studies that used the test in patients with Chagas heart disease (CHD) were found and only few studies have evaluated the health-related quality of life (HRQoL) in this population. Objectives: To correlate the distance walked in the ISWT with distance walked by 6MWT and peak oxygen uptake (VO2peak) by CPET and health-related quality of life (HRQoL) in patients with CHD. Methods: Thirty five patients with CHD were evaluated according to the CF and HRQoL. The CF was assessed by CPET, 6MWT and ISWT. HRQoL was assessed by the generic Short-Form Health Survey (SF-36) and Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire (MLHFQ). Descriptive data were shown as mean and standard deviation or median and interquartile range. The correlation was carried out with Pearson or Spearman correlation test. A ROC curve was constructed to investigate the accuracy of ISWT for predicting low values of VO2peak. Results: The distance walked in ISWT correlated with VO2peak (r= 0.498; p= 0.004), distance walked in 6MWT (r= 0.484; p= 0.003), MLWHFQ scores (r= -0.460; p= 0.006) and physical functioning and role physical domains of the SF-36 scores (r= 0.435, p= 0.009; r= 0.477, p= 0.008, respectively). There was no significant difference between the distances walked in field tests (p= 0.694). The area under the ROC curve was 0.871 for ISWT in predicts a VO2peak value of, at least, 25 mL.kg.min. Conclusion: The ISWT showed to be effective in evaluating the FC in CHD and in demonstrate the impact of disease on HRQoL of these patients.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGDoença de Chagas/fisiopatologiaResistência física/fisiologiaTolerancia ao exercício/fisiologiaQualidade de vidaCaminhada/fisiologiaQuestionáriosCardiomiopatia chagásica/fisiopatologiaCardiologiaTeste de esforço/métodosTeste de esforço cardiopulmonarCardiopatia chagásicaQualidade de vida relacionada à saúdeCapacidade funcionalIncremental Shuttle Walk TestAvaliação da capacidade funcional na cardiopatia chagásica pelo incremental Shuttle Walk Test e sua relação com qualidade de vidainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_henrique_final.pdfapplication/pdf1694994https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9E3GV4/1/disserta__o_henrique_final.pdfd994b5fc31771a68590b40a42d7d1983MD51TEXTdisserta__o_henrique_final.pdf.txtdisserta__o_henrique_final.pdf.txtExtracted texttext/plain87656https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9E3GV4/2/disserta__o_henrique_final.pdf.txt7c8a0486c0ebaca52b08f5057b810ff4MD521843/BUBD-9E3GV42019-11-14 10:19:19.272oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-9E3GV4Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T13:19:19Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Avaliação da capacidade funcional na cardiopatia chagásica pelo incremental Shuttle Walk Test e sua relação com qualidade de vida |
title |
Avaliação da capacidade funcional na cardiopatia chagásica pelo incremental Shuttle Walk Test e sua relação com qualidade de vida |
spellingShingle |
Avaliação da capacidade funcional na cardiopatia chagásica pelo incremental Shuttle Walk Test e sua relação com qualidade de vida Henrique Silveira Costa Teste de esforço cardiopulmonar Cardiopatia chagásica Qualidade de vida relacionada à saúde Capacidade funcional Incremental Shuttle Walk Test Doença de Chagas/fisiopatologia Resistência física/fisiologia Tolerancia ao exercício/fisiologia Qualidade de vida Caminhada/fisiologia Questionários Cardiomiopatia chagásica/fisiopatologia Cardiologia Teste de esforço/métodos |
title_short |
Avaliação da capacidade funcional na cardiopatia chagásica pelo incremental Shuttle Walk Test e sua relação com qualidade de vida |
title_full |
Avaliação da capacidade funcional na cardiopatia chagásica pelo incremental Shuttle Walk Test e sua relação com qualidade de vida |
title_fullStr |
Avaliação da capacidade funcional na cardiopatia chagásica pelo incremental Shuttle Walk Test e sua relação com qualidade de vida |
title_full_unstemmed |
Avaliação da capacidade funcional na cardiopatia chagásica pelo incremental Shuttle Walk Test e sua relação com qualidade de vida |
title_sort |
Avaliação da capacidade funcional na cardiopatia chagásica pelo incremental Shuttle Walk Test e sua relação com qualidade de vida |
author |
Henrique Silveira Costa |
author_facet |
Henrique Silveira Costa |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Manoel Otavio da Costa Rocha |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Marcia Maria Oliveira Lima |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Marcia Maria Oliveira Lima |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Danielle Aparecida Gomes Pereira |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Lidiane Aparecida Pereira de Sousa |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Henrique Silveira Costa |
contributor_str_mv |
Manoel Otavio da Costa Rocha Marcia Maria Oliveira Lima Marcia Maria Oliveira Lima Danielle Aparecida Gomes Pereira Lidiane Aparecida Pereira de Sousa |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Teste de esforço cardiopulmonar Cardiopatia chagásica Qualidade de vida relacionada à saúde Capacidade funcional Incremental Shuttle Walk Test |
topic |
Teste de esforço cardiopulmonar Cardiopatia chagásica Qualidade de vida relacionada à saúde Capacidade funcional Incremental Shuttle Walk Test Doença de Chagas/fisiopatologia Resistência física/fisiologia Tolerancia ao exercício/fisiologia Qualidade de vida Caminhada/fisiologia Questionários Cardiomiopatia chagásica/fisiopatologia Cardiologia Teste de esforço/métodos |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Doença de Chagas/fisiopatologia Resistência física/fisiologia Tolerancia ao exercício/fisiologia Qualidade de vida Caminhada/fisiologia Questionários Cardiomiopatia chagásica/fisiopatologia Cardiologia Teste de esforço/métodos |
description |
Introdução: O Teste de Esforço Cardiopulmonar (TECP) é considerado o padrão-ouro na avaliação da capacidade funcional (CF) em pacientes com insuficiência cardíaca (IC). No entanto, os testes de campo, tais como o Teste de Caminhada de Seis Minutos (TC6) e o Incremental Shuttle Walk Test (ISWT) são simples e eficazes na avaliação da mesma. Apesar da crescente utilização do ISWT, não foram encontrados estudos que utilizaram o teste em pacientes com doença de Chagas (DC) poucos estudos avaliaram a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) nesta população. Objetivos: correlacionar a distância percorrida no ISWT com a distância percorrida no TC6 e com o pico do consumo de oxigênio (VO2pico) avaliado pelo TECP e com a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) em pacientes com cardiopatia chagásica. Métodos: Trinta e cinco pacientes com cardiopatia chagásica foram avaliados de acordo com a CF e QVRS. A CF foi avaliada pela TECP, TC6 e ISWT. A QVRS foi avaliada pelo questionário genérico Short-Form Health Survey (SF-36) e pelo questionário específico Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire (MLHFQ). Os dados descritivos foram apresentados como média e desvio padrão ou mediana e intervalo interquartílico. A correlação foi realizada com o teste de correlação de Pearson ou Spearman. A curva ROC foi construída para investigar a precisão do ISWT em predizer baixos valores de VO2pico. Resultados: A distância percorrida no ISWT correlacionou-se com o VO2pico (r = 0,498, p = 0,004), com a distância percorrida no TC6 (r = 0,484, p = 0,003), com o escore encontrado no questionário Minnesota (r = -0,460, p = 0,006) e com os domínios capacidade funcional e aspectos físicos do SF-36 (r = 0,435, p = 0,009, r = 0,477, p = 0,008, respectivamente). Não houve diferença significativa entre as distâncias caminhadas nos testes de campo (p = 0,694). A área sob a curva ROC foi de 0,871 na predição pela distância percorrida no ISWT de VO2pico de, pelo menos, 25 ml.kg.min. Conclusão: O ISWT mostrou-se eficaz na avaliação da CF em pacientes com cardiopatia chagásica e em demonstrar o impacto da doença na qualidade de vida desses pacientes. |
publishDate |
2013 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2013-02-22 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-08-11T22:53:41Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-08-11T22:53:41Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9E3GV4 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9E3GV4 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9E3GV4/1/disserta__o_henrique_final.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9E3GV4/2/disserta__o_henrique_final.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
d994b5fc31771a68590b40a42d7d1983 7c8a0486c0ebaca52b08f5057b810ff4 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1797971369166635008 |