O direito das ruas: as culturas do graffiti e do hip hop como constituintes do patrimônio cultural brasileiro
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8XTPMV |
Resumo: | A presente investigação buscou verificar, por meio da experiência de campo antropológica, em que medida os conteúdos e práticas artísticos e culturais do graffiti, bem como do hip hop, geram efetiva participação de seus autores no debate acerca do tratamento dado ao grafite em nosso ordenamento jurídico e demonstram ser ele expressão de nossa cultura, e não crime ambiental contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural. Pressupõe-se, a partir da concepção de práticas estéticas formulada por Jacques Rancière, que as práticas do graffiti e do hip hop na cidade têm caráter político e identitário, aptos a gerar a referida participação de suas culturas no debate acerca do tratamento jurídico dado ao grafite pelo direito formal. Por meio de um direito das ruas, que toma como base o pluralismo jurídico, verifica-se a inscrição do indivíduo na cidade, em sentido político, o que se dá justamente pela realização de suas culturas, tomadas, neste trabalho, separadamente, como as culturas do graffiti e do hip hop grupos culturalmente diferenciados, em sentido antropológico. A arte é o que o inscreve esse indivíduo na vida comum, na cidade, esteja ele outorgado ou não pelo Estado, sendo a partir dos próprios modos de vida artísticos do graffiti e do hip hop que se demonstra ser o grafite cultura, isto é, patrimônio cultural brasileiro que deve ser protegido pelo direito e, dessa forma, descriminalizado. |
id |
UFMG_1ac1423081643698764f4580cdb724e1 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-8XTPMV |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Monica Sette LopesMiracy Barbosa de Sousa GustinAna Beatriz Vianna MendesMariana Fernandes Gontijo2019-08-13T07:29:30Z2019-08-13T07:29:30Z2012-08-13http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8XTPMVA presente investigação buscou verificar, por meio da experiência de campo antropológica, em que medida os conteúdos e práticas artísticos e culturais do graffiti, bem como do hip hop, geram efetiva participação de seus autores no debate acerca do tratamento dado ao grafite em nosso ordenamento jurídico e demonstram ser ele expressão de nossa cultura, e não crime ambiental contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural. Pressupõe-se, a partir da concepção de práticas estéticas formulada por Jacques Rancière, que as práticas do graffiti e do hip hop na cidade têm caráter político e identitário, aptos a gerar a referida participação de suas culturas no debate acerca do tratamento jurídico dado ao grafite pelo direito formal. Por meio de um direito das ruas, que toma como base o pluralismo jurídico, verifica-se a inscrição do indivíduo na cidade, em sentido político, o que se dá justamente pela realização de suas culturas, tomadas, neste trabalho, separadamente, como as culturas do graffiti e do hip hop grupos culturalmente diferenciados, em sentido antropológico. A arte é o que o inscreve esse indivíduo na vida comum, na cidade, esteja ele outorgado ou não pelo Estado, sendo a partir dos próprios modos de vida artísticos do graffiti e do hip hop que se demonstra ser o grafite cultura, isto é, patrimônio cultural brasileiro que deve ser protegido pelo direito e, dessa forma, descriminalizado.Le but de cette recherche a été de vérifier, à travers une expérience anthropologique sur le terrain, dans quelle mesure les contenus et les pratiques artistiques et culturelles du graffiti, ainsi que du hip hop, créent une participation effective de leurs auteurs au débat sur le traitement donné au graffiti dans nos règles juridiques et sont une expression de notre culture et non un crime environnemental contre lordre urbain et le patrimoine culturel. On suppose, à partir de la conception de « pratiques esthétiques » formulées par Jacques Rancière, que les pratiques du graffiti et du hip hop dans les villes ont un caractère politique et identitaire, capables dengendrer cette participation de leur culture au débat sur le traitement juridique donné au graffiti par le droit formel. Au moyen du droit de la rue, basé sur le pluralisme juridique, on vérifie linscription de lindividu dans la ville, dans un sens politique, ce qui se produit justement par la création de ses cultures, envisagées séparemment dans ce travail, comme la culture du graffiti et du hip hop - des groupes culturellement différents, dans un sens anthropologique. Lart est ce qui inscrit cet individu dans la vie commune, dans la ville, quil soit autorisé ou non par lEtat. Cest à partir des modes de vie artistiques des graffiteurs et des auteurs du hip hop que lon peut démontrer que le graffiti est une culture, cest-à-dire, un patrimoine culturel brésilien qui doit être protégé par le droit et donc décriminalisé.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGDireitomodos de vidadireito culturalGraffitihip hoppráticas artísticascrime ambientalO direito das ruas: as culturas do graffiti e do hip hop como constituintes do patrimônio cultural brasileiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_mariana_fernandes_gontijo.pdfapplication/pdf2025460https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8XTPMV/1/disserta__o_mariana_fernandes_gontijo.pdf7586e16e0bcc9da382a2fc4c3ec0f047MD51TEXTdisserta__o_mariana_fernandes_gontijo.pdf.txtdisserta__o_mariana_fernandes_gontijo.pdf.txtExtracted texttext/plain202496https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8XTPMV/2/disserta__o_mariana_fernandes_gontijo.pdf.txt3174db86588eb2108dcd59e3927d8864MD521843/BUOS-8XTPMV2019-11-14 21:57:37.917oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-8XTPMVRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-15T00:57:37Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
O direito das ruas: as culturas do graffiti e do hip hop como constituintes do patrimônio cultural brasileiro |
title |
O direito das ruas: as culturas do graffiti e do hip hop como constituintes do patrimônio cultural brasileiro |
spellingShingle |
O direito das ruas: as culturas do graffiti e do hip hop como constituintes do patrimônio cultural brasileiro Mariana Fernandes Gontijo modos de vida direito cultural Graffiti hip hop práticas artísticas crime ambiental Direito |
title_short |
O direito das ruas: as culturas do graffiti e do hip hop como constituintes do patrimônio cultural brasileiro |
title_full |
O direito das ruas: as culturas do graffiti e do hip hop como constituintes do patrimônio cultural brasileiro |
title_fullStr |
O direito das ruas: as culturas do graffiti e do hip hop como constituintes do patrimônio cultural brasileiro |
title_full_unstemmed |
O direito das ruas: as culturas do graffiti e do hip hop como constituintes do patrimônio cultural brasileiro |
title_sort |
O direito das ruas: as culturas do graffiti e do hip hop como constituintes do patrimônio cultural brasileiro |
author |
Mariana Fernandes Gontijo |
author_facet |
Mariana Fernandes Gontijo |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Monica Sette Lopes |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Miracy Barbosa de Sousa Gustin |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Ana Beatriz Vianna Mendes |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Mariana Fernandes Gontijo |
contributor_str_mv |
Monica Sette Lopes Miracy Barbosa de Sousa Gustin Ana Beatriz Vianna Mendes |
dc.subject.por.fl_str_mv |
modos de vida direito cultural Graffiti hip hop práticas artísticas crime ambiental |
topic |
modos de vida direito cultural Graffiti hip hop práticas artísticas crime ambiental Direito |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Direito |
description |
A presente investigação buscou verificar, por meio da experiência de campo antropológica, em que medida os conteúdos e práticas artísticos e culturais do graffiti, bem como do hip hop, geram efetiva participação de seus autores no debate acerca do tratamento dado ao grafite em nosso ordenamento jurídico e demonstram ser ele expressão de nossa cultura, e não crime ambiental contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural. Pressupõe-se, a partir da concepção de práticas estéticas formulada por Jacques Rancière, que as práticas do graffiti e do hip hop na cidade têm caráter político e identitário, aptos a gerar a referida participação de suas culturas no debate acerca do tratamento jurídico dado ao grafite pelo direito formal. Por meio de um direito das ruas, que toma como base o pluralismo jurídico, verifica-se a inscrição do indivíduo na cidade, em sentido político, o que se dá justamente pela realização de suas culturas, tomadas, neste trabalho, separadamente, como as culturas do graffiti e do hip hop grupos culturalmente diferenciados, em sentido antropológico. A arte é o que o inscreve esse indivíduo na vida comum, na cidade, esteja ele outorgado ou não pelo Estado, sendo a partir dos próprios modos de vida artísticos do graffiti e do hip hop que se demonstra ser o grafite cultura, isto é, patrimônio cultural brasileiro que deve ser protegido pelo direito e, dessa forma, descriminalizado. |
publishDate |
2012 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2012-08-13 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-08-13T07:29:30Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-08-13T07:29:30Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8XTPMV |
url |
http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8XTPMV |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8XTPMV/1/disserta__o_mariana_fernandes_gontijo.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8XTPMV/2/disserta__o_mariana_fernandes_gontijo.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
7586e16e0bcc9da382a2fc4c3ec0f047 3174db86588eb2108dcd59e3927d8864 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589222221742080 |