O prêmio salarial masculino do casamento no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Janaína Teodoro Guiginski
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/30391
Resumo: O objetivo principal da tese é analisar a associação entre o casamento e a coabitação e o rendimento do trabalho masculino no Brasil. O fenômeno conhecido como “prêmio salarial masculino do casamento”, fartamente documentado na literatura internacional, deve-se ao fato de homens casados receberem salários maiores do que solteiros. Os objetivos específicos da tese são: (1) verificar a existência de prêmios do casamento e da coabitação para homens brasileiros; (2) analisar prêmios e penalidades associadas às características produtivas das esposas/parceiras; e, (3) identificar explicações potenciais que fazem sentido para o contexto brasileiro. As motivações do estudo relacionam-se à revolução de gênero incompleta e à persistência das desigualdades por sexo no mercado de trabalho, em que mulheres são penalizadas e homens são premiados por terem filhos e cônjuges. Defende-se que a inclusão da perspectiva masculina nas discussões sobre família e trabalho enriquece o debate sobre igualdade de gênero. As análises consideram informações do Censo Demográfico de 2010 para homens adultos, urbanos e ocupados. Os resultados confirmam que existe um prêmio do casamento para os homens brasileiros e, em menor magnitude, da coabitação. Ambos os prêmios são maiores para homens com rendimentos e níveis de riqueza mais elevados; além disso, a diferença entre casamento e coabitação tende a aumentar com o nível socioeconômico. Decomposições dos diferenciais de rendimentos mostram que os prêmios devem-se à estrutura salarial e não a efeitos de composição. Autônomos e profissionais liberais exibem prêmios maiores do que os empregados, o que refuta a ideia da discriminação do empregador como mecanismo principal para os maiores rendimentos de casados e unidos. O papel da seletividade, que postula que homens com maior potencial produtivo têm maiores chances de casar, é relativamente pequeno para o prêmio do casamento e não explica o prêmio da coabitação. Para os mais pobres, associação positiva entre trabalho da esposa/parceira e rendimentos masculinos é compatível com a ideia de homogamia por produtividade. Para os mais ricos, a associação é negativa, possivelmente devido ao efeito renda. A associação sempre positiva entre a escolaridade da mulher e os rendimentos masculinos favorece o argumento do capital humano compartilhado. Conhecer os possíveis mecanismos por trás dos prêmios do casamento e da coabitação pode ajudar a reconhecer tendências futuras quanto à produtividade e desigualdades por sexo no mercado de trabalho. Se o menor prêmio da coabitação deve-se à menor especialização no domicílio, pode-se esperar que aumentos nos níveis de união consensual resultem em redução das desigualdades de gênero, tanto nas famílias quanto no mercado de trabalho. Se os prêmios derivam da maior produtividade/especialização, a igualdade de gênero e o aumento da participação feminina no mercado de trabalho podem ter o efeito secundário de diminuir a produtividade dos homens casados. Por outro lado, a perspectiva é mais otimista se considerarmos que os prêmios do casamento e da coabitação são conduzidos pelo capital humano compartilhado dos cônjuges. Neste caso, aumentos na escolaridade feminina e a busca por carreiras profissionais podem beneficiar tanto as mulheres quanto os homens que estas escolherem para formar uma família.
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As motivações do estudo relacionam-se à revolução de gênero incompleta e à persistência das desigualdades por sexo no mercado de trabalho, em que mulheres são penalizadas e homens são premiados por terem filhos e cônjuges. Defende-se que a inclusão da perspectiva masculina nas discussões sobre família e trabalho enriquece o debate sobre igualdade de gênero. As análises consideram informações do Censo Demográfico de 2010 para homens adultos, urbanos e ocupados. Os resultados confirmam que existe um prêmio do casamento para os homens brasileiros e, em menor magnitude, da coabitação. Ambos os prêmios são maiores para homens com rendimentos e níveis de riqueza mais elevados; além disso, a diferença entre casamento e coabitação tende a aumentar com o nível socioeconômico. Decomposições dos diferenciais de rendimentos mostram que os prêmios devem-se à estrutura salarial e não a efeitos de composição. Autônomos e profissionais liberais exibem prêmios maiores do que os empregados, o que refuta a ideia da discriminação do empregador como mecanismo principal para os maiores rendimentos de casados e unidos. O papel da seletividade, que postula que homens com maior potencial produtivo têm maiores chances de casar, é relativamente pequeno para o prêmio do casamento e não explica o prêmio da coabitação. Para os mais pobres, associação positiva entre trabalho da esposa/parceira e rendimentos masculinos é compatível com a ideia de homogamia por produtividade. Para os mais ricos, a associação é negativa, possivelmente devido ao efeito renda. A associação sempre positiva entre a escolaridade da mulher e os rendimentos masculinos favorece o argumento do capital humano compartilhado. Conhecer os possíveis mecanismos por trás dos prêmios do casamento e da coabitação pode ajudar a reconhecer tendências futuras quanto à produtividade e desigualdades por sexo no mercado de trabalho. Se o menor prêmio da coabitação deve-se à menor especialização no domicílio, pode-se esperar que aumentos nos níveis de união consensual resultem em redução das desigualdades de gênero, tanto nas famílias quanto no mercado de trabalho. Se os prêmios derivam da maior produtividade/especialização, a igualdade de gênero e o aumento da participação feminina no mercado de trabalho podem ter o efeito secundário de diminuir a produtividade dos homens casados. Por outro lado, a perspectiva é mais otimista se considerarmos que os prêmios do casamento e da coabitação são conduzidos pelo capital humano compartilhado dos cônjuges. Neste caso, aumentos na escolaridade feminina e a busca por carreiras profissionais podem beneficiar tanto as mulheres quanto os homens que estas escolherem para formar uma família.The main objective of the thesis is to analyze the association between marital status and men’s earnings in Brazil. The phenomenon of the “male marriage wage premium” is well documented in the international literature and is due to the fact that married men receive higher earnings than their single counterparts. The specific objectives of the thesis are: (1) to verify if there is a marriage and a cohabitation premium for Brazilian men; (2) to examine premiums and penalties associated with the characteristics of wives/partners; and, (3) to identify potential explanations applicable for the Brazilian context. The motivations of this study are related to the incomplete gender revolution and the persistence of gender inequalities in the labor market, with women being penalized and men being rewarded for having children and spouses. It is argued that the debate on gender equality is enhanced by the inclusion of a masculine perspective in discussions about family and work. The analyses consider information on adult, urban and occupied men from the 2010 Brazilian Census. Results confirm the existence of a marriage premium and, to a lesser extent, a cohabitation premium for Brazilian men. Both premiums rise with earnings and socioeconomic level, with increasing differences between marriage and cohabitation. Decomposition of earnings differentials show that marriage and cohabitation premiums are due to the wage structure, not to the composition effects. Self-employed workers exhibit higher premiums than employees, which refutes the argument of employer discrimination as the primary explanation for the higher earnings of married and cohabitating men. Selectivity has a small effect on the marriage premium and does not explain the cohabitation premium. There is a positive association between male earnings and a working wife/partner amongst the poorest which is compatible with the idea of positive assortative mating by productivity. Among the richest, this association is negative, possibly due to the income effect. The association between wife/partner's educational attainment and male earnings is always positive, consistent with the joint human capital hypothesis. Understanding the possible mechanisms behind marriage and cohabitation premiums can help to recognize trends in productivity and gender inequalities in the labor market. If the lower cohabitation premium is due to lower household specialization, it can be expected that an increase in cohabitation rates will reduce gender inequalities, both in families and in the labor market. If the marriage premium arises from the productivity/specialization hypothesis, gender equality and increasing female labor market participation may have the secondary effect of decreasing the productivity of married men. On the other hand, the prospect is more optimistic if we consider that the marriage and cohabitation premiums are led by the joint human capital of the spouses. In this case, the pursuit of professional careers and increasing female education level can benefit both women and men.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em DemografiaUFMGBrasilFACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAShttp://creativecommons.org/licenses/by/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessMercado de trabalhoDemografiaSaláriosBrasilPrêmio salarial masculino do casamentoPrêmio da coabitaçãoMercado de trabalhoHomensO prêmio salarial masculino do casamento no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese Prêmio masculino do casamento - VERSÃO FINAL.pdfTese Prêmio masculino do casamento - VERSÃO FINAL.pdfapplication/pdf2655180https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30391/1/Tese%20Pr%c3%aamio%20masculino%20do%20casamento%20-%20VERS%c3%83O%20FINAL.pdf4850d0cb0dfa6a5529ce5bb90aa76b11MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8914https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30391/2/license_rdff9944a358a0c32770bd9bed185bb5395MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30391/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD53TEXTTese Prêmio masculino do casamento - VERSÃO FINAL.pdf.txtTese Prêmio masculino do casamento - VERSÃO FINAL.pdf.txtExtracted texttext/plain398498https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30391/4/Tese%20Pr%c3%aamio%20masculino%20do%20casamento%20-%20VERS%c3%83O%20FINAL.pdf.txtf883732b539d3d12e1df3f2fc5f5a82dMD541843/303912019-11-14 12:39:51.436oai:repositorio.ufmg.br:1843/30391TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T15:39:51Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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