Gandarela, a serra e o movimento : ação coletiva e comunicativa na antecipação aos danos da mineração

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Adriana Bravin
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/48528
Resumo: Esta tese investiga a ação coletiva que resulta no Movimento Pela Preservação da Serra do Gandarela (MPSG), e como essa ação se desdobra nos campos jurídico, político-institucional e comunicacional em defesa da água e contra a mineração, no Estado de Minas Gerais, constituindo-se em uma força social capaz de promover movimentos de fratura na lógica desenvolvimentista do discurso minerador. O MPSG oferece, no presente, uma visão de futuro que se contrapõe ao horizonte da mineração, uma experiência inovadora pautada na ação antecipada aos danos causados por esta atividade, uma atitude preventiva e de permanente vigilância sobre aquilo que ameaça o território e os valores que defende. A combinação de saberes acumulados na experiência do viver com a mineração e do sofrer suas consequências conecta sua iniciativa à emergência das lutas diante das atuais condições ambientais de risco e vulnerabilidade, especialmente ao aliar-se a dois elementos: defesa da água e contraposição à mineração. O caminho metodológico é um percurso que se oferece como chave para a compreensão da formação dessa coletividade e das ações mobilizadas que definem sua identidade coletiva no campo do conflito socioambiental com a mineração, a partir do qual emerge. Compreende-se, nessa trajetória, o “dizer de si” ou como esse sujeito coletivo narra sua luta e constrói sua capacidade de agir. A ação do MPSG pauta-se em formas de organização horizontais, na conexão entre diferentes atores sociais, na rede de saberes especializados, na solidariedade orgânica e, especialmente, no uso de diferentes estratégias de comunicação para diferentes momentos de embate e mobilização contra a implantação do Projeto Apolo, da mineradora Vale, na Serra do Gandarela. A pesquisa alcançou dois momentos da luta em defesa da Serra que levarão a diferentes movimentos de fratura: 1) A mobilização dos atores; 2) A proposição: a campanha pelo Parque Nacional da Serra do Gandarela. Eles revelam o dizer não a um modelo econômico pautado em atividades extrativistas e as formas da sociedade civil fazer-se ouvir ao cobrar limites à atividade mineradora. Aponta-se a importância da estrutura pré-existente de afiliação e a linha de continuidade entre diferentes movimentos sociais nascidos nos conflitos com a mineração, a criação de um espaço de experiência próprio desses coletivos e de uma memória das lutas, constituindo-se, assim, uma escola de ativismo ambiental em Minas Gerais.
id UFMG_1c8df8c87c43d23ba632e0991bd3bf19
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/48528
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Carlos Alberto de Carvalhohttp://lattes.cnpq.br/6429858355459201José Antônio MartinuzzoElton AntunesÂngela Cristina SalgueiroVirgínia Alves Carrarahttp://lattes.cnpq.br/5579280671001593Adriana Bravin2022-12-30T15:51:20Z2022-12-30T15:51:20Z2018-12-12http://hdl.handle.net/1843/48528Esta tese investiga a ação coletiva que resulta no Movimento Pela Preservação da Serra do Gandarela (MPSG), e como essa ação se desdobra nos campos jurídico, político-institucional e comunicacional em defesa da água e contra a mineração, no Estado de Minas Gerais, constituindo-se em uma força social capaz de promover movimentos de fratura na lógica desenvolvimentista do discurso minerador. O MPSG oferece, no presente, uma visão de futuro que se contrapõe ao horizonte da mineração, uma experiência inovadora pautada na ação antecipada aos danos causados por esta atividade, uma atitude preventiva e de permanente vigilância sobre aquilo que ameaça o território e os valores que defende. A combinação de saberes acumulados na experiência do viver com a mineração e do sofrer suas consequências conecta sua iniciativa à emergência das lutas diante das atuais condições ambientais de risco e vulnerabilidade, especialmente ao aliar-se a dois elementos: defesa da água e contraposição à mineração. O caminho metodológico é um percurso que se oferece como chave para a compreensão da formação dessa coletividade e das ações mobilizadas que definem sua identidade coletiva no campo do conflito socioambiental com a mineração, a partir do qual emerge. Compreende-se, nessa trajetória, o “dizer de si” ou como esse sujeito coletivo narra sua luta e constrói sua capacidade de agir. A ação do MPSG pauta-se em formas de organização horizontais, na conexão entre diferentes atores sociais, na rede de saberes especializados, na solidariedade orgânica e, especialmente, no uso de diferentes estratégias de comunicação para diferentes momentos de embate e mobilização contra a implantação do Projeto Apolo, da mineradora Vale, na Serra do Gandarela. A pesquisa alcançou dois momentos da luta em defesa da Serra que levarão a diferentes movimentos de fratura: 1) A mobilização dos atores; 2) A proposição: a campanha pelo Parque Nacional da Serra do Gandarela. Eles revelam o dizer não a um modelo econômico pautado em atividades extrativistas e as formas da sociedade civil fazer-se ouvir ao cobrar limites à atividade mineradora. Aponta-se a importância da estrutura pré-existente de afiliação e a linha de continuidade entre diferentes movimentos sociais nascidos nos conflitos com a mineração, a criação de um espaço de experiência próprio desses coletivos e de uma memória das lutas, constituindo-se, assim, uma escola de ativismo ambiental em Minas Gerais.This thesis aims to investigate the collective action that resulted in the Movimento Pela Preservação da Serra do Gandarela (MPSG), and how this action unfolds in the legal, political-institutional and communicational fields in defense of water and against mining in the State of Minas Gerais, composing a social force capable of impairing the mining discourse. At present, the MPSG provides a perspective of future that opposes to the mining view, an innovative experience based on preventive actions to the damages caused by such activity, a preventive action of permanent vigilance on what threatens MPSG’s territory and values. The combination of knowledge gathered throughout the experience of living with mining and suffering its consequences connects MPSG’s actions to the urgency of the struggles in face of current environmental conditions of risk and vulnerability, especially when it is combined with two elements: water defense, and the opposition to mining. The methodological path offers itself as a key to understanding the emergency of this collectiveness and the mobilized actions that define its collective identity in the field of socioenvironmental conflict against mining, MPSG’s starting point. This paper also aims to understand the "self-saying" or how this collective subject narrates its struggle and builds its ability to act. MPSG’s action is based on horizontal organizational patterns, on the interconnection between different social actors, on a networking of specialized knowledge, on organic solidarity, and especially on the use of different communication strategies for different moments of struggle and deployment against implementation of the Apollo Project mining company Vale, in Serra do Gandarela. The research encompasses two moments from the fight in defense of Serra do Gandarela, which will lead to different movements: 1) The mobilization of the actors; 2) The campaign for the Serra do Gandarela’s National Park. Such moments unravel the saying no to an economic model based on extractive activities, as well as the ways in which the civil society make themselves heard when imposing limits to the mining activity. This research also highlights the importance of the pre-existing affiliation structure and the continuity of different social movements born in the conflicts against mining, the rising of a space where the group could share its experience, and a memory of the struggles. Therefore, constituting a school of environmental activism in Minas Gerais.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Comunicação SocialUFMGBrasilFAF - DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIALComunicação - TesesMovimentos sociais - TesesGandarela, Serra do (MG) - TesesAção coletivaMovimentos sociaisComunicaçãoGandarelaMineraçãoGandarela, a serra e o movimento : ação coletiva e comunicativa na antecipação aos danos da mineraçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALADRIANABRAVIN_TESE.pdfADRIANABRAVIN_TESE.pdfapplication/pdf3228457https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/48528/1/ADRIANABRAVIN_TESE.pdf9f0aeab3df233a18dcaa127b23a0ac2eMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/48528/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/485282022-12-30 12:51:21.112oai:repositorio.ufmg.br:1843/48528TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-12-30T15:51:21Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Gandarela, a serra e o movimento : ação coletiva e comunicativa na antecipação aos danos da mineração
title Gandarela, a serra e o movimento : ação coletiva e comunicativa na antecipação aos danos da mineração
spellingShingle Gandarela, a serra e o movimento : ação coletiva e comunicativa na antecipação aos danos da mineração
Adriana Bravin
Ação coletiva
Movimentos sociais
Comunicação
Gandarela
Mineração
Comunicação - Teses
Movimentos sociais - Teses
Gandarela, Serra do (MG) - Teses
title_short Gandarela, a serra e o movimento : ação coletiva e comunicativa na antecipação aos danos da mineração
title_full Gandarela, a serra e o movimento : ação coletiva e comunicativa na antecipação aos danos da mineração
title_fullStr Gandarela, a serra e o movimento : ação coletiva e comunicativa na antecipação aos danos da mineração
title_full_unstemmed Gandarela, a serra e o movimento : ação coletiva e comunicativa na antecipação aos danos da mineração
title_sort Gandarela, a serra e o movimento : ação coletiva e comunicativa na antecipação aos danos da mineração
author Adriana Bravin
author_facet Adriana Bravin
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Carlos Alberto de Carvalho
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6429858355459201
dc.contributor.referee1.fl_str_mv José Antônio Martinuzzo
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Elton Antunes
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Ângela Cristina Salgueiro
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Virgínia Alves Carrara
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5579280671001593
dc.contributor.author.fl_str_mv Adriana Bravin
contributor_str_mv Carlos Alberto de Carvalho
José Antônio Martinuzzo
Elton Antunes
Ângela Cristina Salgueiro
Virgínia Alves Carrara
dc.subject.por.fl_str_mv Ação coletiva
Movimentos sociais
Comunicação
Gandarela
Mineração
topic Ação coletiva
Movimentos sociais
Comunicação
Gandarela
Mineração
Comunicação - Teses
Movimentos sociais - Teses
Gandarela, Serra do (MG) - Teses
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Comunicação - Teses
Movimentos sociais - Teses
Gandarela, Serra do (MG) - Teses
description Esta tese investiga a ação coletiva que resulta no Movimento Pela Preservação da Serra do Gandarela (MPSG), e como essa ação se desdobra nos campos jurídico, político-institucional e comunicacional em defesa da água e contra a mineração, no Estado de Minas Gerais, constituindo-se em uma força social capaz de promover movimentos de fratura na lógica desenvolvimentista do discurso minerador. O MPSG oferece, no presente, uma visão de futuro que se contrapõe ao horizonte da mineração, uma experiência inovadora pautada na ação antecipada aos danos causados por esta atividade, uma atitude preventiva e de permanente vigilância sobre aquilo que ameaça o território e os valores que defende. A combinação de saberes acumulados na experiência do viver com a mineração e do sofrer suas consequências conecta sua iniciativa à emergência das lutas diante das atuais condições ambientais de risco e vulnerabilidade, especialmente ao aliar-se a dois elementos: defesa da água e contraposição à mineração. O caminho metodológico é um percurso que se oferece como chave para a compreensão da formação dessa coletividade e das ações mobilizadas que definem sua identidade coletiva no campo do conflito socioambiental com a mineração, a partir do qual emerge. Compreende-se, nessa trajetória, o “dizer de si” ou como esse sujeito coletivo narra sua luta e constrói sua capacidade de agir. A ação do MPSG pauta-se em formas de organização horizontais, na conexão entre diferentes atores sociais, na rede de saberes especializados, na solidariedade orgânica e, especialmente, no uso de diferentes estratégias de comunicação para diferentes momentos de embate e mobilização contra a implantação do Projeto Apolo, da mineradora Vale, na Serra do Gandarela. A pesquisa alcançou dois momentos da luta em defesa da Serra que levarão a diferentes movimentos de fratura: 1) A mobilização dos atores; 2) A proposição: a campanha pelo Parque Nacional da Serra do Gandarela. Eles revelam o dizer não a um modelo econômico pautado em atividades extrativistas e as formas da sociedade civil fazer-se ouvir ao cobrar limites à atividade mineradora. Aponta-se a importância da estrutura pré-existente de afiliação e a linha de continuidade entre diferentes movimentos sociais nascidos nos conflitos com a mineração, a criação de um espaço de experiência próprio desses coletivos e de uma memória das lutas, constituindo-se, assim, uma escola de ativismo ambiental em Minas Gerais.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-12-12
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-12-30T15:51:20Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-12-30T15:51:20Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/48528
url http://hdl.handle.net/1843/48528
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FAF - DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/48528/1/ADRIANABRAVIN_TESE.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/48528/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 9f0aeab3df233a18dcaa127b23a0ac2e
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589453815480320