Resultados maternos e neonatais de mulheres nulíparas: a atuação do enfermeiro obstetra na maternidade do Hospital Sofia Feldman em Belo Horizonte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lyvia Marta de Souza
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9DNGUQ
Resumo: O objetivo deste estudo foi descrever os resultados da assistência do enfermeiro obstetra em mulheres nulíparas no Hospital Sofia Feldman de Belo Horizonte. Tratase de um estudo de análise descritivo e caráter quantitativo. Incluiu-se uma amostra de conveniência de 50 nulíparas com gestação igual ou maior de 37 semanas, feto único e vivo em apresentação cefálica, no período de 07 a 30 de março de 2011. Foi utilizado um instrumento de coleta de dados do prontuário e um questionário semiestruturado. As análises foram realizadas utilizando-se os programas Software SPSS e Microsoft Excel 2010. Verificou-se que a maioria das participantes foram jovens com média de 22 anos de idade, uma alta percentagem de mulheres sem união estável (26%) e escolaridade com pelo menos ensino fundamental completo. Com relação ao pré-natal, uma expressiva proporção realizou-o pelo Sistema Único de Saúde SUS (90%) e a média de consultas realizadas era de oito consultas. Nenhum tipo de intercorrência obstétrica prevaleceu (66%), enquanto 22% apresentaram infecção urinária, levando a maior causa de internação (4%). Dentre as orientações realizadas durante o pré-natal, os sinais de riscos e a procura do serviço de saúde (72%), assim como se inicia o trabalho de parto (66%) foram as mais relatadas. A média de dilatação do colo uterino foi de 3,98 cm com média de duas contrações em dez minutos. A grande maioria dos prontuários continha partograma (94%). Durante o trabalho de parto, 30% das parturientes optaram pela analgesia e 80% das que a receberam relataram que gostariam de recebe-la no próximo parto. Durante a assistência, 30% (15) apresentaram rotura espontânea das membranas, 40% (20) foram admitidas com a bolsa rota e 30% das parturientes foram submetidas à amniotomia. Das gestantes admitidas, cerca de 12% (6) não estavam em trabalho de parto e necessitaram a indução com misoprostol; durante o uso da medicação, 6% (3) apresentaram estado fetal não tranquilizador. Porém mais da metade (56%) usou ocitocina para condução em algum momento do trabalho de parto e, dessas, 14% dos recém-nascidos apresentaram sofrimento fetal. Com relação ao tipo de parto, 68% evoluíram para parto normal, 12% do fórceps de alívio, 16% fizeram cesárea em trabalho de parto, 2% cesárea por falha de indução e 2% por sofrimento fetal grave antes do parto. A verticalização do parto ocorreu em 85,4% no momento do nascimento. Sobre as condições perineais, 44% tiveram laceração de 1º grau e 32% mantiveram integridade perineal. Dentre os métodos não farmacológicos para alívio da dor, os mais utilizados foram a respiração (82%) e os banhos prolongados de chuveiro (64%). Com relação às condições de nascimento, 92% e 100% dos RN apresentaram índice de Apgar > 7 no primeiro e quinto minutos de vida, respectivamente. Este estudo permitiu perceber que, embora a atuação do enfermeiro obstetra facilite as boas práticas na assistência ao trabalho de parto e parto, ainda há muito a se trabalhar nessa questão. Uma reflexão crítica sobre sua atuação é imprescindível para implementar e manter suas práticas no dia a dia em conformidade com o modelo humanizado de assistência. É necessário minimizar ainda mais as ações intervencionistas, valorizando a participação ativa da mulher durante seu trabalho de parto e parto natural.
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