Aspectos epidemiológicos-sociais dos pacientes oncológicos assistidos por serviços especializados em Belo Horizonte (MG)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marcus Vinicius Polignano
Data de Publicação: 1989
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8QWPYF
Resumo: Com o objetivo de estabelecer o perfil epidemiológico-social dos pacientes oncológicos, foram pesquisados 1450 prontuários médicos referentes a quatro hospitais do Município de Belo Horizonte, os quais foram responsáveis por aproximadamente 90% dos atendimentos oncológicos no período de 1980-84. Os dados obtidos demonstram que a população oncológica estudada é constituída de indivíduos da classe social do subproletariado (88,2%), da faixa etária acima dos 50 anos (65,7%), de ambos os sexos, predominantemente casados (54,3%), de cor branca (62,0%) e beneficiários do sistema previdenciário estatal (92,5%). Em relação a procedência, verifica-se que 62,2% são originários da Zona Metalúrgica, residem em cidades com mais de 1.000.000 de habitantes (48,8%), distantes até 100 km de Belo Horizonte (55,5%). O tempo de demora no diagnostico demonstra que 52,8% dos pacientes esperaram até 3 meses e 28% dos casos esperam mais de 6 meses entre o aparecimento dos sinais e/ou sintomas e a confirmação diagnóstica, estando esta variável estatisticamente relacionada ao vinculo previdenciário, faixa etária e classe social do paciente. Quanto ao "follow-up", constata-se um índice de perda de seguimento no acompanhamento do paciente de 63%, estando o abandono do tratamento estatisticamente relacionado a faixa etária e a distância do município de procedência em relação a Belo Horizonte. Conclui-se que é a fração de classe menos previlegiada na estrutura social que compõe a maior parcela da população oncológica, recaindo principalmente sobre esse grupo as consequências sociais da doença. Os serviços oncológicos prestam uma assistência puramente curativa, fragmentar, concentrada nos grandes centros urbanos, com uma políticade "follow-up" ineficiente, estruturada mais em função da doença que do doente.
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