Violência e poder em Hannah Arendt
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9NSL8H |
Resumo: | Investigamos os conceitos de poder e violência em Hannah Arendt. Esse estudo permite-nos uma compreensão das experiências da modernidade e do nosso tempo presente, marcadas pela violência política, resultante muitas vezes, de um quadro de desvalorização da ação, advinda de uma matriz filosófica platônica que equacionouna antigüidade clássica mando e obediência. No primeiro capítulo, investigamos no livro Origens do totalitarismo a violência que aparece na política, especialmente no anti-semitismo, no imperialismo e no totalitarismo. A decadência da ação e o vácuo de poder ensejam o surgimento de um movimento nunca antes visto na política.Através da ideologia e do terror o totalitarismo procura o domínio total dos homens num sistema em que os estes se tornem supérfluos. É nesse sentido que iremos investigar a identificação entre poder e violência que pode ser estruturada e conservada num mundo composto por homens sem traços de espontaneidade. No capítulo II, discutimos a teoria da ação do livro A condição humana. A distinção conceituai entre violência e poder emerge mais rigorosa e mais explícita. É umaresposta à superfluidade da ação identificada na modernidade, especialmente com os regimes totalitários. No capítulo III, estudamos a violência e o poder aparecidos indissociados na modernidade, a partir do ensaio Sobre a violência. Arendt critica a ciência moderna e a noção de progresso ilimitado da humanidade, o marxismo que afirma a necessidade da violência na política e a tradição filosófica. A violência édesqualificada de sua centralidade política até mesmo na sua teoria da revolução presente no livro Sobre a revolução. Nele, Arendt desvincula violência e poder, mostrando que o fundamento da política é a constituição da liberdade. Aprofundamos a desvinculação entre poder, violência e a revolução que é um fenômeno típico da modernidade. Em todos os capítulos, nosso estudo nos conduz à conceituação do poder e da violência. |
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Helton Machado AdverseNewton Bignotto de SouzaNádia SoukiDanilo Arnaldo Briskievicz2019-08-11T08:43:41Z2019-08-11T08:43:41Z2009-03-13http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9NSL8HInvestigamos os conceitos de poder e violência em Hannah Arendt. Esse estudo permite-nos uma compreensão das experiências da modernidade e do nosso tempo presente, marcadas pela violência política, resultante muitas vezes, de um quadro de desvalorização da ação, advinda de uma matriz filosófica platônica que equacionouna antigüidade clássica mando e obediência. No primeiro capítulo, investigamos no livro Origens do totalitarismo a violência que aparece na política, especialmente no anti-semitismo, no imperialismo e no totalitarismo. A decadência da ação e o vácuo de poder ensejam o surgimento de um movimento nunca antes visto na política.Através da ideologia e do terror o totalitarismo procura o domínio total dos homens num sistema em que os estes se tornem supérfluos. 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Aprofundamos a desvinculação entre poder, violência e a revolução que é um fenômeno típico da modernidade. Em todos os capítulos, nosso estudo nos conduz à conceituação do poder e da violência.We investigated the concepts of power and violence in Hannah Arendt. This study gives us an understanding of modernity experiences and our present time, marked by political violence, often resulting in a devaluation of the action results of a Platonic philosophical matrix that equated in ancient classical command and obedience. In the first chapter, we investigated in the book Origins of Totalitarianism violence thatappears in politics, especially Anti-Semitism, Imperialism and Totalitarianism. The decay of the action and the vacuum of power give opportunity to the emergence of a movement never before seen in politics. Through the ideology and terror the totalitarianism does not seek the despotic domain of men in a system in which men become superfluous. That is why we will investigate the link between power andviolence that can be structured and stored in a world composed of men with no trace of spontaneity. In Chapter II, we discuss the theory of action of the book The Human Condition. The conceptual distinction between violence and power emerges tighter and more explicit. It is a response to the superfluity of action identified in modernity, especially with the totalitarian regimes. In Chapter III we studied violence and powercoupled appeared in modernity, from the On Violence. Arendt criticizes the modern science and the notion of unlimited progress of humanity, the Marxism that affirms the necessity of violence in political and philosophical tradition. Violence is disqualified from its central policy even in his theory of revolution present in the book On Revolution. In it, Arendt relieves violence and power, showing that the foundation of policy is the constitution of liberty. We further the decoupling between power,violence and revolution is a typical phenomenon of modernity. In all chapters, our study leads us to the concept of power and violence.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGArendt, Hannah, 1906-1975Poder (Filosofia)FilosofiaViolênciaModernidadeAçãoRevoluçãoPoderViolênciaModernidadeViolência e poder em Hannah Arendtinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdissertacao_daniloarnaldobriskievicz.pdfapplication/pdf14865655https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9NSL8H/1/dissertacao_daniloarnaldobriskievicz.pdfb2bc03699e1e29fa4dedbce1d9429e87MD51TEXTdissertacao_daniloarnaldobriskievicz.pdf.txtdissertacao_daniloarnaldobriskievicz.pdf.txtExtracted texttext/plain400050https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9NSL8H/2/dissertacao_daniloarnaldobriskievicz.pdf.txtdd963f36435faef7c18fa1f03f8ca684MD521843/BUOS-9NSL8H2019-11-14 04:44:28.979oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9NSL8HRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T07:44:28Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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