Os verbos de movimento no português brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leticia Lucinda Meirelles
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/MGSS-A7FNB8
Resumo: Nesta dissertação, tomamos como objeto de estudo os verbos de movimento do português brasileiro. Esses são verbos como correr, balançar, lançar, sair, hastear, entre outros, que descrevem situações em que uma entidade realiza, voluntária ou involuntariamente, algum tipo de movimento (TALMY, 1985, 2000), podendo ou não haver a presença de uma trajetória. O nosso objetivo é descrever as propriedades semânticas e sintáticas desses verbos com o intuito de os agruparmos em classes verbais e fornecer sua estrutura semântica através da linguagem de decomposição em predicados primitivos. Partimos do pressuposto, que norteia os trabalhos na linha da Interface Sintaxe-Semântica Lexical, de que verbos que se comportam sintaticamente da mesma maneira devem apresentar propriedades semânticas em comum (LEVIN, 1993; PINKER, 1989; LEVIN; RAPPAPORT HOVAV, 2005; CANÇADO; GODOY; AMARAL, 2013a). Baseamos nosso trabalho nas propostas de Levin e Rappaport Hovav (1992), de Levin (1993) e de Jackendoff (1990), os quais apontam para o fato de os verbos de movimento do inglês não constituírem uma classe única. A partir daí, checamos se o mesmo é válido para o português brasileiro. Como resultado, obtivemos que os verbos de movimento de nossa língua dividem-se em cinco classes distintas. Concluímos, portanto, que a propriedade semântica movimento não é relevante para a divisão dos verbos do português brasileiro em classes que determinem o seu comportamento sintático e que a representação semântica dessa propriedade não é feita, na maioria das vezes, através de primitivos específicos de movimento, uma vez que o movimento faz parte do sentido idiossincrático de alguns verbos ou é derivado da estruturação da representação lexical dos verbos.
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