Uso de uma quimera multiepitópica (rMEPLox) na produção de anticorpos monoclonais contra venenos de aranhas do gênero Loxosceles spp.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tamara Gabriela Fernandes Costa
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/50421
Resumo: O Loxoscelismo é um sério problema de saúde pública na América do Sul. No Brasil três espécies são responsáveis pelos maiores números de casos notificados: Loxoceles intermedia, Loxosceles laeta e Loxoscele gaucho. O tratamento para esses acidentes se baseia na administração de antivenenos produzidos em animais de grande porte através da imunização com o veneno bruto de Loxosceles. Entretanto, existem alguns problemas relacionados à produção de antivenenos como o alto número de animais utilizados e a toxicidade que o veneno causa aos animais produtores. Neste contexto, uma alternativa para melhorar a produção dos antivenenos é o desenvolvimento de anticorpos monoclonais que sejam capazes de neutralizar os efeitos tóxicos dos componentes dos venenos dessas aranhas. Nesse trabalho, uma proteína quimérica multiepitópica (rMEPLox), previamente produzida por nosso grupo, composta por epítopos derivados das principais famílias de toxinas do veneno de Loxosceles (fosfolipase, metaloprotease e hialuronidase), foi utilizada como antígeno para produzir anticorpos monoclonais (mAbs). O anticorpo monoclonal anti-rMEPLox selecionado (Lox-mAb3) reconhece metaloproteases do veneno de L. intermedia, as quais possuem cerca de 20 kDa, e apresentam reatividade cruzada com metaloproteases dos venenos de outras espécies de Loxosceles, L. laeta brasileira e peruana e L. gaucho através de imunoensaios. A sequêcia reconhecida por Lox-mAb3 (184ENNTRTIGPFDYDSIMLYGAY205) corresponde à região Cterminal da metaloprotease do tipo Astacina 1 e a sequência de aminoácidos IGPFDYDSI, conservada entre as sequências homologas de metaloproteases, é importante no reconhecimento do anticorpo. Lox-mAb3 neutraliza, in vitro, a atividade fibrinogenolítica das metaloproteases do veneno de L. intermedia, o que poderia reduzir os distúrbios hemorrágicos causados pelo envenenamento por Loxosceles. Outros mAbs foram produzidos utilizando rMEPLox como antígeno, porém suas capacidades de reconhecimento se limitam apenas a proteína multiepitópica, não reconhecendo o veneno de Loxosceles. Nossos resultados demonstram, pela primeira vez, o uso de uma proteína multiepitópica não tóxica na produção de anticorpos monoclonais neutralizantes contra metaloproteases de veneno loxoscélico de importância médica, podendo contribuir no melhoramento da produção de antivenenos terapêuticos contra o loxoscelismo.
id UFMG_211878670d19c1bb9a9958ea9a930cef
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/50421
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Carlos Delfin Chavez Olorteguihttp://lattes.cnpq.br/9104198360189577Marcella Nunes de Melo BragaFlávio de Almeida AmaralJuliana de MouraMarcelo de Oliveira Santoshttp://lattes.cnpq.br/3765241231118312Tamara Gabriela Fernandes Costa2023-02-27T13:52:13Z2023-02-27T13:52:13Z2022-03-23http://hdl.handle.net/1843/50421O Loxoscelismo é um sério problema de saúde pública na América do Sul. No Brasil três espécies são responsáveis pelos maiores números de casos notificados: Loxoceles intermedia, Loxosceles laeta e Loxoscele gaucho. O tratamento para esses acidentes se baseia na administração de antivenenos produzidos em animais de grande porte através da imunização com o veneno bruto de Loxosceles. Entretanto, existem alguns problemas relacionados à produção de antivenenos como o alto número de animais utilizados e a toxicidade que o veneno causa aos animais produtores. Neste contexto, uma alternativa para melhorar a produção dos antivenenos é o desenvolvimento de anticorpos monoclonais que sejam capazes de neutralizar os efeitos tóxicos dos componentes dos venenos dessas aranhas. Nesse trabalho, uma proteína quimérica multiepitópica (rMEPLox), previamente produzida por nosso grupo, composta por epítopos derivados das principais famílias de toxinas do veneno de Loxosceles (fosfolipase, metaloprotease e hialuronidase), foi utilizada como antígeno para produzir anticorpos monoclonais (mAbs). O anticorpo monoclonal anti-rMEPLox selecionado (Lox-mAb3) reconhece metaloproteases do veneno de L. intermedia, as quais possuem cerca de 20 kDa, e apresentam reatividade cruzada com metaloproteases dos venenos de outras espécies de Loxosceles, L. laeta brasileira e peruana e L. gaucho através de imunoensaios. A sequêcia reconhecida por Lox-mAb3 (184ENNTRTIGPFDYDSIMLYGAY205) corresponde à região Cterminal da metaloprotease do tipo Astacina 1 e a sequência de aminoácidos IGPFDYDSI, conservada entre as sequências homologas de metaloproteases, é importante no reconhecimento do anticorpo. Lox-mAb3 neutraliza, in vitro, a atividade fibrinogenolítica das metaloproteases do veneno de L. intermedia, o que poderia reduzir os distúrbios hemorrágicos causados pelo envenenamento por Loxosceles. Outros mAbs foram produzidos utilizando rMEPLox como antígeno, porém suas capacidades de reconhecimento se limitam apenas a proteína multiepitópica, não reconhecendo o veneno de Loxosceles. Nossos resultados demonstram, pela primeira vez, o uso de uma proteína multiepitópica não tóxica na produção de anticorpos monoclonais neutralizantes contra metaloproteases de veneno loxoscélico de importância médica, podendo contribuir no melhoramento da produção de antivenenos terapêuticos contra o loxoscelismo.Loxoscelism is a serious health issue in the South America. In Brazil three species are involved in the highest notified cases: Loxoceles intermedia, Loxosceles laeta and Loxosceles gaucho. The treatment for these accidents is based on the administration of antivenom produced in animals immunized with Loxosceles crude venom. However, there are some issues related to antivenom production, such as the high number of animals used and the toxicity that the crude venom can cause to producer animals. An aternative approach to improve antivenom production is monoclonal antibodies development (mAbs) against spider venoms components, able to neutralize its toxic effects. In this work, a previously produced non-toxic multiepitopic chimeric protein (rMEPLox), composed of epitopes derived from the main toxin families (sphyngomielinase-D, metalloproteases, and hyaluronidases) of Loxosceles spider venoms, was used as antigen to produce monoclonal antibodies. A selected anti-rMEPLox mAb (Lox-mAb3) reacted with 20 kDa metalloprotease from L. intermedia venom and showed cross-reactivity with metalloproteases from Brazilian and Peruvian Loxosceles laeta and Loxosceles gaucho venoms in immunoassays. The sequence recognized by Lox-mAb3 (184ENNTRTIGPFDYDSIMLYGAY205) corresponds to the C-terminal region of Astacin-like metalloprotease 1 and the amino acid sequence IGPFDYDSI, conserved among the homologs metalloproteases sequences, is important for antibody recognition. Lox-mAb3 neutralizes the fibrinogenolytic activity caused by metalloprotease from L. intermedia spider venom in vitro, which may lead to a decrease in hemorrhagic disturbances caused by Loxosceles envenomation. Other mAbs were produced using rMEPLox as antigen, however, although they recognize rMEPLox they did not recognize Loxosceles venom. Our results show, for the first time, the use of a non-toxic multiepitopic protein for the production of neutralizing monoclonal antibody against a metalloprotease of the medically important Loxosceles venoms. These results contribute for the improvement of therapeutic antivenom production against loxoscelism.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoFAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Bioquímica e ImunologiaUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E IMUNOLOGIAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessBioquímica e imunologiaVenenos de AranhaLoxoscelesMetaloproteaseAnticorpos monoclonaisProteínas recombinantesVeneno da aranha LoxoscelesMetaloproteaseAnticorpo monoclonalProteína recombinante multiepitópicaUso de uma quimera multiepitópica (rMEPLox) na produção de anticorpos monoclonais contra venenos de aranhas do gênero Loxosceles spp.Use of a multiepitopic recombinant protein (rMEPlox) for monoclonal antibodies production against Loxosceles spp spider venomsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese Tamara G. F. Costa versao final.pdfTese Tamara G. F. Costa versao final.pdfapplication/pdf5966760https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/50421/1/Tese%20Tamara%20G.%20F.%20Costa%20versao%20final.pdf62247fa35446f34637feea9895123b7dMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/50421/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/50421/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/504212023-02-27 10:52:13.843oai:repositorio.ufmg.br:1843/50421TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-02-27T13:52:13Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Uso de uma quimera multiepitópica (rMEPLox) na produção de anticorpos monoclonais contra venenos de aranhas do gênero Loxosceles spp.
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Use of a multiepitopic recombinant protein (rMEPlox) for monoclonal antibodies production against Loxosceles spp spider venoms
title Uso de uma quimera multiepitópica (rMEPLox) na produção de anticorpos monoclonais contra venenos de aranhas do gênero Loxosceles spp.
spellingShingle Uso de uma quimera multiepitópica (rMEPLox) na produção de anticorpos monoclonais contra venenos de aranhas do gênero Loxosceles spp.
Tamara Gabriela Fernandes Costa
Veneno da aranha Loxosceles
Metaloprotease
Anticorpo monoclonal
Proteína recombinante multiepitópica
Bioquímica e imunologia
Venenos de Aranha
Loxosceles
Metaloprotease
Anticorpos monoclonais
Proteínas recombinantes
title_short Uso de uma quimera multiepitópica (rMEPLox) na produção de anticorpos monoclonais contra venenos de aranhas do gênero Loxosceles spp.
title_full Uso de uma quimera multiepitópica (rMEPLox) na produção de anticorpos monoclonais contra venenos de aranhas do gênero Loxosceles spp.
title_fullStr Uso de uma quimera multiepitópica (rMEPLox) na produção de anticorpos monoclonais contra venenos de aranhas do gênero Loxosceles spp.
title_full_unstemmed Uso de uma quimera multiepitópica (rMEPLox) na produção de anticorpos monoclonais contra venenos de aranhas do gênero Loxosceles spp.
title_sort Uso de uma quimera multiepitópica (rMEPLox) na produção de anticorpos monoclonais contra venenos de aranhas do gênero Loxosceles spp.
author Tamara Gabriela Fernandes Costa
author_facet Tamara Gabriela Fernandes Costa
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Carlos Delfin Chavez Olortegui
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9104198360189577
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Marcella Nunes de Melo Braga
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Flávio de Almeida Amaral
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Juliana de Moura
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Marcelo de Oliveira Santos
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3765241231118312
dc.contributor.author.fl_str_mv Tamara Gabriela Fernandes Costa
contributor_str_mv Carlos Delfin Chavez Olortegui
Marcella Nunes de Melo Braga
Flávio de Almeida Amaral
Juliana de Moura
Marcelo de Oliveira Santos
dc.subject.por.fl_str_mv Veneno da aranha Loxosceles
Metaloprotease
Anticorpo monoclonal
Proteína recombinante multiepitópica
topic Veneno da aranha Loxosceles
Metaloprotease
Anticorpo monoclonal
Proteína recombinante multiepitópica
Bioquímica e imunologia
Venenos de Aranha
Loxosceles
Metaloprotease
Anticorpos monoclonais
Proteínas recombinantes
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Bioquímica e imunologia
Venenos de Aranha
Loxosceles
Metaloprotease
Anticorpos monoclonais
Proteínas recombinantes
description O Loxoscelismo é um sério problema de saúde pública na América do Sul. No Brasil três espécies são responsáveis pelos maiores números de casos notificados: Loxoceles intermedia, Loxosceles laeta e Loxoscele gaucho. O tratamento para esses acidentes se baseia na administração de antivenenos produzidos em animais de grande porte através da imunização com o veneno bruto de Loxosceles. Entretanto, existem alguns problemas relacionados à produção de antivenenos como o alto número de animais utilizados e a toxicidade que o veneno causa aos animais produtores. Neste contexto, uma alternativa para melhorar a produção dos antivenenos é o desenvolvimento de anticorpos monoclonais que sejam capazes de neutralizar os efeitos tóxicos dos componentes dos venenos dessas aranhas. Nesse trabalho, uma proteína quimérica multiepitópica (rMEPLox), previamente produzida por nosso grupo, composta por epítopos derivados das principais famílias de toxinas do veneno de Loxosceles (fosfolipase, metaloprotease e hialuronidase), foi utilizada como antígeno para produzir anticorpos monoclonais (mAbs). O anticorpo monoclonal anti-rMEPLox selecionado (Lox-mAb3) reconhece metaloproteases do veneno de L. intermedia, as quais possuem cerca de 20 kDa, e apresentam reatividade cruzada com metaloproteases dos venenos de outras espécies de Loxosceles, L. laeta brasileira e peruana e L. gaucho através de imunoensaios. A sequêcia reconhecida por Lox-mAb3 (184ENNTRTIGPFDYDSIMLYGAY205) corresponde à região Cterminal da metaloprotease do tipo Astacina 1 e a sequência de aminoácidos IGPFDYDSI, conservada entre as sequências homologas de metaloproteases, é importante no reconhecimento do anticorpo. Lox-mAb3 neutraliza, in vitro, a atividade fibrinogenolítica das metaloproteases do veneno de L. intermedia, o que poderia reduzir os distúrbios hemorrágicos causados pelo envenenamento por Loxosceles. Outros mAbs foram produzidos utilizando rMEPLox como antígeno, porém suas capacidades de reconhecimento se limitam apenas a proteína multiepitópica, não reconhecendo o veneno de Loxosceles. Nossos resultados demonstram, pela primeira vez, o uso de uma proteína multiepitópica não tóxica na produção de anticorpos monoclonais neutralizantes contra metaloproteases de veneno loxoscélico de importância médica, podendo contribuir no melhoramento da produção de antivenenos terapêuticos contra o loxoscelismo.
publishDate 2022
dc.date.issued.fl_str_mv 2022-03-23
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-02-27T13:52:13Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-02-27T13:52:13Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/50421
url http://hdl.handle.net/1843/50421
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Imunologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICB - DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E IMUNOLOGIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/50421/1/Tese%20Tamara%20G.%20F.%20Costa%20versao%20final.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/50421/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/50421/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 62247fa35446f34637feea9895123b7d
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589274356940800