Mulheres no comitê de auditoria e a evidenciação ambiental, social e de governança (ESG) em bancos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Juliana Costa Ribeiro Prates
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Leandro Lima Resende, Jacqueline Veneroso Alves da Cunha
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/53900
https://orcid.org/0000-0003-1289-3937
https://orcid.org/0000-0003-2522-3035
Resumo: Introdução A literatura sugere que a diversidade da estrutura de governança das instituições pode influenciar positivamente o nível de evidenciação ESG. Contudo, no Brasil, há evidências empíricas divergentes nessa temática. Sob a ótica da Teoria da Legitimidade, este artigo contribui para o preenchimento dessa lacuna na literatura, uma vez que se propõe a estudar variáveis pouco exploradas do setor bancário brasileiro como o comitê de auditoria e a representação feminina por meio de duas proxies: percentual de mulheres no comitê e a interação com o mandato médio dos membros. Problema de Pesquisa e Objetivo O artigo visa analisar a relação entre a representatividade feminina no Comitê de Auditoria e seus efeitos no disclosure ambiental, social e de governança (ESG) de bancos listados na B3. Fundamentação Teórica A literatura evidencia que a representatividade feminina na estrutura de governança corporativa contribui para maior engajamento e divulgação de aspectos ESG. Há poucas evidências que consideram a representatividade feminina no Comitê de auditoria, que são relevantes para o fortalecimento das instituições, principalmente em instituições bancárias, cuja tomada de risco em excesso pode implicar em externalidades negativas de forma ampla. Sob a ótica da teoria da legitimidade um CA diversificado e engajado tende a fornecer supervisão eficiente para impactar o desempenho ESG dos bancos. Metodologia Por meio de regressão com dados em painel Logit, em uma amostra de 21 bancos listados na B3 para o período de 2011-2020, foram testadas e analisadas a relação da divulgação ESG com duas proxies para diversidade na estrutura de governança: percentual de mulheres no comitê e a interação desse percentual com o mandato médio dos membros no Comitê de Auditoria. Análise dos Resultados Foi constatado que ambas as variáveis de interesse foram significativas a um nível de significância de 5%. Os resultados revelaram que tanto o percentual de mulheres no Comitê de Auditoria como o tempo de mandato, isoladamente, podem reduzir a probabilidade de divulgação de cunho ESG dos bancos analisados. Porém, a interação entre as duas variáveis apresentou impactos positivos na probabilidade de divulgação ESG. Conclusão Características do Comitê de Auditoria podem ser isoladamente fracas, mas de forma conjunta, tendem a exercer influência relevante para aumentar a probabilidade de ocorrência das divulgações ESG. Os resultados encontrados na interação das variáveis revelam que o sinal da relação é alterado e a probabilidade de divulgação ESG aumenta. Nesse sentido, a representatividade feminina é aspecto determinante na probabilidade de ocorrência daquelas divulgações, e se associados a um maior tempo de mandato, podem contribuir para a ocorrência das divulgações ESG nessas instituições.Problema de Pesquisa e Objetivo: O artigo visa analisar a relação entre a representatividade feminina no Comitê de Auditoria e seus efeitos no disclosure ambiental, social e de governança (ESG) de bancos listados na B3.
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