Reparo cirúrgico de laceração perineal de quarto grau no pós parto imediato: relato de caso
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Data de Publicação: | 2018 |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/52731 https://orcid.org/0000-0002-5970-9570 |
Resumo: | Introdução: Lacerações perineais são comuns após o parto vaginal, sendo que nuliparidade, idade materna avançada, período expulsivo prolongado, parto vaginal instrumentalizado, episiotomia mediana e macrossomia fetal são fatores de risco para que tais lesões ocorram. De acordo com a classificação proposta por Sultan em 1999, as lacerações de quarto grau consistem em lesão das estruturas perineais, esfíncter anal interno, esfíncter anal externo e mucosa retal. O presente trabalho relata a abordagem conjunta multidisciplinar do coloproctologista e do ginecologista no reparo delaceração perineal de quarto grau em uma paciente no pós parto imediato. Descrição do caso: Sexo feminino, 16 anos, hígida, nulípara, submetida a parto vaginal instrumentalizado por sofrimentofetal agudo, sem episiotomia, com laceração perineal de quarto grau. Submetida no pós-parto imediato a síntese primária da laceração, apresentou quadro diarreico no pósoperatório cursando com deiscência perineal profunda até fossa isquioanal, com contaminac¸ão fecal e deiscência super ficial em septo retovaginal, sem evidencias de fístula. Optado por tratamento clínico com antibioticoterapia e cuidados locais. Houve progressão da deiscência nos dias subsequentes sendo reencaminhada para abordagem cirúrgica no 6◦ DPO com confecção de sigmoidostomia terminal. Completada antibioticoterapia, submetida a abordagem eletiva no 30◦DPO para correcçã do defeito perineal com confecção de retalho fasciocutâneo de glúteo direito e esfincteroplastiaanal externa com overlapping. Paciente evoluiu bem no pós-operatório, com ferida perineal íntegra. Em seguimento ambulatorial apresentou-se sem evidencias de deiscências ou fístula retovaginal, sendo submetida a reconstrucão do trânsito intestinal e evoluiu sem incontinênciafecal. Discussão: O objetivo da síntese da lacerção é a preservação da continência fecal, com a restauração do esfíncter anal externo e interno e reconstrucção do corpo perineal.As laceracções de terceiro e quarto grau estão associadas a altas taxas de deiscências e infecções tendo como consequência maiores reabordagens cirúrgicas e disfunções do assoalhopélvico. A abordagem cirúrgica imediata por um cirurgião coloproctologista pode ser realizada e deve ser aventada anecessidade de desvio de trânsito na mesma ocasião. Conclusão: Lesão obstétrica do complexo esfincteriano é o principal fator de risco para incontinência fecal, sendo assimé importante sua identificação e correção precoce. |
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Submetida no pós-parto imediato a síntese primária da laceração, apresentou quadro diarreico no pósoperatório cursando com deiscência perineal profunda até fossa isquioanal, com contaminac¸ão fecal e deiscência super ficial em septo retovaginal, sem evidencias de fístula. Optado por tratamento clínico com antibioticoterapia e cuidados locais. Houve progressão da deiscência nos dias subsequentes sendo reencaminhada para abordagem cirúrgica no 6◦ DPO com confecção de sigmoidostomia terminal. Completada antibioticoterapia, submetida a abordagem eletiva no 30◦DPO para correcçã do defeito perineal com confecção de retalho fasciocutâneo de glúteo direito e esfincteroplastiaanal externa com overlapping. Paciente evoluiu bem no pós-operatório, com ferida perineal íntegra. Em seguimento ambulatorial apresentou-se sem evidencias de deiscências ou fístula retovaginal, sendo submetida a reconstrucão do trânsito intestinal e evoluiu sem incontinênciafecal. Discussão: O objetivo da síntese da lacerção é a preservação da continência fecal, com a restauração do esfíncter anal externo e interno e reconstrucção do corpo perineal.As laceracções de terceiro e quarto grau estão associadas a altas taxas de deiscências e infecções tendo como consequência maiores reabordagens cirúrgicas e disfunções do assoalhopélvico. A abordagem cirúrgica imediata por um cirurgião coloproctologista pode ser realizada e deve ser aventada anecessidade de desvio de trânsito na mesma ocasião. Conclusão: Lesão obstétrica do complexo esfincteriano é o principal fator de risco para incontinência fecal, sendo assimé importante sua identificação e correção precoce.porUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGBrasilMED - DEPARTAMENTO DE CIRURGIAJournal of ColoproctologyIncontinência fecalCanal AnalPartoDistúrbios do Assoalho PélvicoEpisiotomiaIncontinência fecalCanal AnalPartoDistúrbios do Assoalho PélvicoEpisiotomiaReparo cirúrgico de laceração perineal de quarto grau no pós parto imediato: relato de casoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2237936318301576?via%3DihubGabriela MacielcordeiroLívia Cardoso ReisRenato Gomes CampanatiKelly Cristine de Lacerda Rodrigues BuzattiMagda Maria Profeta da LuzBeatriz Deoti e Silva RodriguesRodrigo Gomes da Silvaapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSELicense.txtLicense.txttext/plain; charset=utf-82042https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/52731/1/License.txtfa505098d172de0bc8864fc1287ffe22MD51ORIGINALReparação cirurgico de laceração perianal de quarto grau no pós parto imediato relato de caso pdfa.pdfReparação cirurgico de laceração perianal de quarto grau no pós parto imediato relato de caso pdfa.pdfapplication/pdf75764https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/52731/2/Repara%c3%a7%c3%a3o%20cirurgico%20de%20lacera%c3%a7%c3%a3o%20perianal%20de%20quarto%20grau%20no%20p%c3%b3s%20parto%20imediato%20relato%20de%20caso%20pdfa.pdff846c2020d44605a75f36eb7ae5494e9MD521843/527312023-05-02 20:21:30.365oai:repositorio.ufmg.br:1843/52731TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBIERPIFJFUE9TSVTvv71SSU8gSU5TVElUVUNJT05BTCBEQSBVRk1HCiAKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50Ye+/ve+/vW8gZGVzdGEgbGljZW7vv71hLCB2b2Pvv70gKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIGFvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8gZXhjbHVzaXZvIGUgaXJyZXZvZ++/vXZlbCBkZSByZXByb2R1emlyIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0cu+/vW5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mg77+9dWRpbyBvdSB277+9ZGVvLgoKVm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2zvv710aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2Pvv70gY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250Ze+/vWRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byBwYXJhIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLgoKVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPvv71waWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFu77+9YSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZh77+977+9by4KClZvY++/vSBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byDvv70gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9j77+9IHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vu77+9YS4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVw77+9c2l0byBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gbu+/vW8sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd177+9bS4KCkNhc28gYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY++/vSBu77+9byBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc++/vW8gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNh77+977+9bywgZSBu77+9byBmYXLvv70gcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJh77+977+9bywgYWzvv71tIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7vv71hLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-05-02T23:21:30Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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