Desempenho muscular isocinético do complexo do ombro de indivíduos com hemiparesia crônica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lucas Rodrigues Nascimento
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/LFTS-8E6H6Y
Resumo: Introdução: Fraqueza muscular é descrita como uma das principais deficiências após o Acidente Vascular Encefálico e apresenta correlações importantes com disfunções motoras relacionadas aos membros superiores. Ainda são escassas informações sobre a magnitude da fraqueza muscular em condições dinâmicas e sobre os déficits residuais específicos do membro superior parético em relação à musculatura gleno-umeral e escapular. Objetivo: O presente estudo comparou o desempenho muscular isocinético do complexo do ombro entre indivíduos com e sem histórico de AVE, bem como o padrão de distribuição do déficit residual durante movimentos gleno-umerais e escapulares para melhor compreender os determinantes das disfunções motoras e funcionais do membro superior parético. Método: Doze indivíduos com hemiparesia crônica e 12 indivíduos saudáveis foram recrutados. Medidas concêntricas de pico de torque e trabalho durante os movimentos de rotação medial/lateral de ombro, flexão/extensão de ombro e protração/retração escapulares foram aleatoriamente obtidas por meio do Dinamômetro Isocinético Biodex na velocidade angular de 60º/s. Para o grupo de indivíduos com hemiparesia, foi também calculado o déficit residual relacionado ao trabalho isocinético nos movimentos de protração escapular, rotação lateral e flexão de ombro. ANOVA de medidas repetidas foi utilizada para investigar efeitos principais e de interação entre grupos e lados e para comparar os valores de déficit residual entre os três movimentos avaliados. Resultados: ANOVA revelou que indivíduos com hemiparesia demonstraram redução significativa na capacidade de gerar e manter força no ombro parético, inclusive durante movimentos predominantemente escapulares, mas não apresentaram redução significativa no ombro contralateral. O padrão de distribuição do déficit residual foi similar em todos os movimentos avaliados. Conclusões: Os achados do estudo sugeriram que a fraqueza escapular pode contribuir significativamente para um pior desempenho do complexo do ombro e que indivíduos com hemiparesia podem possivelmente se beneficiar de exercícios de fortalecimento direcionados à musculatura escapular, em adição à musculatura gleno-umeral. Fisioterapeutas, de modo geral, devem focar atenção do atendimento no membro superior parético dessa população.
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Objetivo: O presente estudo comparou o desempenho muscular isocinético do complexo do ombro entre indivíduos com e sem histórico de AVE, bem como o padrão de distribuição do déficit residual durante movimentos gleno-umerais e escapulares para melhor compreender os determinantes das disfunções motoras e funcionais do membro superior parético. Método: Doze indivíduos com hemiparesia crônica e 12 indivíduos saudáveis foram recrutados. Medidas concêntricas de pico de torque e trabalho durante os movimentos de rotação medial/lateral de ombro, flexão/extensão de ombro e protração/retração escapulares foram aleatoriamente obtidas por meio do Dinamômetro Isocinético Biodex na velocidade angular de 60º/s. Para o grupo de indivíduos com hemiparesia, foi também calculado o déficit residual relacionado ao trabalho isocinético nos movimentos de protração escapular, rotação lateral e flexão de ombro. ANOVA de medidas repetidas foi utilizada para investigar efeitos principais e de interação entre grupos e lados e para comparar os valores de déficit residual entre os três movimentos avaliados. Resultados: ANOVA revelou que indivíduos com hemiparesia demonstraram redução significativa na capacidade de gerar e manter força no ombro parético, inclusive durante movimentos predominantemente escapulares, mas não apresentaram redução significativa no ombro contralateral. O padrão de distribuição do déficit residual foi similar em todos os movimentos avaliados. Conclusões: Os achados do estudo sugeriram que a fraqueza escapular pode contribuir significativamente para um pior desempenho do complexo do ombro e que indivíduos com hemiparesia podem possivelmente se beneficiar de exercícios de fortalecimento direcionados à musculatura escapular, em adição à musculatura gleno-umeral. Fisioterapeutas, de modo geral, devem focar atenção do atendimento no membro superior parético dessa população.Introduction: Muscular weakness is the most common impairment following stroke and has been shown to be significantly related to upper limb function. Information is still scarce regarding the magnitude of the weaknesses during dynamic conditions and the specific residual deficits of the paretic upper limb regarding the glenohumeral and the scapulothoracic muscles. Purpose: The present study compared the isokinetic muscular performance of the shoulder complex between individuals with and without stroke, as well as the patterns of distribution of the residual deficits during shoulder and scapular movements to better understand the determinants of the motor and functional upper limb impairments. Method: Twelve chronic stroke survivors and 12 healthy control subjects were recruited. Concentric measures of peak torque and work during the movements of shoulder external/internal rotations, shoulder flexion/extension, and scapular protraction/retraction, were randomly obtained by the Biodex isokinetic dynamometer at the angular velocity of 60º/s. For the individuals with stroke, the residual deficits related to the isokinetic work for the movements of scapular protraction, shoulder external rotationa, and shoulder flexion were also calculated. Repeated-measure ANOVAs were employed to investigate the main and interaction effects between the groups and sides and to compare the values of the residual deficits between the three evaluated movements. Results: The ANOVAS revealed that individuals with stroke demonstrated significant decreases in strength of the paretic shoulder, including during predominantly scapular movements, but no statistically significant decreases were observed for the non-paretic shoulder. The patterns of distributions of the residual deficits were similar for all assessed movements. Conclusions: The findings suggested that scapular weaknesses might significantly contribute to reduced performance of the shoulder complex. Individuals with chronic stroke may benefit from strengthening exercises directed to the scapular muscles, in addition to the glenohumeral muscles. Physical therapists should begin to focus their attention on the paretic upper limbs.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGMedicina de reabilitaçãoParesiaAcidentes vasculares cerebraisForça muscularArticulaçõesMembros superioresDoença cerebrovascularForça muscularHemiparesiaDinamometria isocinéticaComplexo do ombroDesempenho muscular isocinético do complexo do ombro de indivíduos com hemiparesia crônicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALlucas_r_nascimento___mestrado.pdfapplication/pdf2511281https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/LFTS-8E6H6Y/1/lucas_r_nascimento___mestrado.pdf309be4001f23483bada410bdc9260143MD51TEXTlucas_r_nascimento___mestrado.pdf.txtlucas_r_nascimento___mestrado.pdf.txtExtracted texttext/plain122606https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/LFTS-8E6H6Y/2/lucas_r_nascimento___mestrado.pdf.txtf714ec081d044ab9531ca242b03a9235MD521843/LFTS-8E6H6Y2019-11-14 15:06:53.539oai:repositorio.ufmg.br:1843/LFTS-8E6H6YRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T18:06:53Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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