Diferenças de expectativas em auditoria no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernando Rocha Pereira
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Renata Turola Takamatsu
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/41567
Resumo: O presente trabalho examinou a atual situação das diferenças de expectativas entre auditores e não-auditores em relação aos deveres da auditoria externa após a revisão das normas internacionais que culminaram na aplicação do Novo Relatório dos Auditores no Brasil no ano de 2017. Questionários aplicados em dois congressos nacionais e disponibilizados eletronicamente resultaram 185 respostas válidas para análises. O nível de exigência dos usuários da contabilidade em relação aos deveres dos auditores, captado pela proxy Índice de Expectativa (IE), foi calculado com base na metodologia desenvolvida por Porter (1993), que estruturou pela soma de três componentes, sendo: responsabilidades que a sociedade espera dos auditores e o que é razoável esperar pelos seus trabalhos; responsabilidades que a sociedade espera dos auditores e as responsabilidades determinadas por normas e leis; e desempenho que o auditor deveria atender de acordo com as normas e leis e o desempenho percebido pela sociedade. Testes de Mann-Whitney revelaram que recentes modificações no relatório dos auditores não foram capazes de expurgar as diferenças de expectativas em auditoria no contexto brasileiro, em face da persistência da expectativa inferior dos auditores comparado aos não-auditores. Detectou-se que o índice de expectativa dos não-auditores em relação aos deveres da auditoria externa foi estatisticamente superior ao índice de expectativa dos próprios auditores independentes. Nesse sentido, apesar da adoção da revisão das normas internacionais de auditoria, que culminaram na utilização de um novo formato de relatório de auditoria no ano de 2017, o índice de expectativas dos não-auditores (demais usuários) em relação aos deveres da auditoria externa persiste superior ao índice de expectativa dos auditores. Testes adicionais indicaram que não foram encontradas diferenças significativas do índice de expectativas entre gêneros e diferentes níveis de utilização do relatório de auditoria.
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O nível de exigência dos usuários da contabilidade em relação aos deveres dos auditores, captado pela proxy Índice de Expectativa (IE), foi calculado com base na metodologia desenvolvida por Porter (1993), que estruturou pela soma de três componentes, sendo: responsabilidades que a sociedade espera dos auditores e o que é razoável esperar pelos seus trabalhos; responsabilidades que a sociedade espera dos auditores e as responsabilidades determinadas por normas e leis; e desempenho que o auditor deveria atender de acordo com as normas e leis e o desempenho percebido pela sociedade. Testes de Mann-Whitney revelaram que recentes modificações no relatório dos auditores não foram capazes de expurgar as diferenças de expectativas em auditoria no contexto brasileiro, em face da persistência da expectativa inferior dos auditores comparado aos não-auditores. Detectou-se que o índice de expectativa dos não-auditores em relação aos deveres da auditoria externa foi estatisticamente superior ao índice de expectativa dos próprios auditores independentes. Nesse sentido, apesar da adoção da revisão das normas internacionais de auditoria, que culminaram na utilização de um novo formato de relatório de auditoria no ano de 2017, o índice de expectativas dos não-auditores (demais usuários) em relação aos deveres da auditoria externa persiste superior ao índice de expectativa dos auditores. Testes adicionais indicaram que não foram encontradas diferenças significativas do índice de expectativas entre gêneros e diferentes níveis de utilização do relatório de auditoria.porUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGBrasilFCE - DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEISUSP International Conference in AccountingDiferenças de Expectativas em AuditoriaRelatório dos auditoresNovo Relatório dos AuditoresDiferenças de expectativas em auditoria no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttps://congressousp.fipecafi.org/anais/20UspInternational/ArtigosDownload/2547.pdfFernando Rocha PereiraRenata Turola Takamatsuapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSELicense.txtLicense.txttext/plain; charset=utf-82042https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/41567/1/License.txtfa505098d172de0bc8864fc1287ffe22MD51ORIGINAL2020_Diferenças de expectativas em auditoria no brasil.pdf2020_Diferenças de expectativas em auditoria no brasil.pdfapplication/pdf464016https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/41567/2/2020_Diferen%c3%a7as%20de%20expectativas%20em%20auditoria%20no%20brasil.pdf81f067c0ce9f5d7bf97cbac613affeadMD521843/415672022-05-11 19:42:21.838oai:repositorio.ufmg.br:1843/41567TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBIERPIFJFUE9TSVTvv71SSU8gSU5TVElUVUNJT05BTCBEQSBVRk1HCiAKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50Ye+/ve+/vW8gZGVzdGEgbGljZW7vv71hLCB2b2Pvv70gKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIGFvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8gZXhjbHVzaXZvIGUgaXJyZXZvZ++/vXZlbCBkZSByZXByb2R1emlyIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0cu+/vW5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mg77+9dWRpbyBvdSB277+9ZGVvLgoKVm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2zvv710aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2Pvv70gY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250Ze+/vWRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byBwYXJhIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLgoKVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPvv71waWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFu77+9YSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZh77+977+9by4KClZvY++/vSBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byDvv70gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9j77+9IHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vu77+9YS4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVw77+9c2l0byBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gbu+/vW8sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd177+9bS4KCkNhc28gYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY++/vSBu77+9byBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc++/vW8gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNh77+977+9bywgZSBu77+9byBmYXLvv70gcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJh77+977+9bywgYWzvv71tIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7vv71hLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-05-11T22:42:21Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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