Alterações maiores do eletrocardiograma na população brasileira: valor prognóstico e determinantes de incidência - Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marcelo Martins Pinto Filho
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/38562
Resumo: INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morbimortalidade no mundo moderno. O eletrocardiograma (ECG) é ferramenta útil na avaliação dessas doenças, de baixo custo e amplamente disponível. Seu uso como potencial marcador prognóstico em prevenção primária das DCV, já foi explorado, mas não bem definido. MÉTODOS: Estudo de coorte com dados de 13428 adultos (45% homens, idade 35-74 anos) do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto sem DCV na linha de base. O ECG foi codificado de acordo com o código de Minnesota (CM). O objetivo principal é a avaliar o impacto prognóstico de alterações eletrocardiográficas maiores (AEM) codificadas pelo CM. Para tal, sua relação com mortalidade, em seguimento médio de oito anos, foi avaliada pelas curvas de Kaplan-Meier e comparadas pelo teste de log rank. Em análise por modelo de Cox, ajustado por fatores de risco cardiovascular e sociodemográficos, avaliamos ainda o papel das AEM como preditores de mortalidade geral e, posteriormente cardiovascular por meio do modelo de risco competitivo de Fine and Gray. O potencial de reclassificação de risco foi avaliado índice de reclassificação líquida, incorporando as AEM ao cálculo de risco cardiovascular pelo Systematic Coronary Risk Evaluation (SCORE). Os ECG dos participantes foram repetidos após seguimento médio de 4 anos, sendo feita a avaliação de determinantes da incidência de AEM. Estas análises foram feitas estratificadas pro sexo. RESULTADOS: As AEM se associaram a maior risco de morte geral (HR 2.3 IC 95% 1.7-2.9) e cardiovascular (HR 4.6 IC 95% 3.0-7.0), após análise multivariada. As alterações maiores do segmento ST-T, os bloqueios intraventriculares e o prolongamento maior do intervalo QT foram as alterações mais impactantes. A presença de AEM foi capaz de reclassificar corretamente 15% dos participantes classificados como de risco intermediário pelo SCORE (para um grupo de risco mais alto) que vieram a apresentar o desfecho de mortalidade por DCV, as custas de 3% de reclassificações erradas (também para um grupo de maior risco) dentre os participantes que sobreviveram durante o seguimento. A incidência de AEM foi semelhante em homens e mulheres (10,9% e 11,1% respectivamente). Não identificamos fatores associados a incidência de AEM. CONCLUSÕES: As AEM foram preditores independentes de mortalidade geral e cardiovascular na população estudada. A reclassificação líquida de participantes de risco CV intermediário foi positiva. A incidência de AEM em quatro anos foi alta, mas preditores para seu surgimento não foram identificados.
id UFMG_2c684c19ec6a4d4f3cddbb51d4820815
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/38562
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Antonio Luiz Pinho Ribeirohttp://lattes.cnpq.br/8754335906813622Luisa Campos Caldeira BrantBruce Bartholow DuncanRicardo Alkmim TeixeiraBruno Ramos do NascimentoAndré Assis Lopes do Carmohttp://lattes.cnpq.br/4831568583543579Marcelo Martins Pinto Filho2021-10-29T19:48:10Z2021-10-29T19:48:10Z2020-07-30http://hdl.handle.net/1843/38562INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morbimortalidade no mundo moderno. O eletrocardiograma (ECG) é ferramenta útil na avaliação dessas doenças, de baixo custo e amplamente disponível. Seu uso como potencial marcador prognóstico em prevenção primária das DCV, já foi explorado, mas não bem definido. MÉTODOS: Estudo de coorte com dados de 13428 adultos (45% homens, idade 35-74 anos) do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto sem DCV na linha de base. O ECG foi codificado de acordo com o código de Minnesota (CM). O objetivo principal é a avaliar o impacto prognóstico de alterações eletrocardiográficas maiores (AEM) codificadas pelo CM. Para tal, sua relação com mortalidade, em seguimento médio de oito anos, foi avaliada pelas curvas de Kaplan-Meier e comparadas pelo teste de log rank. Em análise por modelo de Cox, ajustado por fatores de risco cardiovascular e sociodemográficos, avaliamos ainda o papel das AEM como preditores de mortalidade geral e, posteriormente cardiovascular por meio do modelo de risco competitivo de Fine and Gray. O potencial de reclassificação de risco foi avaliado índice de reclassificação líquida, incorporando as AEM ao cálculo de risco cardiovascular pelo Systematic Coronary Risk Evaluation (SCORE). Os ECG dos participantes foram repetidos após seguimento médio de 4 anos, sendo feita a avaliação de determinantes da incidência de AEM. Estas análises foram feitas estratificadas pro sexo. RESULTADOS: As AEM se associaram a maior risco de morte geral (HR 2.3 IC 95% 1.7-2.9) e cardiovascular (HR 4.6 IC 95% 3.0-7.0), após análise multivariada. As alterações maiores do segmento ST-T, os bloqueios intraventriculares e o prolongamento maior do intervalo QT foram as alterações mais impactantes. A presença de AEM foi capaz de reclassificar corretamente 15% dos participantes classificados como de risco intermediário pelo SCORE (para um grupo de risco mais alto) que vieram a apresentar o desfecho de mortalidade por DCV, as custas de 3% de reclassificações erradas (também para um grupo de maior risco) dentre os participantes que sobreviveram durante o seguimento. A incidência de AEM foi semelhante em homens e mulheres (10,9% e 11,1% respectivamente). Não identificamos fatores associados a incidência de AEM. CONCLUSÕES: As AEM foram preditores independentes de mortalidade geral e cardiovascular na população estudada. A reclassificação líquida de participantes de risco CV intermediário foi positiva. A incidência de AEM em quatro anos foi alta, mas preditores para seu surgimento não foram identificados.BACKGROUND: Cardiovascular diseases (CVD) are the main cause of morbimortality worldwide. The electrocardiogram (ECG) is a low-cost, widely available and frequently used diagnostic tool in the care of the patient with cardiovascular complaints. Nevertheless, its role in determining CVD prognosis as well as in the screening for CVD is still unclear. METHODS: This is a cohort, study with data from 13428 adults (45% men, age 35-74 years old) from the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil), which included the ECG, coded according to the Minnesota Coding System (MC). Its main goal is to evaluate the prognostic impact of major electrocardiographic abnormalities (MEA) according to the MC. Mortality was analyzed through Kaplan-Meier curves and compared by the log rank test. Adjustment for cardiovascular and sociodemographic risk factors were made by Cox regression. Cardiovascular mortality risk was evaluated by the Fine and Gray competitive risk model. We also evaluated the potential of MEA in reclassifying the participants’ cardiovascular mortality risk calculated by the Systematic Coronary Risk Evaluation (SCORE) using the net reclassification index. After a four-year follow up, new ECG data was obtained and the incidence of new MEA was measured with its possible determinants evaluated. This particular analysis was stratified by sex. RESULTS: Participants with baseline MEA were in general of higher CVD risk. After multivariable analysis, the presence of MEA was still an independent predictor of total mortality (HR 2.3, 95% CI 1.7-2.9) and cardiovascular mortality (HR 4.6 IC 95% 3.0-7.0). Among the MEA analyzed, major ST-T abnormalities, intraventricular blocks and major QT interval prolongation were the most relevant. In adding MEA to the SCORE risk prediction tool, we were able to accurately reclassify 15% of intermediate risk individuals to a high-risk stratum. In the other hand among survivors, 3% were miss-reclassified from intermediate to a high-risk category. In a four-year follow up, the incidence of MEA was similar between men and women without prevalent CVD or MEA (10.9% and 11.1% respectively). For this short period we were not able to identify any predictors for incident MEA. CONCLUSIONS: The presence of major electrocardiographic abnormalities according to the Minnesota coding system, were independent predictors of general and cardiovascular mortality in the studied population. We achieved a favorable net reclassification index for the participants within the intermediate risk category. Incident MEA in four years was high, even though no clinical predictors were identified.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - Infectologia e Medicina TropicalUFMGBrasilMEDICINA - FACULDADE DE MEDICINADoenças cardiovascularesEletrocardiografiaDoenças cardiovasculares/diagnósticoPrognósticoDoenças cardiovasculares/epidemiologiaIncidênciaFatores de riscoEstudos longitudinaisBrasilEletrocardiografiaDoenças CardiovascularesEstudos LongitudinaisPrognósticoFatores de RiscoIncidênciaAlterações maiores do eletrocardiograma na população brasileira: valor prognóstico e determinantes de incidência - Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTESE_Final.pdfTESE_Final.pdfapplication/pdf4508157https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38562/1/TESE_Final.pdf0b5191139bff6af9edcd692d7950d5b0MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38562/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/385622021-10-29 16:48:10.884oai:repositorio.ufmg.br:1843/38562TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-10-29T19:48:10Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Alterações maiores do eletrocardiograma na população brasileira: valor prognóstico e determinantes de incidência - Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil)
title Alterações maiores do eletrocardiograma na população brasileira: valor prognóstico e determinantes de incidência - Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil)
spellingShingle Alterações maiores do eletrocardiograma na população brasileira: valor prognóstico e determinantes de incidência - Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil)
Marcelo Martins Pinto Filho
Eletrocardiografia
Doenças Cardiovasculares
Estudos Longitudinais
Prognóstico
Fatores de Risco
Incidência
Doenças cardiovasculares
Eletrocardiografia
Doenças cardiovasculares/diagnóstico
Prognóstico
Doenças cardiovasculares/epidemiologia
Incidência
Fatores de risco
Estudos longitudinais
Brasil
title_short Alterações maiores do eletrocardiograma na população brasileira: valor prognóstico e determinantes de incidência - Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil)
title_full Alterações maiores do eletrocardiograma na população brasileira: valor prognóstico e determinantes de incidência - Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil)
title_fullStr Alterações maiores do eletrocardiograma na população brasileira: valor prognóstico e determinantes de incidência - Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil)
title_full_unstemmed Alterações maiores do eletrocardiograma na população brasileira: valor prognóstico e determinantes de incidência - Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil)
title_sort Alterações maiores do eletrocardiograma na população brasileira: valor prognóstico e determinantes de incidência - Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil)
author Marcelo Martins Pinto Filho
author_facet Marcelo Martins Pinto Filho
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Antonio Luiz Pinho Ribeiro
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8754335906813622
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Luisa Campos Caldeira Brant
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Bruce Bartholow Duncan
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Ricardo Alkmim Teixeira
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Bruno Ramos do Nascimento
dc.contributor.referee4.fl_str_mv André Assis Lopes do Carmo
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4831568583543579
dc.contributor.author.fl_str_mv Marcelo Martins Pinto Filho
contributor_str_mv Antonio Luiz Pinho Ribeiro
Luisa Campos Caldeira Brant
Bruce Bartholow Duncan
Ricardo Alkmim Teixeira
Bruno Ramos do Nascimento
André Assis Lopes do Carmo
dc.subject.por.fl_str_mv Eletrocardiografia
Doenças Cardiovasculares
Estudos Longitudinais
Prognóstico
Fatores de Risco
Incidência
topic Eletrocardiografia
Doenças Cardiovasculares
Estudos Longitudinais
Prognóstico
Fatores de Risco
Incidência
Doenças cardiovasculares
Eletrocardiografia
Doenças cardiovasculares/diagnóstico
Prognóstico
Doenças cardiovasculares/epidemiologia
Incidência
Fatores de risco
Estudos longitudinais
Brasil
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Doenças cardiovasculares
Eletrocardiografia
Doenças cardiovasculares/diagnóstico
Prognóstico
Doenças cardiovasculares/epidemiologia
Incidência
Fatores de risco
Estudos longitudinais
Brasil
description INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morbimortalidade no mundo moderno. O eletrocardiograma (ECG) é ferramenta útil na avaliação dessas doenças, de baixo custo e amplamente disponível. Seu uso como potencial marcador prognóstico em prevenção primária das DCV, já foi explorado, mas não bem definido. MÉTODOS: Estudo de coorte com dados de 13428 adultos (45% homens, idade 35-74 anos) do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto sem DCV na linha de base. O ECG foi codificado de acordo com o código de Minnesota (CM). O objetivo principal é a avaliar o impacto prognóstico de alterações eletrocardiográficas maiores (AEM) codificadas pelo CM. Para tal, sua relação com mortalidade, em seguimento médio de oito anos, foi avaliada pelas curvas de Kaplan-Meier e comparadas pelo teste de log rank. Em análise por modelo de Cox, ajustado por fatores de risco cardiovascular e sociodemográficos, avaliamos ainda o papel das AEM como preditores de mortalidade geral e, posteriormente cardiovascular por meio do modelo de risco competitivo de Fine and Gray. O potencial de reclassificação de risco foi avaliado índice de reclassificação líquida, incorporando as AEM ao cálculo de risco cardiovascular pelo Systematic Coronary Risk Evaluation (SCORE). Os ECG dos participantes foram repetidos após seguimento médio de 4 anos, sendo feita a avaliação de determinantes da incidência de AEM. Estas análises foram feitas estratificadas pro sexo. RESULTADOS: As AEM se associaram a maior risco de morte geral (HR 2.3 IC 95% 1.7-2.9) e cardiovascular (HR 4.6 IC 95% 3.0-7.0), após análise multivariada. As alterações maiores do segmento ST-T, os bloqueios intraventriculares e o prolongamento maior do intervalo QT foram as alterações mais impactantes. A presença de AEM foi capaz de reclassificar corretamente 15% dos participantes classificados como de risco intermediário pelo SCORE (para um grupo de risco mais alto) que vieram a apresentar o desfecho de mortalidade por DCV, as custas de 3% de reclassificações erradas (também para um grupo de maior risco) dentre os participantes que sobreviveram durante o seguimento. A incidência de AEM foi semelhante em homens e mulheres (10,9% e 11,1% respectivamente). Não identificamos fatores associados a incidência de AEM. CONCLUSÕES: As AEM foram preditores independentes de mortalidade geral e cardiovascular na população estudada. A reclassificação líquida de participantes de risco CV intermediário foi positiva. A incidência de AEM em quatro anos foi alta, mas preditores para seu surgimento não foram identificados.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-07-30
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-10-29T19:48:10Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-10-29T19:48:10Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/38562
url http://hdl.handle.net/1843/38562
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - Infectologia e Medicina Tropical
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38562/1/TESE_Final.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38562/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 0b5191139bff6af9edcd692d7950d5b0
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589485413269504