Contribuciones de ambientes de modelación matemática a la constitución de la subjetividad política

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Francisco Javier Camelo Bustos
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AW7LEA
Resumo: O objetivo da tese de doutorado é refletir sobre, e discutir como, a participação em um ambiente de modelagem matemática criado a partir da perspectiva sociocrítica contribui para a constituição da subjetividade política de um grupo de jovens do décimo primeiro ano de uma escola da cidade de Bogotá (Colômbia). Para dar conta disso, comecei a questionar as práticas pedagógicas e pesquisas que eu mesmo desenvolvia. Ao mesmo tempo, busquei pressupostos teóricos que possibilitaram-me compreender aspectos envolvidos numa educação matemática que procura refletir e trabalhar com alunos em contextos onde as dificuldades econômicas e políticas são acentuadas. Esse caminho levou-me a aceitar que aspectos sociais e políticos devem ser incorporados à Educação Matemática se a intenção for contribuir para a compreensão e reflexão da aprendizagem de uma matemática escolar como algo que, além de enfocar procedimentos, definições e algoritmos, abra espaços para que os jovens compreendam os contextos em que habitam e os questionem, de modo que seja possível um distanciamento crítico dos modelos matemáticos que dão suporte à sociedade. A conceituação do que deve entender-se por subjetividade política leva em conta as ideias de Sara Alvarado. Assim, a subjetividade política pode se dar ao abrirmos espaços nos quais seja possível o surgimento de certas tramas que se referem a uma recuperação da autonomia dos estudantes e à exibição da capacidade auto-reflexiva em pontos de acordo, onde a consciência histórica permita aos jovens reconhecer-se como protagonistas, ampliando, assim, seu círculo ético para construir um poder-entre-todos (as) que reconheça a pluralidade. Na Educação Matemática, busquei conexões que me abriram caminhos para essas abordagens, encontrando possibilidades em sua visão política, em geral, e, na perspectiva crítica da modelagem matemática, em particular. Com esse referencial teórico, criei um ambiente de modelagem com o grupo de jovens mencionado, a fim de produzir dados empíricos para dar conta do objetivo da pesquisa. Os dados foram armazenados em áudio e vídeo, trabalhos escritos, slides de apresentações orais e gravações de entrevistas de um professor e um grupo de jovens, para em seguida ser analisados à luz das tramas mencionadas para compreender a subjetividade. Os resultados mostram que, no ambiente de modelagem criado, é possível identificar que as tramas da subjetividade política surgem, mas rapidamente se diluem por não existir, na organização escolar, espaços que possibilitem aos jovens ampliá-las.
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Esse caminho levou-me a aceitar que aspectos sociais e políticos devem ser incorporados à Educação Matemática se a intenção for contribuir para a compreensão e reflexão da aprendizagem de uma matemática escolar como algo que, além de enfocar procedimentos, definições e algoritmos, abra espaços para que os jovens compreendam os contextos em que habitam e os questionem, de modo que seja possível um distanciamento crítico dos modelos matemáticos que dão suporte à sociedade. A conceituação do que deve entender-se por subjetividade política leva em conta as ideias de Sara Alvarado. Assim, a subjetividade política pode se dar ao abrirmos espaços nos quais seja possível o surgimento de certas tramas que se referem a uma recuperação da autonomia dos estudantes e à exibição da capacidade auto-reflexiva em pontos de acordo, onde a consciência histórica permita aos jovens reconhecer-se como protagonistas, ampliando, assim, seu círculo ético para construir um poder-entre-todos (as) que reconheça a pluralidade. Na Educação Matemática, busquei conexões que me abriram caminhos para essas abordagens, encontrando possibilidades em sua visão política, em geral, e, na perspectiva crítica da modelagem matemática, em particular. Com esse referencial teórico, criei um ambiente de modelagem com o grupo de jovens mencionado, a fim de produzir dados empíricos para dar conta do objetivo da pesquisa. Os dados foram armazenados em áudio e vídeo, trabalhos escritos, slides de apresentações orais e gravações de entrevistas de um professor e um grupo de jovens, para em seguida ser analisados à luz das tramas mencionadas para compreender a subjetividade. Os resultados mostram que, no ambiente de modelagem criado, é possível identificar que as tramas da subjetividade política surgem, mas rapidamente se diluem por não existir, na organização escolar, espaços que possibilitem aos jovens ampliá-las.El objetivo de la tesis doctoral es reflexionar y discutir cómo la participación en un ambiente de modelación matemática creado a partir de la perspectiva socio crítica contribuye a la constitución de la subjetividad política de un grupo de estudiantes de undécimo grado de la ciudad de Bogotá (Colombia). Para dar cuenta de ello, comencé por cuestionar las prácticas pedagógicas e investigativas que desarrollaba, al tiempo que busqué presupuestos teóricos que me posibilitaran entender aspectos involucrados en una educación matemática que pretenda reflexionar y trabajar con estudiantes en contextos en los que las dificultades económicas y políticas son acentuadas. Este camino me llevó a aceptar que se deben incorporar aspectos sociales y políticos en la educación matemática si la intención es aportar en la comprensión y reflexión del aprendizaje de una matemática escolar que, además de procedimientos, definiciones y algoritmos, abra espacios para que los y las jóvenes comprendan los contextos que habitan y los cuestionen, de forma que sea posible un distanciamiento crítico de los modelos matemáticos que soportan la sociedad. La conceptualización de lo que puede entenderse por subjetividad política retoma planteamientos de Sara Alvarado. Así, la subjetividad política puede darse si se abren espacios en los que sea posible la aparición de ciertas tramas que refieren a una recuperación de la autonomía que despliegue la capacidad autoreflexiva en puntos de concertación en los que la conciencia histórica permita a los y las jóvenes reconocerse como protagonistas, de forma que su círculo ético se amplíe con el fin de construir un poder-entre-todos(as) que reconozca la pluralidad. Busqué conexiones que me abrieron paso a estos planteamientos dentro de la educación matemática y encontré posibilidades en su visión política, en general, y en la perspectiva socio crítica de la modelación matemática, en particular. Con este andamiaje teórico, creé junto con el grupo de jóvenes mencionado un ambiente de modelación que me permitiera producir datos empíricos para dar cuenta del objetivo de la investigación. Almacené los datos a través de grabaciones de audio y video de las sesiones de trabajo y de entrevistas a un profesor y al grupo de jóvenes, de trabajos escritos y de diapositivas de presentaciones grupales para luego analizarlas a la luz de las tramas mencionadas para comprender la subjetividad. Los resultados muestran que en el ambiente de modelación creado es posible identificar que las tramas de la subjetividad política emergen, pero estas se diluyen prontamente debido a que en la organización escolar no se cuenta con espacios que posibiliten a los y las jóvenes desplegarlas.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGMatematica Estudo e ensinoEducaçãoModelagem matemáticaSubjetividadeModelagem matemáticaSubjetividade políticaSócio-críticoContribuciones de ambientes de modelación matemática a la constitución de la subjetividad políticainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALcamelo__2017__tesis_.pdfapplication/pdf8517244https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AW7LEA/1/camelo__2017__tesis_.pdfb906f1efc64cb52405efd6f38910ae81MD51TEXTcamelo__2017__tesis_.pdf.txtcamelo__2017__tesis_.pdf.txtExtracted texttext/plain519448https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AW7LEA/2/camelo__2017__tesis_.pdf.txt275e444307e44cedf126548dce43a815MD521843/BUBD-AW7LEA2019-11-14 07:13:48.714oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-AW7LEARepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T10:13:48Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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