Práticas educativas e escolarização de alunos com transtorno do espectro autista na educação profissional

• Autor(a) principal: Simone Pinto Vasconcellos
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/33592
• topic: Transtorno do espectro autista; Educação profissional; Práticas educativas; Inclusão escolar; Transtorno do espectro autista; Ensino profissional; Educação inclusiva; Ensino técnico -- Prática de ensino

A partir da década de 1990, as políticas públicas e a legislação educacional brasileira, em conformidade com as declarações internacionais, preconizaram a educação como um direito fundamental e universal, assegurando, ao público-alvo da educação especial, o acesso, a permanência, a participação e a aprendizagem em classes comuns das escolas regulares. Considerando este contexto, esta pesquisa teve como objetivo geral analisar as práticas educativas adotadas na escolarização de um aluno com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no ensino técnico integrado (ETI), a partir da percepção desse jovem estudante, de seus pais e dos docentes envolvidos nesse processo. Os objetivos específicos consistiram em analisar as práticas educativas adotadas no percurso educacional do aluno com autismo no ETI e identificar as percepções deste, de seus pais e de seus professores a respeito dessas práticas de escolarização. O estudo se orientou por uma abordagem qualitativa, na modalidade estudo de caso. Para coleta de dados, foi realizada uma pesquisa documental e entrevistas semiestruturadas com o estudante com TEA, seus pais e os professores que lecionaram para o aluno na instituição da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (RFEPCT), localizada na região metropolitana de Belo Horizonte (Minas Gerais). Os dados foram interpretados utilizando-se o método de análise de conteúdo, descrito por Bardin, e o aporte teórico da educação inclusiva e da literatura sobre o TEA. Os resultados desta investigação apontam para o reduzido número de matrículas de pessoas com autismo no ETI e para a efetividade de práticas educativas que envolvem um trabalho colaborativo entre educadores, em interlocução com a família, ações de apoio ao aluno, flexibilização da temporalidade curricular, adequações das avaliações, procedimentos didáticos e propostas de ensino específicas. De forma geral, essas práticas resultaram em condições mais adequadas de escolarização para o estudante com autismo. No entanto, a análise dos dados indica desafios a serem superados, relativos a fragilidades presentes na formação dos educadores e à necessidade de institucionalização de diretrizes e ações educativas para uma educação acessível a todos os alunos na educação profissional.