Construção de um vírus Vaccínia Ankara Modificado (MVA) Recombinante expressando a proteína e do vírus Dengue 3

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Thiago Campolina Diniz
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A28GTZ
Resumo: A dengue é hoje objeto da maior campanha de saúde pública do Brasil, encontrando-se presente nos 27 estados da Federação. Visto que, as campanhas de combate ao vetor foram historicamente mal sucedidas, o desenvolvimento de uma vacina antidengue, ainda não existente, torna-se a opção mais segura para o controle desta arbovirose urbana. Os vírus MVA pertencentes à família Poxviridae, podem ser utilizados como um vetor poxviral vacinal antidengue possuindo vantagens como: ser incapaz de se multiplicar em células de mamíferos, métodos de construção e manipulação genéticos são relativamente simples, baseados principalmente no fenômeno de recombinação homóloga, seu genoma suporta a inserção de enormes quantidades de DNA exógeno, proteínas produzidas são processadas e transportadas de maneira idêntica ao que ocorre nas células de origem do gene estudado, dentre outras. Neste trabalho foram realizadas técnicas de biologia molecular para a construção de uma vacina recombinante contra o sorotipo 3 de Dengue, sorotipo mais prevalente no Brasil. Inicialmente foi realizada uma RT-PCR de uma amostra clínica positiva de DEN3, com o intuito de amplificar a região do genoma que codifica a proteína E. A proteína E é a maior e a principal proteína do envelope viral, sendo também o principal alvo de anticorpos neutralizantes o que revela o importante potencial que esta proteína pode possuir na construção de uma vacina recombinante. Subseqüentemente, a região que codifica a proteína para DEN 3 E foi inserida num plasmídeo de clonagem e seqüenciada, na etapa seguinte, DEN3 E foi introduzida no plasmídeo de transferência pLW44. Células de fibroblasto de embrião de galinha (CEFs) foram preparadas para que ocorresse infecção por MVA, que se multiplicam muito bem nestas células, e transfecção com o plasmídeo de pLW44-DEN3-E afim de se avaliar a funcionalidade desta construção. O sucesso desta etapa foi confirmado pelo ensaio de western blot. Os resultados obtidos até agora sugerem que este projeto foi relevante para a obtenção da vacina tetravalente almejada pelo grupo.
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