O acesso aos medicamentos na atenção primária à saúde em Belo Horizonte

• Autor(a) principal: Fernanda de Castro Aquino
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/45784
• topic: Acesso; Medicamentos; Assistência farmacêutica; Atenção primária à saúde; Unidade básica de saúde; Acolhimento; Assistência Farmacêutica; Atenção Primária à Saúde; Centros de Saúde; Medicamentos Essenciais

Os medicamentos são indispensáveis para manutenção e recuperação do estado de saúde das pessoas, mas o acesso a eles ainda é restrito para uma grande parcela da população mundial. Como porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS), a Atenção Primária à Saúde se apresenta como o local preferencial para a obtenção dos medicamentos essenciais. Esta pesquisa teve como objeto de estudo o acesso aos medicamentos na Atenção Primária à Saúde (APS) no município de Belo Horizonte. Propõe em seus objetivos avaliar a disponibilidade dos medicamentos nos Centros de Saúde (CS); identificar as dificuldades encontradas pelos prescritores em relação à assistência farmacêutica (AF) em Belo Horizonte; identificar as estratégias utilizadas pelo usuário na obtenção dos medicamentos; avaliar a forma de acolhimento ao usuário na farmácia dos CS; identificar as principais causas de não entrega de medicamentos aos usuários dos CS; verificar a existência de orientação ao usuário quanto à utilização e conservação dos medicamentos. Trata-se de pesquisa exploratória, de abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso. Foram selecionados três CS com diferentes características, da região de Venda Nova em Belo Horizonte. Para a coleta de dados, foram utilizadas diferentes técnicas que se complementam: observação da farmácia e entrevistas semiestruturadas com médicos e usuários. Os resultados apontam que, nos três CS pesquisados, a maioria da população usuária tem acesso aos medicamentos, porém, há períodos de desabastecimento com certa frequência, o que dificulta não só a atuação dos médicos, mas também a continuidade do tratamento. Foi observado que a forma de acolhimento ao usuário da farmácia na maioria das vezes é indiferente, prejudicando um atendimento mais humanizado. Raramente foi observada orientação sobre o uso correto ou conservação dos medicamentos. Este estudo sugere que a AF da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte consegue atender às demandas mais prevalentes da população usuária, porém, necessita de alguns ajustes para garantir na integralidade o acesso aos medicamentos. Novos estudos nesta área são importantes para verificar em maior amplitude os resultados apresentados.