Imunossupressão causada por domínios repetitivos presentes em antígenos do Trypanosoma cruzi

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carlos Andrés Toro Acevedo
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/34524
Resumo: Repetições de aminoácidos estão presentes em proteínas de todos os organismos vivos; no entanto, vários protozoários parasitos intracelulares possuem maior quantidade dessas repetições nos seus proteomas, o que poderia estar relacionado com a capacidade de imuno-evasão. A proteína ribossômica L7a do Trypanosoma cruzi contém repetições na porção N terminal. Para investigar o papel dessa repetição foram produzidas as proteínas recombinantes completa (TcL7a) e suas versões truncadas; TcL7aRep, contendo somente a parte repetitiva, e TcL7aΔRep, contendo a parte não repetitiva. Após imunizações com essas proteínas, camundongos BALB/c foram infectados com tripomastigotas sanguíneos do clone CL Brener de T. cruzi. A imunização com a proteína TcL7a inteira protegeu animais contra a infecção pelo T. cruzi pois diminuiu tanto a parasitemia quanto a mortalidade, enquanto a imunização com a parte não repetitiva TcL7aΔRep não teve efeito significativo. Entretanto, a imunização com a parte repetitiva TcL7aRep levou ao aumento da parasitemia e da mortalidade nos animais infetados. Para elucidar o mecanismo pelo qual a imunização com TcL7aRep tornou os camundongos mais susceptíveis à infecção, avaliamos a produção de anticorpos específicos anti-T. cruzi nos animais infectados. Evidenciou-se uma menor quantidade de anticorpos IgM e IgG total contra o extrato proteico de T. cruzi em animais imunizados e infectados em comparação aos animais infectados do grupo controle (não imunizados). Análises histopatológicas de tecido de coração mostraram menor quantidade de infiltrado celular inflamatório e maior número de ninhos íntegros de amastigotas quando comparados com o grupo controle. Após estimulação de esplenócitos in vitro com Concanavalina A e α-CD3 observou-se que, quando incubados com a proteína contendo as repetições TcL7aRep, os linfócitos T CD4+, T CD8+ e linfócitos B CD19+ proliferaram menos do que os controles. Além disso, a incubação por 24 horas com a TcL7aRep antes do estímulo resultou em uma diminuição na expressão de moléculas de superfície importantes para a resposta imune adaptativa, tais como CD3, CD4, CD8 e CD25 em linfócitos do baço de camundongos não infectados. Nossos dados indicam portanto que os animais imunizados com TcL7aRep ou esplenócitos incubados in vitro com essa proteína apresentam uma resposta indicativa de imunossupressão, o que poderia explicar a maior susceptibilidade dos animais imunizados com a porção repetitiva da proteína à infecção pelo T. cruzi. Assim como estudos anteriores relacionando o papel de outras repetições presentes em antígenos do T. cruzi, como as repetições SAPA presentes nas transialidases, os dados desse trabalho corroboram a existência de mecanismos de imunossupressão causada por repetições presentes em antígenos do parasito como parte das estratégias desenvolvidas por esse patógeno que permitem sua sobrevivência no hospedeiro mamífero.
id UFMG_32d140dad4a456754d38353e74a54380
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/34524
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Santuza Maria Ribeiro Teixeirahttp://lattes.cnpq.br/1441035148021341Ester Roffê SantiagoAna Maria Caetano de FariaAlexandre de Magalhães Vieira MachadoXXXCarlos Andrés Toro Acevedo2020-12-16T17:38:31Z2020-12-16T17:38:31Z2017-03-10http://hdl.handle.net/1843/34524Repetições de aminoácidos estão presentes em proteínas de todos os organismos vivos; no entanto, vários protozoários parasitos intracelulares possuem maior quantidade dessas repetições nos seus proteomas, o que poderia estar relacionado com a capacidade de imuno-evasão. A proteína ribossômica L7a do Trypanosoma cruzi contém repetições na porção N terminal. Para investigar o papel dessa repetição foram produzidas as proteínas recombinantes completa (TcL7a) e suas versões truncadas; TcL7aRep, contendo somente a parte repetitiva, e TcL7aΔRep, contendo a parte não repetitiva. Após imunizações com essas proteínas, camundongos BALB/c foram infectados com tripomastigotas sanguíneos do clone CL Brener de T. cruzi. A imunização com a proteína TcL7a inteira protegeu animais contra a infecção pelo T. cruzi pois diminuiu tanto a parasitemia quanto a mortalidade, enquanto a imunização com a parte não repetitiva TcL7aΔRep não teve efeito significativo. Entretanto, a imunização com a parte repetitiva TcL7aRep levou ao aumento da parasitemia e da mortalidade nos animais infetados. Para elucidar o mecanismo pelo qual a imunização com TcL7aRep tornou os camundongos mais susceptíveis à infecção, avaliamos a produção de anticorpos específicos anti-T. cruzi nos animais infectados. Evidenciou-se uma menor quantidade de anticorpos IgM e IgG total contra o extrato proteico de T. cruzi em animais imunizados e infectados em comparação aos animais infectados do grupo controle (não imunizados). Análises histopatológicas de tecido de coração mostraram menor quantidade de infiltrado celular inflamatório e maior número de ninhos íntegros de amastigotas quando comparados com o grupo controle. Após estimulação de esplenócitos in vitro com Concanavalina A e α-CD3 observou-se que, quando incubados com a proteína contendo as repetições TcL7aRep, os linfócitos T CD4+, T CD8+ e linfócitos B CD19+ proliferaram menos do que os controles. Além disso, a incubação por 24 horas com a TcL7aRep antes do estímulo resultou em uma diminuição na expressão de moléculas de superfície importantes para a resposta imune adaptativa, tais como CD3, CD4, CD8 e CD25 em linfócitos do baço de camundongos não infectados. Nossos dados indicam portanto que os animais imunizados com TcL7aRep ou esplenócitos incubados in vitro com essa proteína apresentam uma resposta indicativa de imunossupressão, o que poderia explicar a maior susceptibilidade dos animais imunizados com a porção repetitiva da proteína à infecção pelo T. cruzi. Assim como estudos anteriores relacionando o papel de outras repetições presentes em antígenos do T. cruzi, como as repetições SAPA presentes nas transialidases, os dados desse trabalho corroboram a existência de mecanismos de imunossupressão causada por repetições presentes em antígenos do parasito como parte das estratégias desenvolvidas por esse patógeno que permitem sua sobrevivência no hospedeiro mamífero.Amino acid repeats are present in all organisms. However, the predicted proteomes of intracellular parasites have a higher content of repetitive domains than the proteomes of extracellular parasites or free living microorganisms. The presence of repeat domains has been associated with the immune-evasion capacity of different pathogens. The ribosomal Trypanosoma cruzi L7a protein contains a repeat domain at its N-terminus. To investigate the role of this repeat domain, we produced three versions of the recombinant, corresponding to the entire protein (TcL7a) and the truncated version that contains only the repeats (TcL7aRep) or the non-repetitive region (TcL7aΔRep). Immunization of BALB/c mice with these three proteins, followed by challenge with bloodstream trypomastigotes of the CL Brener clone showed that immunization with the complete TcL7a protein protected the animals against T. cruzi infection since parasitemia and mortality were diminished, while the immunization with the non-repetitive TcL7aΔRep did not result in a significant effect. Surprisingly, immunization with the repeat domain TcL7aRep results in exacerbated parasitemia and mortality in all infected animals. To elucidate the mechanism by which the TcL7aRep augments the susceptibility of mice to infection, we evaluated the specific antibody production against T. cruzi whole cell extracts in sera from infected animals. We observed lower levels of IgM and total IgG antibodies against the protein extract of T. cruzi in immunized and infected animals compared with infected animals that were not immunized (control). After splenocyte in vitro stimulation with concanavalin A and α-CD3, we observed that, when splenocytes are incubated with TcL7aRep, CD4+ and CD8+ T lymphocytes and CD19+ B lymphocytes were less able to proliferate than control lymphocytes. Additionally, a 24 hours incubation with TcL7aRep before stimulation resulted in a decrease of surface important molecules for adaptive response, such as CD3, CD4, CD8 and CD25 in lymphocytes from spleen obtained from non-infected mice. Taken together, our data indicates that animals immunized with TcL7aRep or splenocytes incubated in vitro with this antigen present an immunossupressive phenotype, which could explain the higher susceptibility to infection with T. cruzi of all animals immunized with the repeat domain. Similar to other studies that investigated the role other T. cruzi antigens, such as trans-sialidase containing the SAPA repeats, our study correlates the existence of an immunossupressive mechanism caused by parasite antigenic repeats as part of its strategy to survive inside the mammal host.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Bioquímica e ImunologiaUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E IMUNOLOGIAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessBioquímicaTrypanosoma cruziImunossupressãoBioquímicaImunologiaImunossupressão causada por domínios repetitivos presentes em antígenos do Trypanosoma cruziinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDisertação mestrado Carlos A. Toro.pdfDisertação mestrado Carlos A. Toro.pdfapplication/pdf2740400https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34524/1/Diserta%c3%a7%c3%a3o%20mestrado%20Carlos%20A.%20Toro.pdfcc2d24d98928049cf6b3e9d28272e008MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34524/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34524/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD531843/345242022-05-18 15:14:52.352oai:repositorio.ufmg.br:1843/34524TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-05-18T18:14:52Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Imunossupressão causada por domínios repetitivos presentes em antígenos do Trypanosoma cruzi
title Imunossupressão causada por domínios repetitivos presentes em antígenos do Trypanosoma cruzi
spellingShingle Imunossupressão causada por domínios repetitivos presentes em antígenos do Trypanosoma cruzi
Carlos Andrés Toro Acevedo
Bioquímica
Imunologia
Bioquímica
Trypanosoma cruzi
Imunossupressão
title_short Imunossupressão causada por domínios repetitivos presentes em antígenos do Trypanosoma cruzi
title_full Imunossupressão causada por domínios repetitivos presentes em antígenos do Trypanosoma cruzi
title_fullStr Imunossupressão causada por domínios repetitivos presentes em antígenos do Trypanosoma cruzi
title_full_unstemmed Imunossupressão causada por domínios repetitivos presentes em antígenos do Trypanosoma cruzi
title_sort Imunossupressão causada por domínios repetitivos presentes em antígenos do Trypanosoma cruzi
author Carlos Andrés Toro Acevedo
author_facet Carlos Andrés Toro Acevedo
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Santuza Maria Ribeiro Teixeira
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1441035148021341
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Ester Roffê Santiago
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Ana Maria Caetano de Faria
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Alexandre de Magalhães Vieira Machado
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv XXX
dc.contributor.author.fl_str_mv Carlos Andrés Toro Acevedo
contributor_str_mv Santuza Maria Ribeiro Teixeira
Ester Roffê Santiago
Ana Maria Caetano de Faria
Alexandre de Magalhães Vieira Machado
dc.subject.por.fl_str_mv Bioquímica
Imunologia
topic Bioquímica
Imunologia
Bioquímica
Trypanosoma cruzi
Imunossupressão
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Bioquímica
Trypanosoma cruzi
Imunossupressão
description Repetições de aminoácidos estão presentes em proteínas de todos os organismos vivos; no entanto, vários protozoários parasitos intracelulares possuem maior quantidade dessas repetições nos seus proteomas, o que poderia estar relacionado com a capacidade de imuno-evasão. A proteína ribossômica L7a do Trypanosoma cruzi contém repetições na porção N terminal. Para investigar o papel dessa repetição foram produzidas as proteínas recombinantes completa (TcL7a) e suas versões truncadas; TcL7aRep, contendo somente a parte repetitiva, e TcL7aΔRep, contendo a parte não repetitiva. Após imunizações com essas proteínas, camundongos BALB/c foram infectados com tripomastigotas sanguíneos do clone CL Brener de T. cruzi. A imunização com a proteína TcL7a inteira protegeu animais contra a infecção pelo T. cruzi pois diminuiu tanto a parasitemia quanto a mortalidade, enquanto a imunização com a parte não repetitiva TcL7aΔRep não teve efeito significativo. Entretanto, a imunização com a parte repetitiva TcL7aRep levou ao aumento da parasitemia e da mortalidade nos animais infetados. Para elucidar o mecanismo pelo qual a imunização com TcL7aRep tornou os camundongos mais susceptíveis à infecção, avaliamos a produção de anticorpos específicos anti-T. cruzi nos animais infectados. Evidenciou-se uma menor quantidade de anticorpos IgM e IgG total contra o extrato proteico de T. cruzi em animais imunizados e infectados em comparação aos animais infectados do grupo controle (não imunizados). Análises histopatológicas de tecido de coração mostraram menor quantidade de infiltrado celular inflamatório e maior número de ninhos íntegros de amastigotas quando comparados com o grupo controle. Após estimulação de esplenócitos in vitro com Concanavalina A e α-CD3 observou-se que, quando incubados com a proteína contendo as repetições TcL7aRep, os linfócitos T CD4+, T CD8+ e linfócitos B CD19+ proliferaram menos do que os controles. Além disso, a incubação por 24 horas com a TcL7aRep antes do estímulo resultou em uma diminuição na expressão de moléculas de superfície importantes para a resposta imune adaptativa, tais como CD3, CD4, CD8 e CD25 em linfócitos do baço de camundongos não infectados. Nossos dados indicam portanto que os animais imunizados com TcL7aRep ou esplenócitos incubados in vitro com essa proteína apresentam uma resposta indicativa de imunossupressão, o que poderia explicar a maior susceptibilidade dos animais imunizados com a porção repetitiva da proteína à infecção pelo T. cruzi. Assim como estudos anteriores relacionando o papel de outras repetições presentes em antígenos do T. cruzi, como as repetições SAPA presentes nas transialidases, os dados desse trabalho corroboram a existência de mecanismos de imunossupressão causada por repetições presentes em antígenos do parasito como parte das estratégias desenvolvidas por esse patógeno que permitem sua sobrevivência no hospedeiro mamífero.
publishDate 2017
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-03-10
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-12-16T17:38:31Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-12-16T17:38:31Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/34524
url http://hdl.handle.net/1843/34524
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Imunologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICB - DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E IMUNOLOGIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34524/1/Diserta%c3%a7%c3%a3o%20mestrado%20Carlos%20A.%20Toro.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34524/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34524/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv cc2d24d98928049cf6b3e9d28272e008
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589439659704320