Colecistolitíase em pacientes submetidos à derivação gástrica em Y de Roux com anel: estudo prospectivo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rachid Guimaraes Nagem
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-96ZK9J
Resumo: INTRODUÇÃO: A obesidade cresce em ritmo alarmante e com ela o número de intervenções para tratá-Ia. Tanto a obesidade como o emagrecimento rápido se relacionam a formação de cálculos na vesícula biliar. A derivação gástrica em Y de Roux com anel (DGYA) é procedimento bastante dlfundido no tratamemto da obesidade, porém, com expressiva incidência de colecistolitíase (CL) no pós-operatório. Existem controvérsias em relação a abordagem da litíase nesses pacientes. Três condutas sobressaem-se: a preventiva defende a remoção de rotina da vesícula biliar duramte a derivação gástrica; a seletiva remove apenas vesículas com cálculos e a última propõe colecistectomia exclusivamente para pacientes com CL slntomátlca. Neste estudo avaliou-se a incidência global de CL após DGYA bem como a imcidêmcia de CL slntomática nesses pacientes. Procurou-se ainda identificar fatores preditores do desenvolvimento de cálculos na vesícula biliar após essa intervenção MÉTODO: Foi realizado um estudo prospectivo observacional em quarenta pacientes submetidos a DGYA por Iaparotomia. A casuística foi acompamhada com exame clínico, Iaboratorial (lipidograma) e ultrassomográflco com 6 meses, 1, 2 e 3 anos após a DGYA. Trinta e oito pacientes completaram o seguimento. Ao final do estudo esses pacientes foram divididos em dois grupos, os que formaram e os que não formaram cálculos, e os grupos foram comparados entre si com relação a gênero, ldade, índice de massa corpórea (IMC) e Iipidograma pré-operatórios, percentual de perda do excesso de IMC (%PEIMC) e Iipidograma pós-operatório. RESULTADOS: A incidência de CL após DGYA foi de 28,9% (11/38), a incidência de CL slntomática foi de 15,7% (6/38), não se evidenciaram fatores preditores do surgimento de cálculos nesses pacientes. A maior parte dos pacientes que formaram cálculos na vesícula biliar foi slntomática, alguns com complicações potencialmeete graves. CONCLUSÕES: A CL possui alta incidência após DGYA, ocorrendo basicamente nos dois primeiros anos do pós-oparatório. Gênero, idade, índice da massa corpórea (IMC) e Iipidograma pré-operatório, percentual de perdado excesso do IMC a Iipidograma apos 6 moses, 1 ano, 2 anos e 3 anos da intervenção não mostraram ser fatores preditores do desenvolvimento da CL nesses pacientes.
id UFMG_33acca44a45b732a01948f70a6cdc927
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-96ZK9J
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Alcino Lazaro da SilvaTulio Pinho NavarroCirenio de Almeida BarbosaArthur Belarmino Garrido JuniorCícero de Lima RenaRachid Guimaraes Nagem2019-08-10T23:38:12Z2019-08-10T23:38:12Z2012-10-22http://hdl.handle.net/1843/BUOS-96ZK9JINTRODUÇÃO: A obesidade cresce em ritmo alarmante e com ela o número de intervenções para tratá-Ia. Tanto a obesidade como o emagrecimento rápido se relacionam a formação de cálculos na vesícula biliar. A derivação gástrica em Y de Roux com anel (DGYA) é procedimento bastante dlfundido no tratamemto da obesidade, porém, com expressiva incidência de colecistolitíase (CL) no pós-operatório. Existem controvérsias em relação a abordagem da litíase nesses pacientes. Três condutas sobressaem-se: a preventiva defende a remoção de rotina da vesícula biliar duramte a derivação gástrica; a seletiva remove apenas vesículas com cálculos e a última propõe colecistectomia exclusivamente para pacientes com CL slntomátlca. Neste estudo avaliou-se a incidência global de CL após DGYA bem como a imcidêmcia de CL slntomática nesses pacientes. Procurou-se ainda identificar fatores preditores do desenvolvimento de cálculos na vesícula biliar após essa intervenção MÉTODO: Foi realizado um estudo prospectivo observacional em quarenta pacientes submetidos a DGYA por Iaparotomia. A casuística foi acompamhada com exame clínico, Iaboratorial (lipidograma) e ultrassomográflco com 6 meses, 1, 2 e 3 anos após a DGYA. Trinta e oito pacientes completaram o seguimento. Ao final do estudo esses pacientes foram divididos em dois grupos, os que formaram e os que não formaram cálculos, e os grupos foram comparados entre si com relação a gênero, ldade, índice de massa corpórea (IMC) e Iipidograma pré-operatórios, percentual de perda do excesso de IMC (%PEIMC) e Iipidograma pós-operatório. RESULTADOS: A incidência de CL após DGYA foi de 28,9% (11/38), a incidência de CL slntomática foi de 15,7% (6/38), não se evidenciaram fatores preditores do surgimento de cálculos nesses pacientes. A maior parte dos pacientes que formaram cálculos na vesícula biliar foi slntomática, alguns com complicações potencialmeete graves. CONCLUSÕES: A CL possui alta incidência após DGYA, ocorrendo basicamente nos dois primeiros anos do pós-oparatório. Gênero, idade, índice da massa corpórea (IMC) e Iipidograma pré-operatório, percentual de perdado excesso do IMC a Iipidograma apos 6 moses, 1 ano, 2 anos e 3 anos da intervenção não mostraram ser fatores preditores do desenvolvimento da CL nesses pacientes.INTRODUCTION: Obesity is growing at an alarming rate and so the number of operations to treat it. Both obesity and rapid weight loss are related to gallstone formation. Roux-en-Y gastric bypass with ring (RYGB) is a widespread bariatric procedure that carries significant incidence of postoperative cholecystolithiasis (CL). Controversy exists regarding the best approach to gallstones in these patients. Three therapeutic modalities stand out: the first one advocates prophylactic removal of allgallbladders during gastric bypass, the second one selectively removes only gallbladders with stones and the last one proposes cholecystectomy only for patients with symptomatic gallstones. In this study we evaluated the preoperative prevalence of gallstones in patients undergoing RYGB and its incidence after intervention. In addition we tried to identify predictors of its development and the proportion of symptomatic patients among those who formed gallstones. METHODS: It is a prospective, observational study on forty patients undergoing open RYGB. They werefollowed up with clinical exam, laboratory exams (lipid profile) and ultrasonography with 6 months, 1, 2 and 3 years after RYGB. Thirty-eight patients ended the follow up and were divided in two groups, those who formed and those who did not form gallstones. These groups were compared in relation to gender, age, body mass index (BMI), preoperative lipid profile, percentage of BMI loss and postoperative lipid profile. RESULTS: The incidence of CL after the intervention was 28.9% (11/38), the incidence of symptomatic CL was 15,7% (6/38), there was no evidence of predictive factors for CL in this study. Most of the patients who formed gallstones were symptomatic, some with potentially severe complications CONCLUSIONS: Cholecystolithiasis has high incidence after RYGB, occurring basically in the first two years postoperatively. Gender, age, BMI, preoperative lipid profile, PBIVIIL and postoperative lipid profile were not significantly related to CL.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGColesterol/sangueColecistolitíase/epidemiologiaColecistolitíase/cirurgiaÍndice de massa corporalDerivação gástrica/efeitos adversosComplicações pós-operatóriasTriglicerídeos/sangueDerivação gástrica/métodosPerda de pesoObesidadeCirurgiaPeso corporalColecistolitíase/cirurgiaProcedimentos cirúrgicos do sistema digestórioObesidadeDerivação gástricaColecistolitíase em pacientes submetidos à derivação gástrica em Y de Roux com anel: estudo prospectivoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_rachid_g._nagem.pdfapplication/pdf2991782https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-96ZK9J/1/tese_rachid_g._nagem.pdf44d8484b4cbfa816d269f9c1973f43efMD51TEXTtese_rachid_g._nagem.pdf.txttese_rachid_g._nagem.pdf.txtExtracted texttext/plain165046https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-96ZK9J/2/tese_rachid_g._nagem.pdf.txt46a7d51ff6331bad0d226bb050edcb7dMD521843/BUOS-96ZK9J2019-11-14 03:31:26.655oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-96ZK9JRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T06:31:26Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Colecistolitíase em pacientes submetidos à derivação gástrica em Y de Roux com anel: estudo prospectivo
title Colecistolitíase em pacientes submetidos à derivação gástrica em Y de Roux com anel: estudo prospectivo
spellingShingle Colecistolitíase em pacientes submetidos à derivação gástrica em Y de Roux com anel: estudo prospectivo
Rachid Guimaraes Nagem
Colecistolitíase/cirurgia
Procedimentos cirúrgicos do sistema digestório
Obesidade
Derivação gástrica
Colesterol/sangue
Colecistolitíase/epidemiologia
Colecistolitíase/cirurgia
Índice de massa corporal
Derivação gástrica/efeitos adversos
Complicações pós-operatórias
Triglicerídeos/sangue
Derivação gástrica/métodos
Perda de peso
Obesidade
Cirurgia
Peso corporal
title_short Colecistolitíase em pacientes submetidos à derivação gástrica em Y de Roux com anel: estudo prospectivo
title_full Colecistolitíase em pacientes submetidos à derivação gástrica em Y de Roux com anel: estudo prospectivo
title_fullStr Colecistolitíase em pacientes submetidos à derivação gástrica em Y de Roux com anel: estudo prospectivo
title_full_unstemmed Colecistolitíase em pacientes submetidos à derivação gástrica em Y de Roux com anel: estudo prospectivo
title_sort Colecistolitíase em pacientes submetidos à derivação gástrica em Y de Roux com anel: estudo prospectivo
author Rachid Guimaraes Nagem
author_facet Rachid Guimaraes Nagem
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Alcino Lazaro da Silva
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Tulio Pinho Navarro
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Cirenio de Almeida Barbosa
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Arthur Belarmino Garrido Junior
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Cícero de Lima Rena
dc.contributor.author.fl_str_mv Rachid Guimaraes Nagem
contributor_str_mv Alcino Lazaro da Silva
Tulio Pinho Navarro
Cirenio de Almeida Barbosa
Arthur Belarmino Garrido Junior
Cícero de Lima Rena
dc.subject.por.fl_str_mv Colecistolitíase/cirurgia
Procedimentos cirúrgicos do sistema digestório
Obesidade
Derivação gástrica
topic Colecistolitíase/cirurgia
Procedimentos cirúrgicos do sistema digestório
Obesidade
Derivação gástrica
Colesterol/sangue
Colecistolitíase/epidemiologia
Colecistolitíase/cirurgia
Índice de massa corporal
Derivação gástrica/efeitos adversos
Complicações pós-operatórias
Triglicerídeos/sangue
Derivação gástrica/métodos
Perda de peso
Obesidade
Cirurgia
Peso corporal
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Colesterol/sangue
Colecistolitíase/epidemiologia
Colecistolitíase/cirurgia
Índice de massa corporal
Derivação gástrica/efeitos adversos
Complicações pós-operatórias
Triglicerídeos/sangue
Derivação gástrica/métodos
Perda de peso
Obesidade
Cirurgia
Peso corporal
description INTRODUÇÃO: A obesidade cresce em ritmo alarmante e com ela o número de intervenções para tratá-Ia. Tanto a obesidade como o emagrecimento rápido se relacionam a formação de cálculos na vesícula biliar. A derivação gástrica em Y de Roux com anel (DGYA) é procedimento bastante dlfundido no tratamemto da obesidade, porém, com expressiva incidência de colecistolitíase (CL) no pós-operatório. Existem controvérsias em relação a abordagem da litíase nesses pacientes. Três condutas sobressaem-se: a preventiva defende a remoção de rotina da vesícula biliar duramte a derivação gástrica; a seletiva remove apenas vesículas com cálculos e a última propõe colecistectomia exclusivamente para pacientes com CL slntomátlca. Neste estudo avaliou-se a incidência global de CL após DGYA bem como a imcidêmcia de CL slntomática nesses pacientes. Procurou-se ainda identificar fatores preditores do desenvolvimento de cálculos na vesícula biliar após essa intervenção MÉTODO: Foi realizado um estudo prospectivo observacional em quarenta pacientes submetidos a DGYA por Iaparotomia. A casuística foi acompamhada com exame clínico, Iaboratorial (lipidograma) e ultrassomográflco com 6 meses, 1, 2 e 3 anos após a DGYA. Trinta e oito pacientes completaram o seguimento. Ao final do estudo esses pacientes foram divididos em dois grupos, os que formaram e os que não formaram cálculos, e os grupos foram comparados entre si com relação a gênero, ldade, índice de massa corpórea (IMC) e Iipidograma pré-operatórios, percentual de perda do excesso de IMC (%PEIMC) e Iipidograma pós-operatório. RESULTADOS: A incidência de CL após DGYA foi de 28,9% (11/38), a incidência de CL slntomática foi de 15,7% (6/38), não se evidenciaram fatores preditores do surgimento de cálculos nesses pacientes. A maior parte dos pacientes que formaram cálculos na vesícula biliar foi slntomática, alguns com complicações potencialmeete graves. CONCLUSÕES: A CL possui alta incidência após DGYA, ocorrendo basicamente nos dois primeiros anos do pós-oparatório. Gênero, idade, índice da massa corpórea (IMC) e Iipidograma pré-operatório, percentual de perdado excesso do IMC a Iipidograma apos 6 moses, 1 ano, 2 anos e 3 anos da intervenção não mostraram ser fatores preditores do desenvolvimento da CL nesses pacientes.
publishDate 2012
dc.date.issued.fl_str_mv 2012-10-22
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-10T23:38:12Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-10T23:38:12Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUOS-96ZK9J
url http://hdl.handle.net/1843/BUOS-96ZK9J
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-96ZK9J/1/tese_rachid_g._nagem.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-96ZK9J/2/tese_rachid_g._nagem.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 44d8484b4cbfa816d269f9c1973f43ef
46a7d51ff6331bad0d226bb050edcb7d
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589532975628288