Efeito do fulerol nas alterações inflamatórias associadas à mucosite e isquemia e reperfusão intestinal em camundongos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Raquel Duque do Nascimento
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9KWHCV
Resumo: A incidência de inflamação intestinal aumentou nas últimas décadas, principalmente nos países ocidentais. Vários estímulos podem levar a esse processo, no entanto, a inflamação resultante, quase sempre, converge para uma via final comum, na qual há resposta excessiva de célula T, infiltrado de neutrófilos e aumento da produção de citocinas e ROS. Visto que ROS participam da cascata inflamatória intestinal, grande atenção tem sido dada ao uso de compostos antioxidantes como forma de controlar a inflamação intestinal. Nesse contexto, analisamos como estratégia terapêutica, o fulerol, um nanocomposto com propriedades antioxidantes, em dois modelos: a mucosite induzida por Irinotecano e a isquemia e reperfusão intestinal (IRI) induzida por oclusão da artéria mesentérica superior. A mucosite é uma reação tóxica associada ao uso de quimioterápicos e é caracterizada por intenso processo inflamatório. Já a isquemia intestinal é uma emergência abdominal grave e a reperfusão sanguínea é a opção terapêutica necessária para restaurar as funções intestinais após isquemia. No entanto a reperfusão resulta em uma intensa resposta inflamatória. O fulerol protegeu contra neutropenia, atenuou a perda de peso e o encurtamento do intestino e diminuiu as lesões teciduais no modelo de mucosite. Essa melhora foi associada a um menor influxo de neutrófilos e eosinófilos, manutenção nos níveis de GSH e catalase e menor produção de IL-1. Já no modelo de IRI, o fulerol diminuiu o número de neutrófilos tanto no sangue quanto no intestino, diminuiu a permeabilidade vascular e as lesões teciduais e retardou a mortalidade. Essa melhora foi associada à menor concentração de CXCL-1 e, consequentemente, ao menor influxo de neutrófilos, que resultou em um processo inflamatório menos intenso com diminuição de citocinas pró-inflamatória, especialmente TNF-. Esses resultados nos permite concluir que o fulerol possui ação anti-inflamatória nos modelos de mucosite e IRI.
id UFMG_33fadb944011c6533e4a240648203c8f
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9KWHCV
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Danielle da Glória de SouzaRaquel Duque do Nascimento2019-08-09T17:16:13Z2019-08-09T17:16:13Z2011-10-26http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9KWHCVA incidência de inflamação intestinal aumentou nas últimas décadas, principalmente nos países ocidentais. Vários estímulos podem levar a esse processo, no entanto, a inflamação resultante, quase sempre, converge para uma via final comum, na qual há resposta excessiva de célula T, infiltrado de neutrófilos e aumento da produção de citocinas e ROS. Visto que ROS participam da cascata inflamatória intestinal, grande atenção tem sido dada ao uso de compostos antioxidantes como forma de controlar a inflamação intestinal. Nesse contexto, analisamos como estratégia terapêutica, o fulerol, um nanocomposto com propriedades antioxidantes, em dois modelos: a mucosite induzida por Irinotecano e a isquemia e reperfusão intestinal (IRI) induzida por oclusão da artéria mesentérica superior. A mucosite é uma reação tóxica associada ao uso de quimioterápicos e é caracterizada por intenso processo inflamatório. Já a isquemia intestinal é uma emergência abdominal grave e a reperfusão sanguínea é a opção terapêutica necessária para restaurar as funções intestinais após isquemia. No entanto a reperfusão resulta em uma intensa resposta inflamatória. O fulerol protegeu contra neutropenia, atenuou a perda de peso e o encurtamento do intestino e diminuiu as lesões teciduais no modelo de mucosite. Essa melhora foi associada a um menor influxo de neutrófilos e eosinófilos, manutenção nos níveis de GSH e catalase e menor produção de IL-1. Já no modelo de IRI, o fulerol diminuiu o número de neutrófilos tanto no sangue quanto no intestino, diminuiu a permeabilidade vascular e as lesões teciduais e retardou a mortalidade. Essa melhora foi associada à menor concentração de CXCL-1 e, consequentemente, ao menor influxo de neutrófilos, que resultou em um processo inflamatório menos intenso com diminuição de citocinas pró-inflamatória, especialmente TNF-. Esses resultados nos permite concluir que o fulerol possui ação anti-inflamatória nos modelos de mucosite e IRI.The incidence of intestinal inflammation has increased in the last decades, especially in Western countries. Various stimuli may lead to this process, although the resulting inflammation usually converges to a final common pathway, characterized by excessive T cell activation, neutrophil infiltration and increased production of cytokines and ROS. Taking into account that ROS participate in the intestinal inflammatory cascade, considerable attention has been given to the use of antioxidants as an approach to control intestinal inflammation. In this context, we analyzed the fullerol (a nanocomposite with antioxidant properties) as a therapeutic strategy in two models: Irinotecan-induced mucositis and intestinal ischemia-reperfusion injury (IRI) induced by occlusion of the superior mesenteric artery. Mucositis is a toxic response associated with chemotherapic use and is characterized by intense inflammatory process. The intestinal ischemia and reperfusion is a severe abdominal emergency and restoration of blood supply is therapeutic option to replenish bowel function after ischemia. However the reperfusion results in intense inflammatory response. The fullerol protected against neutropenia, attenuated weight loss and intestine shortening and decreased tissue damage in the mucositis model. This improvement was associated with decreased neutrophils and eosinophil influx, maintenance of GSH and catalase levels and decreased IL-1 production. In the IRI model, fullerol decreased neutrophil number in blood and in intestine, reduced vascular permeability, tissue damage and delayed mortality. This improvement was associated with diminished concentrations of CXCL-1 and, consequently, lower neutrophil influx, resulting in a less intense inflammatory process with reduction of proinflammatory cytokines, especially TNF-. These results led us to conclude that fullerol exerts anti-inflammatory activity in mucositis and IRI models.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGIsquemiaFulerolFisiologiaMucositeSistema gastrointestinalIntestinos Doenças inflamatóriasIrinotecanoROSIsquemiaAnti-inflamatórioFulerolReperfusãoMucositeInflamaçãoEfeito do fulerol nas alterações inflamatórias associadas à mucosite e isquemia e reperfusão intestinal em camundongosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALraquel_duque_disserta__o.pdfapplication/pdf538931https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9KWHCV/1/raquel_duque_disserta__o.pdfda456869e208ac7f6c29203363b17c2fMD51TEXTraquel_duque_disserta__o.pdf.txtraquel_duque_disserta__o.pdf.txtExtracted texttext/plain66520https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9KWHCV/2/raquel_duque_disserta__o.pdf.txtebd575f075245f9f0fc76e6f6d979565MD521843/BUOS-9KWHCV2019-11-14 11:41:05.341oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9KWHCVRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T14:41:05Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Efeito do fulerol nas alterações inflamatórias associadas à mucosite e isquemia e reperfusão intestinal em camundongos
title Efeito do fulerol nas alterações inflamatórias associadas à mucosite e isquemia e reperfusão intestinal em camundongos
spellingShingle Efeito do fulerol nas alterações inflamatórias associadas à mucosite e isquemia e reperfusão intestinal em camundongos
Raquel Duque do Nascimento
Irinotecano
ROS
Isquemia
Anti-inflamatório
Fulerol
Reperfusão
Mucosite
Inflamação
Isquemia
Fulerol
Fisiologia
Mucosite
Sistema gastrointestinal
Intestinos Doenças inflamatórias
title_short Efeito do fulerol nas alterações inflamatórias associadas à mucosite e isquemia e reperfusão intestinal em camundongos
title_full Efeito do fulerol nas alterações inflamatórias associadas à mucosite e isquemia e reperfusão intestinal em camundongos
title_fullStr Efeito do fulerol nas alterações inflamatórias associadas à mucosite e isquemia e reperfusão intestinal em camundongos
title_full_unstemmed Efeito do fulerol nas alterações inflamatórias associadas à mucosite e isquemia e reperfusão intestinal em camundongos
title_sort Efeito do fulerol nas alterações inflamatórias associadas à mucosite e isquemia e reperfusão intestinal em camundongos
author Raquel Duque do Nascimento
author_facet Raquel Duque do Nascimento
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Danielle da Glória de Souza
dc.contributor.author.fl_str_mv Raquel Duque do Nascimento
contributor_str_mv Danielle da Glória de Souza
dc.subject.por.fl_str_mv Irinotecano
ROS
Isquemia
Anti-inflamatório
Fulerol
Reperfusão
Mucosite
Inflamação
topic Irinotecano
ROS
Isquemia
Anti-inflamatório
Fulerol
Reperfusão
Mucosite
Inflamação
Isquemia
Fulerol
Fisiologia
Mucosite
Sistema gastrointestinal
Intestinos Doenças inflamatórias
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Isquemia
Fulerol
Fisiologia
Mucosite
Sistema gastrointestinal
Intestinos Doenças inflamatórias
description A incidência de inflamação intestinal aumentou nas últimas décadas, principalmente nos países ocidentais. Vários estímulos podem levar a esse processo, no entanto, a inflamação resultante, quase sempre, converge para uma via final comum, na qual há resposta excessiva de célula T, infiltrado de neutrófilos e aumento da produção de citocinas e ROS. Visto que ROS participam da cascata inflamatória intestinal, grande atenção tem sido dada ao uso de compostos antioxidantes como forma de controlar a inflamação intestinal. Nesse contexto, analisamos como estratégia terapêutica, o fulerol, um nanocomposto com propriedades antioxidantes, em dois modelos: a mucosite induzida por Irinotecano e a isquemia e reperfusão intestinal (IRI) induzida por oclusão da artéria mesentérica superior. A mucosite é uma reação tóxica associada ao uso de quimioterápicos e é caracterizada por intenso processo inflamatório. Já a isquemia intestinal é uma emergência abdominal grave e a reperfusão sanguínea é a opção terapêutica necessária para restaurar as funções intestinais após isquemia. No entanto a reperfusão resulta em uma intensa resposta inflamatória. O fulerol protegeu contra neutropenia, atenuou a perda de peso e o encurtamento do intestino e diminuiu as lesões teciduais no modelo de mucosite. Essa melhora foi associada a um menor influxo de neutrófilos e eosinófilos, manutenção nos níveis de GSH e catalase e menor produção de IL-1. Já no modelo de IRI, o fulerol diminuiu o número de neutrófilos tanto no sangue quanto no intestino, diminuiu a permeabilidade vascular e as lesões teciduais e retardou a mortalidade. Essa melhora foi associada à menor concentração de CXCL-1 e, consequentemente, ao menor influxo de neutrófilos, que resultou em um processo inflamatório menos intenso com diminuição de citocinas pró-inflamatória, especialmente TNF-. Esses resultados nos permite concluir que o fulerol possui ação anti-inflamatória nos modelos de mucosite e IRI.
publishDate 2011
dc.date.issued.fl_str_mv 2011-10-26
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-09T17:16:13Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-09T17:16:13Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9KWHCV
url http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9KWHCV
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9KWHCV/1/raquel_duque_disserta__o.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9KWHCV/2/raquel_duque_disserta__o.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv da456869e208ac7f6c29203363b17c2f
ebd575f075245f9f0fc76e6f6d979565
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589173328740352