O efeito moderador do dinamismo ambiental na relação entre estrutura de capital e rentabilidade de empresas brasileiras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Camila Teresa Martucheli
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/30296
Resumo: Em 2010, o Brasil experimentou um crescimento acelerado da economia e, na sequência, uma forte desaceleração em 2012. Na tentativa de impulsionar novamente o crescimento econômico, o governo brasileiro combinou desoneração tributária, depreciação da taxa nominal de câmbio e redução da taxa básica de juros. Porém, essa política não se sustentou por muito tempo e, em 2014, o Brasil entrou em grande recessão. Todas essas transformações alteraram, e continuam alterando, o ambiente em que as empresas brasileiras se inserem, fazendo com que os gestores se empenhem em criar estratégias de inovação para se posicionarem de maneira competitiva. Nesse contexto, as políticas de financiamento têm papel importante no sucesso das empresas, enquanto o dinamismo ambiental influencia a maneira como elas irão traçar suas estratégias. Em virtude dos riscos e das assimetrias de informação inerentes aos ambientes mais dinâmicos, segundo Simerly e Li (2000), empresas inseridas em ambientes com elevado grau de dinamismo tendem a ser menos endividadas, de modo a garantir melhor rentabilidade. Nesta pesquisa buscou-se analisar como o dinamismo ambiental age sobre a relação entre a estrutura de capital e a rentabilidade, ao investigar 148 empresas brasileiras de capital aberto distribuídas em 19 setores, entre os anos de 2013 a 2017. Os resultados evidenciam que os setores os quais mais se mostraram dinâmicos foram extração mineral, papel e celulose, e serviços de transporte e logística. Já os setores mais estáveis foram têxtil, comércio (atacado e varejo) e construção. O grau de endividamento médio das empresas brasileiras no período estudado foi de 30,14% e a rentabilidade média foi de -0,52%. Em relação ao efeito moderador do grau de dinamismo ambiental, ao contrário da hipótese inicial, baseada no estudo de Simerly e Li (2000), os resultados desta pesquisa demonstraram que empresas inseridas em ambientes dinâmicos tendem a ser mais endividadas, garantindo melhor rentabilidade. Tais resultados levam a sugerir que as empresas brasileiras tiveram sua estrutura de capital fortemente influenciada pelos fatores macroeconômicos, especialmente a política expansionista do governo brasileiro. Entre as principais contribuições deste estudo se destacam a articulação entre finanças e estratégia, permeada pelas peculiaridades do capitalismo brasileiro, as quais influenciam as decisões estratégicas sobre a estrutura de capital das empresas.
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Nesse contexto, as políticas de financiamento têm papel importante no sucesso das empresas, enquanto o dinamismo ambiental influencia a maneira como elas irão traçar suas estratégias. Em virtude dos riscos e das assimetrias de informação inerentes aos ambientes mais dinâmicos, segundo Simerly e Li (2000), empresas inseridas em ambientes com elevado grau de dinamismo tendem a ser menos endividadas, de modo a garantir melhor rentabilidade. Nesta pesquisa buscou-se analisar como o dinamismo ambiental age sobre a relação entre a estrutura de capital e a rentabilidade, ao investigar 148 empresas brasileiras de capital aberto distribuídas em 19 setores, entre os anos de 2013 a 2017. Os resultados evidenciam que os setores os quais mais se mostraram dinâmicos foram extração mineral, papel e celulose, e serviços de transporte e logística. Já os setores mais estáveis foram têxtil, comércio (atacado e varejo) e construção. O grau de endividamento médio das empresas brasileiras no período estudado foi de 30,14% e a rentabilidade média foi de -0,52%. Em relação ao efeito moderador do grau de dinamismo ambiental, ao contrário da hipótese inicial, baseada no estudo de Simerly e Li (2000), os resultados desta pesquisa demonstraram que empresas inseridas em ambientes dinâmicos tendem a ser mais endividadas, garantindo melhor rentabilidade. Tais resultados levam a sugerir que as empresas brasileiras tiveram sua estrutura de capital fortemente influenciada pelos fatores macroeconômicos, especialmente a política expansionista do governo brasileiro. Entre as principais contribuições deste estudo se destacam a articulação entre finanças e estratégia, permeada pelas peculiaridades do capitalismo brasileiro, as quais influenciam as decisões estratégicas sobre a estrutura de capital das empresas.In 2010 Brazilian economy lived an accelerated growth, but it suffered a great slowdown in 2012. In an attempt to boost economic growth again, the Brazilian government combined tax relief, depreciation of the nominal exchange rate and reduced the basic interest rate. But this policy was not sustained for long and, in 2014, Brazil entered in a great recession. All these changes have altered and continue to alter the environment in which Brazilian companies are inserted, driving managers to create innovative strategies to position them in a competitive way. In this context, financing policies play an important role in the success of companies, while environmental dynamism determines the way in which they will make their strategies. Due to the risks and asymmetries of information inherent to dynamic environments, according to Simerly and Li (2000), companies inserted in environments with a high degree of dynamism tend to be less indebted, in order to ensure better profitability. This research then sought to analyze how environmental dynamism affects the relationship between capital structure and profitability by investigating 148 Brazilian companies distributed in 19 (nineteen) sectors between the years of 2013 and 2017. The results showed mineral extraction as the most dynamic sector, followed by the paper sector and the transportation and logistics services sector. The most stable sector was textiles, followed by the commerce sector and the construction sector. The average level of leverage of Brazilian companies in the period studied was 30.14% and the average return was - 0.52%. In contrast to the initial hypothesis, based on the study by Simerly and Li (2000), the results of this research showed that companies inserted in dynamic environments tend to be more indebted, guaranteeing better profitability. These results lead us to suggest that Brazilian companies had their capital structure strongly influenced by macroeconomic factors, especially the expansionist policy of the Brazilian government. Among the main contributions of this study are the articulation between finance and strategy, permeated by the peculiarities of Brazilian capitalism, which influence the strategic decisions about the capital structure of companies.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em AdministraçãoUFMGBrasilClima organizacionalFinançasEstrutura de capitalDinamismo ambientalRentabilidadeArticulação finanças e estratégiaEndividamentoO efeito moderador do dinamismo ambiental na relação entre estrutura de capital e rentabilidade de empresas brasileirasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertacao_CamilaMartucheli_2019.pdfDissertacao_CamilaMartucheli_2019.pdfAbertoapplication/pdf1469573https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30296/1/Dissertacao_CamilaMartucheli_2019.pdfb2af4e9bc5b5e0bcf214febbdf1d6995MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30296/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD52TEXTDissertacao_CamilaMartucheli_2019.pdf.txtDissertacao_CamilaMartucheli_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain349191https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30296/3/Dissertacao_CamilaMartucheli_2019.pdf.txtbfd74dd8ad41294df76d285dec341fe5MD531843/302962019-11-14 12:29:17.943oai:repositorio.ufmg.br:1843/30296TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T15:29:17Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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