Centralidades urbanas : proposta de classificação com base nos fluxos de viagens em Belo Horizonte – MG

• Autor(a) principal: Luís Otávio Rocha Castilho
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/35570; https://orcid.org/0000-0003-0460-8294
• topic: Planejamento urbano; Planejamento de transportes; Centralidades; Mobilidade urbana; Cidades; Transportes; Planejamento urbano; Transportes - Planejamento; Centros urbanos; Mobilidade urbana; Cidades e vilas

Os espaços urbanos mundiais viram seus territórios e usos serem alterados pela imposição da lógica de acumulação capitalista e pelo advento da indústria, quando as cidades passaram a concentrar cada vez mais equipamentos e serviços, atraindo massas populacionais e incrementando o tecido urbano. É neste contexto que os centros urbanos passam a exercer importantes papéis na conformação das cidades, na medida em que abrigam e concentram equipamentos e serviços, passando também a convergir os fluxos, estabelecendo simbolismos perante sua importância e valorizando seu solo. Porém, a partir do crescimento urbano, pautado no incremento populacional e, especialmente no caso brasileiro, na expansão territorial, os deslocamentos em direção aos centros passam a ser dificultados, pelas crescentes distâncias e volume de pessoas. Outro ponto a se observar é que, com a valorização dos solos dos centros e com o crescimento territorial urbano, algumas atividades se dirigem a porções territoriais até então vazias, onde há oferta de terrenos com custos inferiores. Assim, aponta-se para a fomentação e manutenção de policentros, desconcentrando os equipamentos, serviços e atividades em mais de um local/centro, com potencial para redução das distâncias e tempos de deslocamentos, contribuindo para a melhoria da vida urbana. A acessibilidade e mobilidade urbanas, então, passam a exercer importante papel na medida em que propiciam o acesso às centralidades, apresentando potencial para auxiliar o processo de alteração dos usos urbanos. Portanto, pensar na acessibilidade e na mobilidade urbana, também é pensar na estrutura territorial urbana. Logo, torna-se possível identificar a estrutura territorial a partir da conformação e da disposição dos fluxos de viagens no espaço urbano, sendo esta a principal proposta do presente trabalho. Esta pesquisa está estruturada para desenvolver e aplicar uma proposta metodológica com vistas à classificação de centralidades, a partir de dados secundários de pesquisas governamentais e adequados para a realidade das grandes cidades brasileiras. Neste sentido, a primeira etapa é voltada para identificação das centralidades a partir de dois grupos de dados: econômicos e de fluxos. Esta primeira etapa serve de base para a segunda etapa, que visa classificar as centralidades com base nos fluxos de viagens no espaço urbano. A aplicação mostrou que a proposta metodológica é viável e retornou importantes dados que podem subsidiar as políticas públicas de planejamento urbano e de transportes.