Diversidade de borboletas frugívoras em arquipélago de florestas tropicais montanas

• Autor(a) principal: Geanne Carla Novais Pereira
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-ADXFBD
• topic: Serra do Cipó; Composição de espécies; Serra do Espinhaço; Campo rupestre; Diversidade beta; Lepidoptera; Metacomunidade; Biogeografia de ilhas; Cerrado; Mata Atlântica; Ecologia

O entendimento dos papéis dos fatores locais e regionais sobre as comunidades biológicas tem ganhado importância com o aumento da intensidade da mudança no uso do solo, fragmentação e aumento da proporção das florestas secundárias tropicais. Embora as borboletas já tenham sido estudadas em ilhas e em áreas artificialmente fragmentadas é possível que suas comunidades sofram distintos processos em ambientes naturalmente fragmentados. Assim, os efeitos de parâmetros ambientais locais e da paisagem sobre a comunidade de borboletas frugívoras foram descritos pela primeira vez em um arquipélago de ilhas florestais montanas associadas à Cadeia do Espinhaço no sudeste do Brasil. As borboletas foram coletadas com armadilha com isca em onze ilhas de vegetação, durante dois anos consecutivos, nas estações seca e chuvosa. Foram analisadas a influência local, da paisagem e da sazonalidade sobre a riqueza, abundância e composição de espécies também foi observada a decomposição da diversidade beta assim como sua partição temporal e espacial. Foram coletados 513 borboletas frugívoras pertencentes a 43 espécies. A espécie mais abundante foi Godartiana muscosa (Satyrinae), com 188 indivíduos. A riqueza e abundância das borboletas frugívoras foram maiores em ilhas com menor abertura do dossel, na estação seca, e menor cobertura de sub-bosque, na estação chuvosa. As métricas da paisagem não tiveram nenhum efeito sobre riqueza e a abundância de borboletas frugívoras. As composições de borboletas frugívoras dos arquipélagos florestais não se estruturaram ao acaso, apresentando dependência tanto de efeitos locais quanto da paisagem, sendo o mecanismo de turnover a principal fonte de variação de sua diversidade . Os parâmetros do habitat foram mais importantes que os da paisagem na estruturação das comunidades de borboletas do arquipélago florestal. Preservar todo o arquipélago de ilhas naturais é de grande importância para a manutenção da diversidade de borboletas frugívoras pois uma única ilha não reflete a diversidade encontrada em todo o arquipélago.