Aspectos morfofisiológicos da maturação sexual do salmão do Atlântico (Salmo Salar)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Michelle Carolina de Melo
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AA9F8M
Resumo: O ciclo de vida dos salmonídeos é complexo e composto de variadas estratégias de vida e esta complexidade se reflete na vida reprodutiva destes peixes. Na aquicultura, a puberdade precoce representa ainda o principal problema na criação comercial do salmão do Atlântico, emdecorrência dos consideráveis efeitos negativos desta condição no crescimento e bem-estar animal. O presente estudo teve como objetivos fornecer evidências morfofisiológicas acerca dos efeitos de fatores exógenos (fotoperíodo e salinidade) e endogénos (tratamento com esteróides sexuais) sobre os eixos neuroendócrinos que controlam o crescimento e a maturação sexual do salmão do Atlântico. Utilizando o modelo de maturação em salmão postsmolt observamos quediferentes fatores ambinetais modularam diferentes aspectos da espermatogênese, o que resultou numa ativação diferencial da hipófise e testículo, sendo a salinidade um fator estimulatório no início da puberdade e o fotoperíodo na fase final da espermatogênese. Estudando a participação dos esteróides sexuais na fase inicial da maturação sexual concluimos que elevados e constantes níveis plasmáticos de andrógenos estimularam diretamente a diferenciação espermatogonial em detrimento das espermatogônias indiferenciadas e que mecanismos regulatórios podem operar in vivo para impeder que os níveis de andrógenos circulantes mantenham-se elevados, em particular no que diz respeito à testosterona. O número aumentado de espermatogônias diferenciadas apresentou-se associado às alterações consistentes nos níveis de RNA mensageiro testicular para o hormônio anti-Mülleriano (amh) e fator de crescimento semelhante à insulina tipo-3 (igf3).
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