Aspectos epidemiológicos de hemoparasitoses caninas no Estado de Minas Gerais: utilização de métodos diretos, indiretos moleculares.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Livio Martins Costa Junior
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/SAGF-76KQ47
Resumo: RESUMOO objetivo deste trabalho foi estudar os aspectos epidemiológicos de hemoparasitoses caninas no Estado de Minas Gerais, utilizando métodos diretos, indiretos e moleculares. Durante a estação seca (Abril a Setembro) do ano de 2004 foram coletadas amostras sangüíneas e os ectoparasitos de 252 cães provenientes de áreas com características rurais do estado de Minas Gerais, sendo 100 cães da microrregião de Lavras, 102 cães da microrregião de Nanuque, e 50 cães da microrregião de Belo Horizonte. Após seis meses (Outubro a Março) correspondendo a estação chuvosa, realizou-se nova coleta sangüínea dos mesmos cães, sendo encontrado e coletado 71, 67, e 30 cães das microrregiões de Lavras, Belo Horizonte e Nanuque, respectivamente. Outras 100 amostras de sangue foram coletadas de cães dos centros urbanos, sendo 40 cães da microrregião Lavras, 40 cães da microrregião de Nanuque e 20 cães da microrregião de Belo Horizonte no período chuvoso. Reação de Imunofluorescência Indireta para Babesia canis e Ehrlichia canis foi realizada utilizando o plasma das amostras. O DNA do sangue foi extraído e PCR em tempo real para Babesia canis vogeli, B. canis rossi, B. canis canis, Ehrlichia canis e Anaplasma platys foi realizado, além da semi nested PCR realizado para o diagnóstico de B. gibsoni. Foi observado parasitando cães em áreas rurais das três regiões estudadas os carrapatos R. sanguineus, A. cajennense e B. microplus. Na região de Lavras além destas três espécies foi encontrado A. tigrinum e A. ovale. O carrapato mais prevalente foi A. cajennense, seguido de R. sanguineus e B. microplus. Foi observado uma maior prevalência de B. canis vogeli (através de RIFI e PCR em tempo real), E. canis (através de RIFI e PCR em tempo real) e A. platys (através de PCR em tempo real) em Nanuque e Belo Horizonte em comparação a prevalência encontrada na microrregião de Lavras, sugerindo haver diapausa do vetor e/ou interferência no desenvolvimento dos parasitos. Uma forte correlação entre a infestação por R. sanguineus e infecção por B. canis vogeli, E. canis e A. platys (PCR em tempo real) e A. cajennense e infecção por E. canis (RIFI e PCR em tempo real) e B. canis (RIFI) foi encontrada. Idade dos animais constitui um fator associado à infecção de B. canis e E. canis (RIFI) e animais de áreas rurais machos e SRD são mais expostos a E. canis (RIFI) do que fêmeas e cães de raça. Não encontramos nenhum animal infectado com B. gibsoni, e dentre as subespécies de B. canis apenas B. canis vogeli foi encontrada. Das seqüências de B. canis obtidas de produtos de PCR apenas uma seqüência de Nanuque e uma outra sequencia de Belo Horizonte tiveram 99% de identidade das seqüências de B. canis vogeli de áreas urbanas do Brasil, todas as outras seqüências obtidas tiveram 100% de identidade.
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