Demonstrativos no português brasileiro e no romeno: um estudo comparado em narrativas históricas e em peças teatrais de comédia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Eduardo Lacerda Faria Rocha
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/35944
https://orcid.org/0000-0002-0054-1793
Resumo: Este estudo apresenta uma análise comparativa acerca dos demonstrativos de duas línguas românicas – o português brasileiro e o romeno – sob o ponto de vista funcionalista da Linguística. Pretende-se, aqui, demonstrar mais detalhadamente o funcionamento do sistema de demonstrativos das duas línguas, estabelecendo relações entre ambas através de dados empíricos extraídos da análise de corpus. De acordo com pesquisas já realizadas por Câmara Jr. (1971), Pavani (1987), Roncarati (2003), Cambraia (2008, 2010, 2015), Marine (2005, 2009) e Ramalho (2016), a teoria dedicada pelas gramáticas tradicionais à categoria dos demonstrativos não parece dar conta de suas funções desempenhadas, já que fenômenos como a simplificação do uso das formas este/esse/aquele a apenas duas (binarismo) e o uso de adjunção adverbial vêm sendo verificados ao longo do tempo. Tais fatos justificam a busca por modelos teóricos que levem em conta os fatores internos e externos que ajudem a elucidar esses processos, embasando este estudo e, consequentemente, os dados coletados, razão pela qual optou-se pelo modelo tipológico-funcional de Givón (2001). Como corpus, analisam-se os gêneros textuais de comédia teatral e de narrativa histórica, levando em consideração os aspectos estilísticos de cada gênero. De modo a estabelecer um panorama diacrônico dos processos linguísticos envolvidos, as doze obras que compõem o corpus (seis do português brasileiro e seis do romeno) estão inseridas em três períodos distintos, estando o primeiro período de análise situado na segunda metade do século XIX, o seguinte, na primeira metade do século XX e, o último, na segunda metade do século XX. As 150 primeiras ocorrências de demonstrativos de cada texto foram categorizadas e analisadas através de critérios morfológicos, sintáticos, semânticos e pragmáticos, de modo a testar as hipóteses de pesquisa: o português brasileiro estaria caminhando para um sistema binário de demonstrativos, como já se verifica no RO; a forma F2 (esse e flexões) do PB seria mais utilizada no gênero textual teatral (padrão mais inovador) do que a forma F1 (este e flexões), da mesma forma que, no mesmo gênero, o uso de formas simples do RO (ăsta/ăla e flexões) seria mais frequente que as reforçadas (acest/acel e flexões); o comportamento do gênero gramatical neutro no sistema de demonstrativos seria diferente no PB e no RO, já que, no primeiro, o neutro se restringe a três formas (isto/isto/aquilo) e, no segundo, constitui-se um gênero gramatical pleno. Após análises e discussões, as hipóteses levantadas foram avaliadas e confirmadas, concluindo-se que, de fato, há uma mudança nos demonstrativos do PB em relação à simplificação do sistema ternário em binário, e esta mudança se revela mais evidente e avançada no gênero textual teatral, mais próximo da oralidade. No RO, o mesmo acontece com a frequência no uso de formas simples, utilizadas, geralmente, em contexto oral. Quanto ao neutro no PB e no RO, a frequência de demonstrativos com o gênero em questão se mostra diferente em cada língua, tanto em relação às funções por ele desempenhadas, quanto à frequência de uso.
id UFMG_3a86e9d355cbfe70e929ee51713e11df
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/35944
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling César Nardelli Cambraiahttp://lattes.cnpq.br/2115893286364349Evandro Landulfo Teixeira Paradela CunhaVictor Hugo Barbosa RamalhoSueli Maria CoelhoMário Eduardo Viarohttp://lattes.cnpq.br/3618412279457227Eduardo Lacerda Faria Rocha2021-05-11T20:08:02Z2021-05-11T20:08:02Z2021-04-15http://hdl.handle.net/1843/35944https://orcid.org/0000-0002-0054-1793Este estudo apresenta uma análise comparativa acerca dos demonstrativos de duas línguas românicas – o português brasileiro e o romeno – sob o ponto de vista funcionalista da Linguística. Pretende-se, aqui, demonstrar mais detalhadamente o funcionamento do sistema de demonstrativos das duas línguas, estabelecendo relações entre ambas através de dados empíricos extraídos da análise de corpus. De acordo com pesquisas já realizadas por Câmara Jr. (1971), Pavani (1987), Roncarati (2003), Cambraia (2008, 2010, 2015), Marine (2005, 2009) e Ramalho (2016), a teoria dedicada pelas gramáticas tradicionais à categoria dos demonstrativos não parece dar conta de suas funções desempenhadas, já que fenômenos como a simplificação do uso das formas este/esse/aquele a apenas duas (binarismo) e o uso de adjunção adverbial vêm sendo verificados ao longo do tempo. Tais fatos justificam a busca por modelos teóricos que levem em conta os fatores internos e externos que ajudem a elucidar esses processos, embasando este estudo e, consequentemente, os dados coletados, razão pela qual optou-se pelo modelo tipológico-funcional de Givón (2001). Como corpus, analisam-se os gêneros textuais de comédia teatral e de narrativa histórica, levando em consideração os aspectos estilísticos de cada gênero. De modo a estabelecer um panorama diacrônico dos processos linguísticos envolvidos, as doze obras que compõem o corpus (seis do português brasileiro e seis do romeno) estão inseridas em três períodos distintos, estando o primeiro período de análise situado na segunda metade do século XIX, o seguinte, na primeira metade do século XX e, o último, na segunda metade do século XX. As 150 primeiras ocorrências de demonstrativos de cada texto foram categorizadas e analisadas através de critérios morfológicos, sintáticos, semânticos e pragmáticos, de modo a testar as hipóteses de pesquisa: o português brasileiro estaria caminhando para um sistema binário de demonstrativos, como já se verifica no RO; a forma F2 (esse e flexões) do PB seria mais utilizada no gênero textual teatral (padrão mais inovador) do que a forma F1 (este e flexões), da mesma forma que, no mesmo gênero, o uso de formas simples do RO (ăsta/ăla e flexões) seria mais frequente que as reforçadas (acest/acel e flexões); o comportamento do gênero gramatical neutro no sistema de demonstrativos seria diferente no PB e no RO, já que, no primeiro, o neutro se restringe a três formas (isto/isto/aquilo) e, no segundo, constitui-se um gênero gramatical pleno. Após análises e discussões, as hipóteses levantadas foram avaliadas e confirmadas, concluindo-se que, de fato, há uma mudança nos demonstrativos do PB em relação à simplificação do sistema ternário em binário, e esta mudança se revela mais evidente e avançada no gênero textual teatral, mais próximo da oralidade. No RO, o mesmo acontece com a frequência no uso de formas simples, utilizadas, geralmente, em contexto oral. Quanto ao neutro no PB e no RO, a frequência de demonstrativos com o gênero em questão se mostra diferente em cada língua, tanto em relação às funções por ele desempenhadas, quanto à frequência de uso.This study presents a comparative analysis concerning the demonstratives of two Romance languages – Brazilian Portuguese and Romanian – according to the functionalist point of view of Linguistics. It is intended here to demonstrate in more details the functioning of the demonstratives’ system of both languages, establishing relations between them by collecting empirical data through the analysis of corpora. According to researches already conducted by Câmara Jr. (1971), Pavani (1987), Roncarati (2003), Cambraia (2008, 2010, 2015), Marine (2005, 2009) and Ramalho (2016), the theory dedicated to the category of demonstratives in traditional grammars does not seem to account for their actual performed functions, since phenomena such as the simplification of the use of the forms este/esse/aquele to only two forms (binarism) and the use of adverbial adjunction have been verified over time. These facts suggest the necessity to seek for theoretical models that take into account the internal and external factors which would help to elucidate these processes based on this study and, consequently, the collected data, which is the reason the typological-functional model of Givón (2001) was chosen. As corpora, the textual genres of theatrical comedy and historical narrative are analyzed, considering the stylistic aspects of each genre. In order to establish a diachronic panorama of the linguistic processes involved, the twelve texts comprised in the corpora (six of which in Brazilian Portuguese and six in Romanian) are separated by three distinct periods: the first period of analysis is situated in the second half of the 19th century; the following, in the first half of the 20th century; the last, in the second half of the 20th century. The first 150 occurrences of demonstratives from each text were categorized and analyzed under morphological, syntactic, semantic and pragmatic criteria, in order to test the research hypotheses: Brazilian Portuguese would be moving towards a binary system of demonstratives, as already verified in Romanian; the F2 form (esse and its inflexions) of the BP would be more common in the theatrical textual genre (more innovative standard) than the F1 form (este and its inflexions), in the same way that, in the same genre, the use of simple forms of the RO (ăsta/ăla and their inflexions) would be more frequent than the reinforced ones (acest/acel and their inflexions); the behavior of the neutral grammatical gender in the demonstratives’ system would be different in BP and RO, since, in the earlier, the neutral is restricted to three forms (isto/isso/aquilo) and, in the latter, it constitutes a full grammatical genre. After analysis and discussions, the raised hypotheses were evaluated and confirmed, concluding that, in fact, there is a change in the BP demonstratives in relation to the simplification from a ternary system to a binary one, and this change is more evident and efficient in the theatrical textual genre, which is closer to orality. In RO, the same happens with the frequency of simple forms, generally used in oral contexts. As for the neutral in BP and RO, the frequency of demonstratives with such grammatical gender is different in each language, both in relation to the functions performed by it and in frequency of use.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Estudos LinguísticosUFMGBrasilFALE - FACULDADE DE LETRASLíngua portuguesa – PronomesLíngua romena – PronomesFuncionalismo (Linguística)Mudanças linguísticasLíngua portuguesa – Gramática comparada a – RomenoLíngua romena – Gramática comparada – PortuguêsGramática comparada e geralDemonstrativosMudança linguísticaFuncionalismoPortuguês brasileiroRomenoDemonstrativos no português brasileiro e no romeno: um estudo comparado em narrativas históricas e em peças teatrais de comédiaDemonstratives in Brazilian Portuguese and Romanian: a comparative study in historical narratives and in comedy playsDemonstrative în portugheză braziliană și română: un studiu comparativ în narațiuni istorice și în piese de comedieinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese de Doutorado.pdfTese de Doutorado.pdfapplication/pdf3431936https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35944/2/Tese%20de%20Doutorado.pdf59370951e98afb7392a9074992538c41MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35944/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD531843/359442021-05-11 17:08:02.83oai:repositorio.ufmg.br:1843/35944TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-05-11T20:08:02Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Demonstrativos no português brasileiro e no romeno: um estudo comparado em narrativas históricas e em peças teatrais de comédia
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Demonstratives in Brazilian Portuguese and Romanian: a comparative study in historical narratives and in comedy plays
Demonstrative în portugheză braziliană și română: un studiu comparativ în narațiuni istorice și în piese de comedie
title Demonstrativos no português brasileiro e no romeno: um estudo comparado em narrativas históricas e em peças teatrais de comédia
spellingShingle Demonstrativos no português brasileiro e no romeno: um estudo comparado em narrativas históricas e em peças teatrais de comédia
Eduardo Lacerda Faria Rocha
Demonstrativos
Mudança linguística
Funcionalismo
Português brasileiro
Romeno
Língua portuguesa – Pronomes
Língua romena – Pronomes
Funcionalismo (Linguística)
Mudanças linguísticas
Língua portuguesa – Gramática comparada a – Romeno
Língua romena – Gramática comparada – Português
Gramática comparada e geral
title_short Demonstrativos no português brasileiro e no romeno: um estudo comparado em narrativas históricas e em peças teatrais de comédia
title_full Demonstrativos no português brasileiro e no romeno: um estudo comparado em narrativas históricas e em peças teatrais de comédia
title_fullStr Demonstrativos no português brasileiro e no romeno: um estudo comparado em narrativas históricas e em peças teatrais de comédia
title_full_unstemmed Demonstrativos no português brasileiro e no romeno: um estudo comparado em narrativas históricas e em peças teatrais de comédia
title_sort Demonstrativos no português brasileiro e no romeno: um estudo comparado em narrativas históricas e em peças teatrais de comédia
author Eduardo Lacerda Faria Rocha
author_facet Eduardo Lacerda Faria Rocha
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv César Nardelli Cambraia
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2115893286364349
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Evandro Landulfo Teixeira Paradela Cunha
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Victor Hugo Barbosa Ramalho
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Sueli Maria Coelho
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Mário Eduardo Viaro
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3618412279457227
dc.contributor.author.fl_str_mv Eduardo Lacerda Faria Rocha
contributor_str_mv César Nardelli Cambraia
Evandro Landulfo Teixeira Paradela Cunha
Victor Hugo Barbosa Ramalho
Sueli Maria Coelho
Mário Eduardo Viaro
dc.subject.por.fl_str_mv Demonstrativos
Mudança linguística
Funcionalismo
Português brasileiro
Romeno
topic Demonstrativos
Mudança linguística
Funcionalismo
Português brasileiro
Romeno
Língua portuguesa – Pronomes
Língua romena – Pronomes
Funcionalismo (Linguística)
Mudanças linguísticas
Língua portuguesa – Gramática comparada a – Romeno
Língua romena – Gramática comparada – Português
Gramática comparada e geral
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Língua portuguesa – Pronomes
Língua romena – Pronomes
Funcionalismo (Linguística)
Mudanças linguísticas
Língua portuguesa – Gramática comparada a – Romeno
Língua romena – Gramática comparada – Português
Gramática comparada e geral
description Este estudo apresenta uma análise comparativa acerca dos demonstrativos de duas línguas românicas – o português brasileiro e o romeno – sob o ponto de vista funcionalista da Linguística. Pretende-se, aqui, demonstrar mais detalhadamente o funcionamento do sistema de demonstrativos das duas línguas, estabelecendo relações entre ambas através de dados empíricos extraídos da análise de corpus. De acordo com pesquisas já realizadas por Câmara Jr. (1971), Pavani (1987), Roncarati (2003), Cambraia (2008, 2010, 2015), Marine (2005, 2009) e Ramalho (2016), a teoria dedicada pelas gramáticas tradicionais à categoria dos demonstrativos não parece dar conta de suas funções desempenhadas, já que fenômenos como a simplificação do uso das formas este/esse/aquele a apenas duas (binarismo) e o uso de adjunção adverbial vêm sendo verificados ao longo do tempo. Tais fatos justificam a busca por modelos teóricos que levem em conta os fatores internos e externos que ajudem a elucidar esses processos, embasando este estudo e, consequentemente, os dados coletados, razão pela qual optou-se pelo modelo tipológico-funcional de Givón (2001). Como corpus, analisam-se os gêneros textuais de comédia teatral e de narrativa histórica, levando em consideração os aspectos estilísticos de cada gênero. De modo a estabelecer um panorama diacrônico dos processos linguísticos envolvidos, as doze obras que compõem o corpus (seis do português brasileiro e seis do romeno) estão inseridas em três períodos distintos, estando o primeiro período de análise situado na segunda metade do século XIX, o seguinte, na primeira metade do século XX e, o último, na segunda metade do século XX. As 150 primeiras ocorrências de demonstrativos de cada texto foram categorizadas e analisadas através de critérios morfológicos, sintáticos, semânticos e pragmáticos, de modo a testar as hipóteses de pesquisa: o português brasileiro estaria caminhando para um sistema binário de demonstrativos, como já se verifica no RO; a forma F2 (esse e flexões) do PB seria mais utilizada no gênero textual teatral (padrão mais inovador) do que a forma F1 (este e flexões), da mesma forma que, no mesmo gênero, o uso de formas simples do RO (ăsta/ăla e flexões) seria mais frequente que as reforçadas (acest/acel e flexões); o comportamento do gênero gramatical neutro no sistema de demonstrativos seria diferente no PB e no RO, já que, no primeiro, o neutro se restringe a três formas (isto/isto/aquilo) e, no segundo, constitui-se um gênero gramatical pleno. Após análises e discussões, as hipóteses levantadas foram avaliadas e confirmadas, concluindo-se que, de fato, há uma mudança nos demonstrativos do PB em relação à simplificação do sistema ternário em binário, e esta mudança se revela mais evidente e avançada no gênero textual teatral, mais próximo da oralidade. No RO, o mesmo acontece com a frequência no uso de formas simples, utilizadas, geralmente, em contexto oral. Quanto ao neutro no PB e no RO, a frequência de demonstrativos com o gênero em questão se mostra diferente em cada língua, tanto em relação às funções por ele desempenhadas, quanto à frequência de uso.
publishDate 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-05-11T20:08:02Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-05-11T20:08:02Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-04-15
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/35944
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0002-0054-1793
url http://hdl.handle.net/1843/35944
https://orcid.org/0000-0002-0054-1793
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FALE - FACULDADE DE LETRAS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35944/2/Tese%20de%20Doutorado.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35944/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 59370951e98afb7392a9074992538c41
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589547989139456