Relações de amizade em meninos com transtorno de déficit de atenção /hiperatividade (TDAH)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Soraya da Silva Sena
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/TMCB-7WYKXB
Resumo: O TDAH é uma síndrome neurocomportamental caracterizada por padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade. A literatura internacional relata que os portadores de TDAH apresentam dificuldades de relacionamento com pares devido ao impacto dos sintomas sobre as relações interpessoais. No presente trabalho foram entrevistados 39 meninos de sete aos nove anos de idade e seus respectivos pais ou responsáveis. Desta amostra, 18 meninos integraram o Grupo Clínico (crianças com TDAH) e 21 integraram o Grupo Típico (crianças sem TDAH). Investigaram-se as relações de amizade destas crianças por meio de duas entrevistas semi-estruturadas sobre amizade, sendo uma para as crianças e a outra para seus pais. As crianças responderam, ainda, a Escala de Qualidade da Amizade, a qual busca informações sobre a melhor amizade do entrevistado. Todos os meninos da amostra indicaram a existência de, no mínimo, um amigo. A categoria de resposta Brincar foi a mais freqüente à questão sobre as condições da amizade em ambos os grupos. Houve divergência entre o relato dos pais e das crianças sobre as amizades destas. No Grupo Clínico, 17% dos pais negaram a existência de amigo do filho. No Grupo Típico, todos os meninos relataram reciprocidade da amizade. Porém, no Grupo Clínico, 17% dos meninos relataram não haver reciprocidade da amizade. Discute-se a possível alteração da percepção sobre as relações interpessoais entre os integrantes do Grupo Clínico. Aponta-se a diferença no conceito de amizade entre adultos e crianças como hipótese explicativa para a divergência de relato sobre as amizades entre os pais e os meninos entrevistados. Indica-se a necessidade de pesquisas futuras expandindo-se o número de participantes. Sugere-se, também, que sejam feitos estudos com adolescentes e adultos portadores de TDAH, de ambos os sexos. Com este estudo espera-se ter contribuído para o conhecimento científico das relações de amizade de portadores de TDAH.
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As crianças responderam, ainda, a Escala de Qualidade da Amizade, a qual busca informações sobre a melhor amizade do entrevistado. Todos os meninos da amostra indicaram a existência de, no mínimo, um amigo. A categoria de resposta Brincar foi a mais freqüente à questão sobre as condições da amizade em ambos os grupos. Houve divergência entre o relato dos pais e das crianças sobre as amizades destas. No Grupo Clínico, 17% dos pais negaram a existência de amigo do filho. No Grupo Típico, todos os meninos relataram reciprocidade da amizade. Porém, no Grupo Clínico, 17% dos meninos relataram não haver reciprocidade da amizade. Discute-se a possível alteração da percepção sobre as relações interpessoais entre os integrantes do Grupo Clínico. Aponta-se a diferença no conceito de amizade entre adultos e crianças como hipótese explicativa para a divergência de relato sobre as amizades entre os pais e os meninos entrevistados. Indica-se a necessidade de pesquisas futuras expandindo-se o número de participantes. Sugere-se, também, que sejam feitos estudos com adolescentes e adultos portadores de TDAH, de ambos os sexos. Com este estudo espera-se ter contribuído para o conhecimento científico das relações de amizade de portadores de TDAH.The ADHD is a neurobehavioral syndrome characterized by persistent pattern of inattention and / or hyperactivity-impulsivity. The international literature reports that individuals with ADHD have difficulties in relationships with peers due to the impact of symptoms on interpersonal relationships. In this study 39 children were interviewed from seven to nine years of age and their parents or guardians. This sample, 18 boys joined the Clinical Group (children with ADHD) and 21 joined the Group Typical (children without ADHD). Investigated the relationship of friendship for children through two semi-structured interviews on friendship, one for children and another for their parents. Also, the kids responded the Friendship Quality Scale, which seeks information on the best friend of the interviewee. All boys in the sample indicated the existence of at least one friend. The response category of "Play" was the most frequent question about the conditions of friendship in both groups. There was disagreement between the reports of parents and children on these friendships. In Clinical Group, 17% of parents denied the existence of the child's friend. In Group Typical, all the boys reported reciprocity of friendship. However, in the Clinical Group, 17% of boys reported no reciprocity of friendship. We discuss the possible change in the perception of interpersonal relationships between members of the Clinical Group. Note the difference in the concept of friendship between adults and children as a hypothesis for explaining the difference in reporting on the friendship between parents and children interviewed. Indicates the need for future research is expanding the number of participants. It is suggested, too, which made studies of adolescent and adult patientswith ADHD of both sexes. This study is expected to have contributed to the knowledge of friendly relations of individuals with ADHD.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGDistúrbio da falta de atenção com hiperatividadePsicologia infantilPsicologiaTDAHAmizadeHiperatividadeMeninosPsicologiaRelações de amizade em meninos com transtorno de déficit de atenção /hiperatividade (TDAH)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINAL2__parte_soraya_silva_sena.pdfapplication/pdf1145186https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/TMCB-7WYKXB/1/2__parte_soraya_silva_sena.pdf90eff07d3ca9f394db0ab120a4d92d4dMD51soraya_da_silva_sena.pdfapplication/pdf983372https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/TMCB-7WYKXB/2/soraya_da_silva_sena.pdf9abb5b1a490b239209b910a788b4d2cfMD52TEXT2__parte_soraya_silva_sena.pdf.txt2__parte_soraya_silva_sena.pdf.txtExtracted texttext/plain261296https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/TMCB-7WYKXB/3/2__parte_soraya_silva_sena.pdf.txt57a7a4b0d3075073fdb0e05afc1e4d9cMD53soraya_da_silva_sena.pdf.txtsoraya_da_silva_sena.pdf.txtExtracted texttext/plain9914https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/TMCB-7WYKXB/4/soraya_da_silva_sena.pdf.txtd94c1ccdf02473aafab5bfb3433cfb6cMD541843/TMCB-7WYKXB2019-11-14 17:01:37.204oai:repositorio.ufmg.br:1843/TMCB-7WYKXBRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T20:01:37Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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