Estudo da reversão da austenita em aço inoxidável martensítico-ferrítico para aplicação no setor de óleo e gás

• Autor(a) principal: Tatiane Augusta Almeida dos Santos
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9ZRH4W
• topic: Materiais e de Minas; Engenharia Metalúrgica; Engenharia metalúrgica

A evolução da microestrutura de um aço inoxidável bifásico com estrutura martensítico-ferrítica (AIMF) foi estudada durante o tratamento térmico de revenimento através de medições in situ das frações de fase por difração de raios X. Para a liga de AIMF o revenimento é realizado para ajuste das propriedades do material e assim como ocorre com as ligas de aço inoxidável Supermartensítico (AIS), este tratamento é realizado em temperaturas intercríticas. Excelentes combinações de propriedades mecânicas e resistência à corrosão podem ser obtidas com a estabilização da austenita formada durante o revenimento para aços que apresentam este fenômeno. A estabilidade da austenita revertida durante o tratamento depende da composição química, temperatura e tempo de encharque. Após o resfriamento, uma quantidade da austenita revertida pode se transformar novamente em martensita enquanto outra pode permanecer retida na estrutura. Para conhecer melhor o efeito da presença da austenita retida na nova liga desenvolvida de AIMF e assim verificar se é possível aperfeiçoar as propriedades deste material é essencial avaliar a sua evolução microestrutural durante o revenimento. Neste trabalho, a reversão da austenita em diferentes temperaturas e tempos de revenimento foi analisada através de difração de raios X in situ. As amostras foram também caracterizadas por microscopia óptica e eletrônica de varredura. As propriedades mecânicas após as diferentes condições de revenimento foram avaliadas em ensaios de tração, dureza e impacto. Foi observado que há uma temperatura crítica em que a austenita revertida se torna mais estável e não se transforma durante o resfriamento subsequente. Além da presença da austenita retida há também indícios de precipitação de outras fases as quais podem ter influenciado na queda da tenacidade do material.