A porção sul do Grupo Vazante entre Lagamar e Coromandel (MG): estratigrafia, geocronologia e fosfogênese neoproterozoica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carla Sofia de Sousa Marques
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/33910
Resumo: O Grupo Vazante (noroeste de Minas Gerais) representa uma sucessão pelítico-carbonática depositada durante o Meso-Neopreoterozoico entre a Faixa Brasília e o Cráton do São Francisco. Na porção sul desta unidade, entre Lagamar e Coromandel, a fase colisional da Faixa Brasília provocou uma inversão estratigráfica, colocando formações mais antigas meso-neoproterozoicas (formações Lagamar-Serra do Garrote) sobre as formações mais jovens neoproterozoicas (formações Santo Antônio do Bonito-Rocinha). A Formação Lagamar apresenta fácies carbonáticas relacionadas a um ambiente recifal: frente recifal (consiste em retrabalhamento dos carbonatos no talude), recife (estruturas estromatolíticas de recifes isolados) e recife interno (ambiente raso com alta salinidade protegido pela barreira recifal). Normalizando pelo PAAS, os ETR das amostras coletadas não seguem o padrão típico de carbonatos marinhos, mostrando características de uma plataforma com barreira, com ETRL/ETRP ≈ 1.0, anomalia de La, inexistência de anomalias de Ce e Gd, e as taxas de Y/Ho apresentando valores baixos (29-39). Nos perfis isotópicos, os valores de δ13C variam de -0,14 e 2,20‰, de δ18O de -9,82 a -3,18‰ mostrando uma homogeneidade de valores e sinal primário de 87Sr/86Sr em torno de 0.7068. Por sua vez, as unidades basais do Grupo Vazante, as Formações Santo Antônio do Bonito e Rocinha, apresentam registros estratigráficos diferentes e idades mais jovens que o restante do Grupo Vazante. Estas formações são constituídas por diamictitos, arenitos, pelitos e raros carbonatos, originados de uma sedimentação gravitacional subaquosa, formando um sistema deposicional de slope-apron. Os dados geocronológicos U-Pb em zircão detrítico indicam uma idade deposicional máxima neoproterozóica para ambas as formações (idade concordante mais jovem de 934 Ma ± 8) e a principal fonte de zircão é do Paleoproterozoico (principalmente Riaciano e Orosiriano) e Mesoproterozoico (Calimiano e Ectasiano), cujas proveniências são do Paleocontinente São Francisco. Esta sedimentação é relacionada com a formação glaciogênica Jequitaí (Grupo Bambuí). De leste para oeste, uma sedimentação glacial foi retrabalhada por processos gravitacionais, passando para um sistema de cunhas clásticas subaquosas na margem do Paleocontinente São Francisco. Os dados Sm-Nd também confirmam a correlação, sobretudo entre a Formação Santo Antônio do Bonito e a Formação Jequitaí, apresentando idades-modelo Paleoproterozoicas (TDM = 1.8 a 2.1 Ga). Devido ao predomínio de fácies grossas na Formação Santo Antônio do Bonito e ausência de feições glaciais, o retrabalhamento gravitacional foi o principal processo de deposição de diamictitos, provavelmente durante um período de degelo e elevação do nível do mar (estágio sin- a pós-glacial). Na Formação Rocinha o predomínio de fácies finas, maior número de zircões neoproterozoicos e TDM mais jovens indicam sedimentação durante um estágio pós-glacial, com importante mudança de proveniência. Os depósitos de fosfato sedimentar do Grupo Vazante são descritos e comparados. O depósito de Coromandel (basal), assim como Rocinha e Lagamar (topo), são relacionados a um grande evento de fosfogênese transgressivo pós-glacial. O enriquecimento em fosfato ocorre em ritmitos (fosfoarenitos ricos em intraclastos com granulometria areia fina/média, fluorapatitas e matriz criptocritalina), enriquecidos, posteriormente, por processos supergênicos, formando wavellita nas fraturas.
id UFMG_3eeac7fc80396c653514788252544ef5
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/33910
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Alexandre Uhleinhttp://lattes.cnpq.br/5469401481966047Gabriel Jubé Uhleinhttp://lattes.cnpq.br/6376386862172669Fabrício de Andrade CaxitoAndré Danderfer FilhoCarlos José Souza de AlvarengaJoseneusa Brilhante Rodrigueshttp://lattes.cnpq.br/6833489686672268Carla Sofia de Sousa Marques2020-08-04T17:02:40Z2020-08-04T17:02:40Z2019-12-16http://hdl.handle.net/1843/33910O Grupo Vazante (noroeste de Minas Gerais) representa uma sucessão pelítico-carbonática depositada durante o Meso-Neopreoterozoico entre a Faixa Brasília e o Cráton do São Francisco. Na porção sul desta unidade, entre Lagamar e Coromandel, a fase colisional da Faixa Brasília provocou uma inversão estratigráfica, colocando formações mais antigas meso-neoproterozoicas (formações Lagamar-Serra do Garrote) sobre as formações mais jovens neoproterozoicas (formações Santo Antônio do Bonito-Rocinha). A Formação Lagamar apresenta fácies carbonáticas relacionadas a um ambiente recifal: frente recifal (consiste em retrabalhamento dos carbonatos no talude), recife (estruturas estromatolíticas de recifes isolados) e recife interno (ambiente raso com alta salinidade protegido pela barreira recifal). Normalizando pelo PAAS, os ETR das amostras coletadas não seguem o padrão típico de carbonatos marinhos, mostrando características de uma plataforma com barreira, com ETRL/ETRP ≈ 1.0, anomalia de La, inexistência de anomalias de Ce e Gd, e as taxas de Y/Ho apresentando valores baixos (29-39). Nos perfis isotópicos, os valores de δ13C variam de -0,14 e 2,20‰, de δ18O de -9,82 a -3,18‰ mostrando uma homogeneidade de valores e sinal primário de 87Sr/86Sr em torno de 0.7068. Por sua vez, as unidades basais do Grupo Vazante, as Formações Santo Antônio do Bonito e Rocinha, apresentam registros estratigráficos diferentes e idades mais jovens que o restante do Grupo Vazante. Estas formações são constituídas por diamictitos, arenitos, pelitos e raros carbonatos, originados de uma sedimentação gravitacional subaquosa, formando um sistema deposicional de slope-apron. Os dados geocronológicos U-Pb em zircão detrítico indicam uma idade deposicional máxima neoproterozóica para ambas as formações (idade concordante mais jovem de 934 Ma ± 8) e a principal fonte de zircão é do Paleoproterozoico (principalmente Riaciano e Orosiriano) e Mesoproterozoico (Calimiano e Ectasiano), cujas proveniências são do Paleocontinente São Francisco. Esta sedimentação é relacionada com a formação glaciogênica Jequitaí (Grupo Bambuí). De leste para oeste, uma sedimentação glacial foi retrabalhada por processos gravitacionais, passando para um sistema de cunhas clásticas subaquosas na margem do Paleocontinente São Francisco. Os dados Sm-Nd também confirmam a correlação, sobretudo entre a Formação Santo Antônio do Bonito e a Formação Jequitaí, apresentando idades-modelo Paleoproterozoicas (TDM = 1.8 a 2.1 Ga). Devido ao predomínio de fácies grossas na Formação Santo Antônio do Bonito e ausência de feições glaciais, o retrabalhamento gravitacional foi o principal processo de deposição de diamictitos, provavelmente durante um período de degelo e elevação do nível do mar (estágio sin- a pós-glacial). Na Formação Rocinha o predomínio de fácies finas, maior número de zircões neoproterozoicos e TDM mais jovens indicam sedimentação durante um estágio pós-glacial, com importante mudança de proveniência. Os depósitos de fosfato sedimentar do Grupo Vazante são descritos e comparados. O depósito de Coromandel (basal), assim como Rocinha e Lagamar (topo), são relacionados a um grande evento de fosfogênese transgressivo pós-glacial. O enriquecimento em fosfato ocorre em ritmitos (fosfoarenitos ricos em intraclastos com granulometria areia fina/média, fluorapatitas e matriz criptocritalina), enriquecidos, posteriormente, por processos supergênicos, formando wavellita nas fraturas.The Vazante Group (northwest of Minas Gerais) represents a pelitic-carbonate succession deposited during the Meso-Neopreoterozoic between the Brasília Belt and the São Francisco Craton. In its southern portion, between Lagamar and Coromandel towns, the collisional phase of the Brasília Belt was responsible for stratigraphic inversion, placing the older meso-neoproterozoic Lagamar-Serra do Garrote formations over the younger neoproterozoic Santo Antônio do Bonito-Rocinha formations. The Lagamar Formation presents carbonate facies related to a reef environment: fore reef (carbonate reworking along a slope), reef (stromatolytic structures in isolated reefs) and back reef (shallow environment with high salinity protected by the reef barrier). Normalizing by PAAS, the REE data from the collected samples do not follow the typical pattern of marine carbonates, showing LREE/HREE ≈ 1.0, positive La anomaly, absence of Ce and Gd anomalies and low Y/Ho ratios at 29-39. The isotopic data showed δ13C values ranging from -0.14 and 2.20‰, and δ18O from -9.82 to -3.18‰ showing homogeneity of values and primary signature of 87Sr/86Sr around 0.7068. The basal units of the Vazante Group, the Santo Antônio do Bonito and Rocinha formations, present different stratigraphic records and younger ages than the remaining of the Vazante Group. These units are characterized by diamictites, sandstones, pelites and rare carbonates originated from a subaqueous gravitational sedimentation, composing a slope-apron system. U-Pb geochronological data from detrital zircon grains indicate a neoproterozoic maximum depositional age for both formations (934 ± 8 Ma) and main source of zircons from Paleoproterozoic (mainly Rhyacian and Orosirian) to Mesoproterozoic (Calymmian and Ectasian), whose provenances are from the São Francisco Paleocontinent. This sedimentation is correlated to the glaciogenic Jequitaí Formation (Bambuí Group). From east to west, the glacial sediments were reworked by gravitational processes, moving to a slope-apron system on the margin of the São Francisco Paleocontinent. The Sm-Nd data also confirm this similarity, especially between the Santo Antônio do Bonito Formation and Jequitaí formations, with paleoproterozoic model ages (TDM = 1.8 to 2.1 Ga). Due to the complete absence of ice-rafted debris within fine-grained sediments in the Santo Antônio do Bonito Formation, the gravitational reworking was the main process of diamictites deposition, probably during a period of ice retreat and sea level rise (syn to post-glacial stage). The Rocinha Formation presents more fine-grained lithotypes, increase of neoproterozoic zircons and younger TDM ages, indicating sedimentation during a post-glacial stage and with a significant provenance change. Sedimentary phosphate deposits from the Vazante Group are described and compared. The Coromandel deposit (basal), as well as Rocinha and Lagamar (top), are related to a large phosphogenetic postglacial transgressive event. The phosphate enrichment occurs in rhythms (phosphoarenites rich in fine/medium intraclasts, fluorapatites and cryptocrystaline matrix), later enriched by supergenic processes, forming wavellite in fractures.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em GeologiaUFMGBrasilIGC - DEPARTAMENTO DE GEOLOGIAGeologia – Minas Gerais –Geologia estratigráfica – TesesTempo geológico – TesesNeoproterozoicoSlope-apronU-PbSm-NdFosforito sedimentarA porção sul do Grupo Vazante entre Lagamar e Coromandel (MG): estratigrafia, geocronologia e fosfogênese neoproterozoicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_grvazante_sofiamarques.pdftese_grvazante_sofiamarques.pdfapplication/pdf11725804https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33910/1/tese_grvazante_sofiamarques.pdf6e1496c7fef69f4274b52df282dd9ec5MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33910/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/339102020-08-04 14:02:40.96oai:repositorio.ufmg.br:1843/33910TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-08-04T17:02:40Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A porção sul do Grupo Vazante entre Lagamar e Coromandel (MG): estratigrafia, geocronologia e fosfogênese neoproterozoica
title A porção sul do Grupo Vazante entre Lagamar e Coromandel (MG): estratigrafia, geocronologia e fosfogênese neoproterozoica
spellingShingle A porção sul do Grupo Vazante entre Lagamar e Coromandel (MG): estratigrafia, geocronologia e fosfogênese neoproterozoica
Carla Sofia de Sousa Marques
Neoproterozoico
Slope-apron
U-Pb
Sm-Nd
Fosforito sedimentar
Geologia – Minas Gerais –
Geologia estratigráfica – Teses
Tempo geológico – Teses
title_short A porção sul do Grupo Vazante entre Lagamar e Coromandel (MG): estratigrafia, geocronologia e fosfogênese neoproterozoica
title_full A porção sul do Grupo Vazante entre Lagamar e Coromandel (MG): estratigrafia, geocronologia e fosfogênese neoproterozoica
title_fullStr A porção sul do Grupo Vazante entre Lagamar e Coromandel (MG): estratigrafia, geocronologia e fosfogênese neoproterozoica
title_full_unstemmed A porção sul do Grupo Vazante entre Lagamar e Coromandel (MG): estratigrafia, geocronologia e fosfogênese neoproterozoica
title_sort A porção sul do Grupo Vazante entre Lagamar e Coromandel (MG): estratigrafia, geocronologia e fosfogênese neoproterozoica
author Carla Sofia de Sousa Marques
author_facet Carla Sofia de Sousa Marques
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Alexandre Uhlein
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5469401481966047
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Gabriel Jubé Uhlein
dc.contributor.advisor-co2.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6376386862172669
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Fabrício de Andrade Caxito
dc.contributor.referee2.fl_str_mv André Danderfer Filho
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Carlos José Souza de Alvarenga
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Joseneusa Brilhante Rodrigues
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6833489686672268
dc.contributor.author.fl_str_mv Carla Sofia de Sousa Marques
contributor_str_mv Alexandre Uhlein
Gabriel Jubé Uhlein
http://lattes.cnpq.br/6376386862172669
Fabrício de Andrade Caxito
André Danderfer Filho
Carlos José Souza de Alvarenga
Joseneusa Brilhante Rodrigues
dc.subject.por.fl_str_mv Neoproterozoico
Slope-apron
U-Pb
Sm-Nd
Fosforito sedimentar
topic Neoproterozoico
Slope-apron
U-Pb
Sm-Nd
Fosforito sedimentar
Geologia – Minas Gerais –
Geologia estratigráfica – Teses
Tempo geológico – Teses
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Geologia – Minas Gerais –
Geologia estratigráfica – Teses
Tempo geológico – Teses
description O Grupo Vazante (noroeste de Minas Gerais) representa uma sucessão pelítico-carbonática depositada durante o Meso-Neopreoterozoico entre a Faixa Brasília e o Cráton do São Francisco. Na porção sul desta unidade, entre Lagamar e Coromandel, a fase colisional da Faixa Brasília provocou uma inversão estratigráfica, colocando formações mais antigas meso-neoproterozoicas (formações Lagamar-Serra do Garrote) sobre as formações mais jovens neoproterozoicas (formações Santo Antônio do Bonito-Rocinha). A Formação Lagamar apresenta fácies carbonáticas relacionadas a um ambiente recifal: frente recifal (consiste em retrabalhamento dos carbonatos no talude), recife (estruturas estromatolíticas de recifes isolados) e recife interno (ambiente raso com alta salinidade protegido pela barreira recifal). Normalizando pelo PAAS, os ETR das amostras coletadas não seguem o padrão típico de carbonatos marinhos, mostrando características de uma plataforma com barreira, com ETRL/ETRP ≈ 1.0, anomalia de La, inexistência de anomalias de Ce e Gd, e as taxas de Y/Ho apresentando valores baixos (29-39). Nos perfis isotópicos, os valores de δ13C variam de -0,14 e 2,20‰, de δ18O de -9,82 a -3,18‰ mostrando uma homogeneidade de valores e sinal primário de 87Sr/86Sr em torno de 0.7068. Por sua vez, as unidades basais do Grupo Vazante, as Formações Santo Antônio do Bonito e Rocinha, apresentam registros estratigráficos diferentes e idades mais jovens que o restante do Grupo Vazante. Estas formações são constituídas por diamictitos, arenitos, pelitos e raros carbonatos, originados de uma sedimentação gravitacional subaquosa, formando um sistema deposicional de slope-apron. Os dados geocronológicos U-Pb em zircão detrítico indicam uma idade deposicional máxima neoproterozóica para ambas as formações (idade concordante mais jovem de 934 Ma ± 8) e a principal fonte de zircão é do Paleoproterozoico (principalmente Riaciano e Orosiriano) e Mesoproterozoico (Calimiano e Ectasiano), cujas proveniências são do Paleocontinente São Francisco. Esta sedimentação é relacionada com a formação glaciogênica Jequitaí (Grupo Bambuí). De leste para oeste, uma sedimentação glacial foi retrabalhada por processos gravitacionais, passando para um sistema de cunhas clásticas subaquosas na margem do Paleocontinente São Francisco. Os dados Sm-Nd também confirmam a correlação, sobretudo entre a Formação Santo Antônio do Bonito e a Formação Jequitaí, apresentando idades-modelo Paleoproterozoicas (TDM = 1.8 a 2.1 Ga). Devido ao predomínio de fácies grossas na Formação Santo Antônio do Bonito e ausência de feições glaciais, o retrabalhamento gravitacional foi o principal processo de deposição de diamictitos, provavelmente durante um período de degelo e elevação do nível do mar (estágio sin- a pós-glacial). Na Formação Rocinha o predomínio de fácies finas, maior número de zircões neoproterozoicos e TDM mais jovens indicam sedimentação durante um estágio pós-glacial, com importante mudança de proveniência. Os depósitos de fosfato sedimentar do Grupo Vazante são descritos e comparados. O depósito de Coromandel (basal), assim como Rocinha e Lagamar (topo), são relacionados a um grande evento de fosfogênese transgressivo pós-glacial. O enriquecimento em fosfato ocorre em ritmitos (fosfoarenitos ricos em intraclastos com granulometria areia fina/média, fluorapatitas e matriz criptocritalina), enriquecidos, posteriormente, por processos supergênicos, formando wavellita nas fraturas.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-12-16
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-08-04T17:02:40Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-08-04T17:02:40Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/33910
url http://hdl.handle.net/1843/33910
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Geologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv IGC - DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33910/1/tese_grvazante_sofiamarques.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33910/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 6e1496c7fef69f4274b52df282dd9ec5
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589442330427392