Critérios para o diagnóstico clínico de crianças respiradoras orais na atenção básica de saúde
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-97XKEZ |
Resumo: | A respiração oral tem elevada prevalência em crianças, mas o diagnóstico etiológico é limitado pelo difícil acesso a exames complementares. Esse estudo objetivou determinar critérios para o diagnóstico clínico de crianças respiradoras orais, na atenção básica desaúde, com idade entre dois e 13 anos, residentes no município de Cedro do Abaeté MG. Trata-se de estudo populacional com amostra constituída pela totalidade da população alvo. Foram estudadas 221 crianças residentes no município, cuja população é de 1.203 habitantes. Os responsáveis pelas crianças responderam a questionário socioeconômico e ambiental. Procedeu-se a entrevista e exame pediátrico direcionado ao diagnóstico de respiração oral, sendo solicitada endoscopia nasal, teste alérgico cutâneo e exame radiológico do cavum. Como 19 crianças (8,6%) não completaram todos os exames solicitados, a população final foi constituída por 202 crianças (91,4%).Os dados foram analisados utilizando-se o programa SPSS na versão 10.5. Determinou-se valor-p, sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo, curva ROC e teste Kappa. Este foi realizado com o objetivo de analisar a concordância entre a endoscopia nasal e o exame físico, no que diz respeito a hipertrofia de conchas nasais (75,75%), hipertrofia de amígdalas (81,6%) e desvios obstrutivos do septo nasal (91,7%). A maioria das crianças foi do sexo masculino (52,0%) com média de idade de 8,4 anos. Determinou-se a prevalência da respiração oral em 59,4%. As frequências em porcentagem, sensibilidade e VPP das principais manifestações clínicas do respirador oral foram: obstrução nasal - 64,1, 68,67 e 76,87, prurido nasal - 61,4, 67,33 e 81,45, dormir com a boca aberta - 54,0, 57,33 e 78,90 e roncar - 49,5, 54,0 e 81,0. Quanto às alterações ao exame físico os valores foram: aumento das conchas nasais - 84,2, 83,33 e 73,96, palato em ogiva - 81,7, 82,0 e 74,55, ausência de selamento labial - 52,0, 54,67 e 78,10 e alterações torácicas - 44,1, 48,67 e 82,02. As frequências das principais causas da respiração oral foram: rinite alérgica (68,8%), aumento de adenoides (18,8%), aumento de amígdalas (10,9%) e desvio obstrutivo do septo nasal (6,9%), todas com valor-p < 0,001. A frequência da limpeza da casa e o tempo de uso do colchão foram significativos, (p = 0,018 e 0,015 respectivamente). O diagnóstico da respiração oral é clínico e cabe ao pediatra fazer anamnese e exame físico detalhado, valorizando os sinais e sintomas para o diagnóstico precoce. |
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Regina Lunardi RochaJoel Alves LamounierJoel Alves LamounierElaine Alvarenga de Almeida CarvalhoMaria Jussara Fernandes FontesRicardo Neves GodinhoPérsio Roxo JúniorRubens Rafael Abreu2019-08-12T19:53:25Z2019-08-12T19:53:25Z2013-03-01http://hdl.handle.net/1843/BUOS-97XKEZA respiração oral tem elevada prevalência em crianças, mas o diagnóstico etiológico é limitado pelo difícil acesso a exames complementares. Esse estudo objetivou determinar critérios para o diagnóstico clínico de crianças respiradoras orais, na atenção básica desaúde, com idade entre dois e 13 anos, residentes no município de Cedro do Abaeté MG. Trata-se de estudo populacional com amostra constituída pela totalidade da população alvo. Foram estudadas 221 crianças residentes no município, cuja população é de 1.203 habitantes. Os responsáveis pelas crianças responderam a questionário socioeconômico e ambiental. Procedeu-se a entrevista e exame pediátrico direcionado ao diagnóstico de respiração oral, sendo solicitada endoscopia nasal, teste alérgico cutâneo e exame radiológico do cavum. Como 19 crianças (8,6%) não completaram todos os exames solicitados, a população final foi constituída por 202 crianças (91,4%).Os dados foram analisados utilizando-se o programa SPSS na versão 10.5. Determinou-se valor-p, sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo, curva ROC e teste Kappa. Este foi realizado com o objetivo de analisar a concordância entre a endoscopia nasal e o exame físico, no que diz respeito a hipertrofia de conchas nasais (75,75%), hipertrofia de amígdalas (81,6%) e desvios obstrutivos do septo nasal (91,7%). A maioria das crianças foi do sexo masculino (52,0%) com média de idade de 8,4 anos. Determinou-se a prevalência da respiração oral em 59,4%. As frequências em porcentagem, sensibilidade e VPP das principais manifestações clínicas do respirador oral foram: obstrução nasal - 64,1, 68,67 e 76,87, prurido nasal - 61,4, 67,33 e 81,45, dormir com a boca aberta - 54,0, 57,33 e 78,90 e roncar - 49,5, 54,0 e 81,0. Quanto às alterações ao exame físico os valores foram: aumento das conchas nasais - 84,2, 83,33 e 73,96, palato em ogiva - 81,7, 82,0 e 74,55, ausência de selamento labial - 52,0, 54,67 e 78,10 e alterações torácicas - 44,1, 48,67 e 82,02. As frequências das principais causas da respiração oral foram: rinite alérgica (68,8%), aumento de adenoides (18,8%), aumento de amígdalas (10,9%) e desvio obstrutivo do septo nasal (6,9%), todas com valor-p < 0,001. A frequência da limpeza da casa e o tempo de uso do colchão foram significativos, (p = 0,018 e 0,015 respectivamente). O diagnóstico da respiração oral é clínico e cabe ao pediatra fazer anamnese e exame físico detalhado, valorizando os sinais e sintomas para o diagnóstico precoce.Oral breathing has a high prevalence in children, but the etiological diagnosis is limited by difficult access to complementary exams. This study aimed to determine criteria for clinical diagnosis, in the primary level of health care, of oral breathing in children between two and 13 years old, residents of Cedro do Abaeté MG. Its a population study with sample constituted by the totality of the target population. Were part of the study 221 children residing in the town, whose population is composed by 1,203 inhabitants. Those responsible for the children answered a social-economic-environmental questionnaire. The children were led to the interview and pediatrics examination directed to the diagnosis of oral breathing, and nasal endoscopy, allergic skin test and cavum radiography were requested. Since 19 children (8.6%) didn´t complete all solicited exams, the sample was made of 202 children (91.4%). The data were analyzed with the SPSS program, 10.5 version. P-value, sensitivity, specificity, positive predictive value, negative predictive value, ROC curve and kappa test were determined. The latter aimed to evaluate the concordance between nasal endoscopy and clinical examination regarding hypertrophy of nasal turbinates (75.75%), tonsilar hypertrophy (81.6%) and nasal septum obstructive deviation (91.7%). Most children were male (52.0%), with a mean age of 8.4 years. The prevalence of oral breathing was 59.4%. The main clinical manifestations frequency, sensitivity and PPV were, in percentage: nasal obstruction 64.1, 68.67 and 76.87, itching nose 61.4, 67.33 and 81.45, sleeping with open mouth 54.0, 57.33 and 78.90, and snoring 49.5, 54.0 and 81.0. Regarding the main alterations found in the clinical examination, the numbers were: hypertrophy of nasal turbinates 84.2, 83.33 and 73.96, ogival palate 81.7, 82.0 and 74.55, non-sealing of the lips 52.0, 54.67 and 78.10, and thoracic alterations 44.1, 48.67 and 82.02. The main causes of oral breathing were: allergic rhinitis (68.8%), adenoid hypertrophy (18.8%), tonsilar hypertrophy (10.9%) and nasal septum obstructive deviation (6.9%), all of them with p-value < 0.001. The frequency of cleaning the house and time of use of the mattress were significant (p = 0.018 and 0.015 respectively). The diagnosis of oral breathing is clinical, and it is up to the pediatrician to perform anamnesis and a detailed clinical examination valuing the signs and symptoms for an early diagnosis.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGPopulação urbanaHipertrofiaRespiração bucal/epidemiologiaRinite/diagnósticoFatores socioeconômicosAmigdala/anormalidadesFatores de riscoSepto nasal/anormalidadesObstrução nasalAdenóides/anormalidadesPré-escolarEstudos populacionais em saúde públicaSaúde da criançaCriançaPediatriaAdenoidesRinite alérgicaTonsilaSepto nasalPré-escolarRespiração bucalSaúde da criançaAdolescenteCritérios para o diagnóstico clínico de crianças respiradoras orais na atenção básica de saúdeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_rubens.pdfapplication/pdf2037516https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-97XKEZ/1/tese_rubens.pdf892c8c572d85a805c5e4121a714a7031MD51TEXTtese_rubens.pdf.txttese_rubens.pdf.txtExtracted texttext/plain174190https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-97XKEZ/2/tese_rubens.pdf.txtba9a0644d036e6b177b987bc810f7f92MD521843/BUOS-97XKEZ2019-11-14 19:43:40.089oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-97XKEZRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T22:43:40Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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A respiração oral tem elevada prevalência em crianças, mas o diagnóstico etiológico é limitado pelo difícil acesso a exames complementares. Esse estudo objetivou determinar critérios para o diagnóstico clínico de crianças respiradoras orais, na atenção básica desaúde, com idade entre dois e 13 anos, residentes no município de Cedro do Abaeté MG. Trata-se de estudo populacional com amostra constituída pela totalidade da população alvo. Foram estudadas 221 crianças residentes no município, cuja população é de 1.203 habitantes. Os responsáveis pelas crianças responderam a questionário socioeconômico e ambiental. Procedeu-se a entrevista e exame pediátrico direcionado ao diagnóstico de respiração oral, sendo solicitada endoscopia nasal, teste alérgico cutâneo e exame radiológico do cavum. Como 19 crianças (8,6%) não completaram todos os exames solicitados, a população final foi constituída por 202 crianças (91,4%).Os dados foram analisados utilizando-se o programa SPSS na versão 10.5. Determinou-se valor-p, sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo, curva ROC e teste Kappa. Este foi realizado com o objetivo de analisar a concordância entre a endoscopia nasal e o exame físico, no que diz respeito a hipertrofia de conchas nasais (75,75%), hipertrofia de amígdalas (81,6%) e desvios obstrutivos do septo nasal (91,7%). A maioria das crianças foi do sexo masculino (52,0%) com média de idade de 8,4 anos. Determinou-se a prevalência da respiração oral em 59,4%. As frequências em porcentagem, sensibilidade e VPP das principais manifestações clínicas do respirador oral foram: obstrução nasal - 64,1, 68,67 e 76,87, prurido nasal - 61,4, 67,33 e 81,45, dormir com a boca aberta - 54,0, 57,33 e 78,90 e roncar - 49,5, 54,0 e 81,0. Quanto às alterações ao exame físico os valores foram: aumento das conchas nasais - 84,2, 83,33 e 73,96, palato em ogiva - 81,7, 82,0 e 74,55, ausência de selamento labial - 52,0, 54,67 e 78,10 e alterações torácicas - 44,1, 48,67 e 82,02. As frequências das principais causas da respiração oral foram: rinite alérgica (68,8%), aumento de adenoides (18,8%), aumento de amígdalas (10,9%) e desvio obstrutivo do septo nasal (6,9%), todas com valor-p < 0,001. A frequência da limpeza da casa e o tempo de uso do colchão foram significativos, (p = 0,018 e 0,015 respectivamente). O diagnóstico da respiração oral é clínico e cabe ao pediatra fazer anamnese e exame físico detalhado, valorizando os sinais e sintomas para o diagnóstico precoce. |
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