Associação entre determinantes sociais da saúde e dentição funcional em adultos de 35 a 44 anos

• Autor(a) principal: Loliza Chalub Luiz Figueiredo
• Data de Publicação: 2012
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ZMRO-8XGHUM
• topic: Dentição; Condições sociais Epidemiologia; Dentição; Fatores epidemiológicos; Condições sociais; Dentição permanente; Indice CPO; Saúde bucal; Fatores socioeconômicos; Odontologia

Este estudo visa identificar os determinantes sociais da saúde associados à dentição funcional em adultos de 35 a 44 anos residentes de municípios metropolitanos. Trata-se de um estudo do tipo transversal analítico cuja amostragem por conglomerados obteve uma amostra de 831 adultos residentes em municípios metropolitanos de Minas Gerais. O sorteio de cinco entre 33 municípios foi realizado, seguido do sorteio dos setores censitários e das quadras. Todos os domicílios foram visitados e os adultos, que consentiram em participar da pesquisa, foram examinados por cinco pesquisadores previamente calibrados (kappainter=0,88; kappaintra=0,85), entre maio e dezembro de 2010. O índice CPO-D foi utilizado para os exames dos dentes e em seguida realizadas entrevistas. A contagem dos dentes Perdidos por cada participante gerou o desfecho dentição funcional (presença de 20 ou mais dentes na boca). As associações entre esta condição e os determinantes sociais da saúde proximais (estilo de vida, características demográficas); intermediários (escolaridade, renda, condição de habitação, acesso a serviços); e distais (fatores contextuais característicos dos municípios taxa de analfabetismo, renda média, taxa de exodontia, nº de dentistas/1000 hab, anos de fluoretação das águas, índice FIRJAN de desenvolvimento municipal) foram testadas através de regressão logística e análise multinível no STATA®11.0. A idade média dos participantes foi de 39,4 ±3,2 anos e a renda familiar per capita média, R$419,50. Mulheres, pardos e casados, compuseram a maioria da amostra (67,75%, 56,27% e 71,15%, respectivamente). A presença de dentição funcional mostrou-se frequente entre os adultos da amostra (80,78%). Determinantes Sociais da Saúde proximais e intermediários demonstraram associação com a dentição funcional. A análise multinível não encontrou associação significativa entre os determinantes distais e o desfecho. Homens, mais jovens, com renda >R$440,00, com no mínimo curso superior, que utilizam fio dental, que preferem alimentos salgados e cujo motivo da consulta odontológica não foi exodontia ou prótese, tiveram maior chance de ter dentição funcional. Os resultados indicam que a dentição funcional está associada a condições sociodemográficas, ao estilo de vida dos adultos e o uso dos serviços.