Interação vírus-hospedeiro: a ativação de componentes da via de resposta a proteínas mal dobradas (UPR) pelos Vaccinia virus Guarani P1 (GP1V) e Passatempo (PSTV)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Karine Lima Lourenço
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/35737
https://orcid.org/0000-0001-6090-4253
Resumo: A família Poxviridae possui representantes mundialmente conhecidos que infectam uma gama de hospedeiros vertebrados e invertebrados, incluindo os seres humanos. Os poxvírus são divididos em duas subfamílias, a Entomopoxvirinae, a qual inclui os poxvírus que infectam insetos, e a Chordopoxvirinae, que compreende os poxvírus que infectam vertebrados. A subfamília Chordopoxvirinae possui atualmente dezoito gêneros, e o gênero Orthopoxvirus está entre os mais estudados. Desde 1999 o Vaccinia virus (VACV) tem sido relacionado a surtos envolvendo seres humanos, bovinos, equinos e outros animais. A partir de diversos estudos realizados por pesquisadores brasileiros, os isolados de VACV brasileiros (VACVbr) foram divididos em dois grupos: grupo 1 (menos virulento em modelos de infecção murina), grupo 2 (mais virulento em modelos de infecção murina). A multiplicação dos poxvírus está intimamente relacionada ao reticulo endoplasmático (RE), e as fabricas virais produzidas durante a replicação são envoltas por suas membranas. Além disso, a obtenção da conformação tridimensional correta de proteínas ocorre em sua maioria no lúmen do RE. Por consequência, esta organela é capaz de responder a perturbações ocasionadas pelo acúmulo de proteínas mal dobradas, levando ao processamento adequado dessas proteínas ou até a morte celular programada, através da via de resposta a proteínas mal-dobradas (Unfolded Protein Response – UPR). Esta via possui três sensores principais, que incluem as proteínas ATF6, IRE1 e PERK. A via UPR tem papel crucial na resposta imune, relacionando-se com a maturação e diferenciação de células imunitárias, além da produção de citocinas. Sendo assim, a modulação da via UPR teria papel importante na resposta imune do hospedeiro pela infecção por poxvírus. Neste trabalho, investigamos os efeitos da infecção pelos isolados de VACV brasileiros Guarani P1 virus (GP1V) e Passatempo virus (PSTV), sobre a ativação dos sensores da via UPR em comparação ao VACV Western Reserve protótipo do gênero. Os ensaios de gene repórter nos mostraram a ativação de ATF6 após a infecção pelos VACVbr. Nas curvas de ciclo único e múltiplos ciclos não foi possível observar diferença na produtividade desses vírus na ausência ou presença de ATF6; entretanto por fenótipo de placa é possível observar que nas células ATF6-WT as placas de lise são menores quando comparadas com as placas formadas nas células ATF6-KO. Através do ensaio de RFLP verificamos que a infecção pelos três vírus analisados modula negativamente o processamento do mRNA de XBP1, alvo de IRE1. A avaliação do fenótipo de placa na presença dos inibidores do domínio cinase e Rnase de IRE1, nos mostrou diminuição da placa de lise dos VACV-Br na presença do inibidor do domínio cinase. Curvas de ciclo único em células MEF-WT e PERK-KO não nos mostraram diferença na produtividade dos vírus GP1V, PSTV e WR, contudo os ensaios de fenótipo de placa nos mostraram placas de lise maiores nas células PERK-KO quando comparadas as formadas nas células MEF-WT. As curvas de ciclo único realizadas na presença do inibidor de BiP não nos mostraram diferença na produtividade dos VACV-Br, entretanto no ensaio de fenótipo de placa é possível observar placas de lise de tamanho menor nos poços tratados com o inibidor. Ensaios de qPCR mostraram que a infecção pelos vírus GP1V, PSTV e WR regula a expressão de genes responsivos a via UPR. Concluindo, ATF6 parece ter papel importante durante a infecção dos VACV-Br; os três vírus multiplicaram eficientemente nas células deficientes para o sensor PERK e o domínio cinase de IRE1 tem papel importante na replicação dos vírus GP1V, PSTV e WR.
id UFMG_4359bfb56332d0c268d9c2297c20757f
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/35737
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Flávio Guimarães da Fonsecahttp://lattes.cnpq.br/4028759481820525Thiago Lima LeãoJônatas Santos AbrahãoAlexandre de Magalhaes Vieira MachadoBreno de Mello SilvaLeonardo Camilo de Oliveirahttp://lattes.cnpq.br/6305976188909906Karine Lima Lourenço2021-04-16T18:06:50Z2021-04-16T18:06:50Z2021-01-26http://hdl.handle.net/1843/35737https://orcid.org/0000-0001-6090-4253A família Poxviridae possui representantes mundialmente conhecidos que infectam uma gama de hospedeiros vertebrados e invertebrados, incluindo os seres humanos. Os poxvírus são divididos em duas subfamílias, a Entomopoxvirinae, a qual inclui os poxvírus que infectam insetos, e a Chordopoxvirinae, que compreende os poxvírus que infectam vertebrados. A subfamília Chordopoxvirinae possui atualmente dezoito gêneros, e o gênero Orthopoxvirus está entre os mais estudados. Desde 1999 o Vaccinia virus (VACV) tem sido relacionado a surtos envolvendo seres humanos, bovinos, equinos e outros animais. A partir de diversos estudos realizados por pesquisadores brasileiros, os isolados de VACV brasileiros (VACVbr) foram divididos em dois grupos: grupo 1 (menos virulento em modelos de infecção murina), grupo 2 (mais virulento em modelos de infecção murina). A multiplicação dos poxvírus está intimamente relacionada ao reticulo endoplasmático (RE), e as fabricas virais produzidas durante a replicação são envoltas por suas membranas. Além disso, a obtenção da conformação tridimensional correta de proteínas ocorre em sua maioria no lúmen do RE. Por consequência, esta organela é capaz de responder a perturbações ocasionadas pelo acúmulo de proteínas mal dobradas, levando ao processamento adequado dessas proteínas ou até a morte celular programada, através da via de resposta a proteínas mal-dobradas (Unfolded Protein Response – UPR). Esta via possui três sensores principais, que incluem as proteínas ATF6, IRE1 e PERK. A via UPR tem papel crucial na resposta imune, relacionando-se com a maturação e diferenciação de células imunitárias, além da produção de citocinas. Sendo assim, a modulação da via UPR teria papel importante na resposta imune do hospedeiro pela infecção por poxvírus. Neste trabalho, investigamos os efeitos da infecção pelos isolados de VACV brasileiros Guarani P1 virus (GP1V) e Passatempo virus (PSTV), sobre a ativação dos sensores da via UPR em comparação ao VACV Western Reserve protótipo do gênero. Os ensaios de gene repórter nos mostraram a ativação de ATF6 após a infecção pelos VACVbr. Nas curvas de ciclo único e múltiplos ciclos não foi possível observar diferença na produtividade desses vírus na ausência ou presença de ATF6; entretanto por fenótipo de placa é possível observar que nas células ATF6-WT as placas de lise são menores quando comparadas com as placas formadas nas células ATF6-KO. Através do ensaio de RFLP verificamos que a infecção pelos três vírus analisados modula negativamente o processamento do mRNA de XBP1, alvo de IRE1. A avaliação do fenótipo de placa na presença dos inibidores do domínio cinase e Rnase de IRE1, nos mostrou diminuição da placa de lise dos VACV-Br na presença do inibidor do domínio cinase. Curvas de ciclo único em células MEF-WT e PERK-KO não nos mostraram diferença na produtividade dos vírus GP1V, PSTV e WR, contudo os ensaios de fenótipo de placa nos mostraram placas de lise maiores nas células PERK-KO quando comparadas as formadas nas células MEF-WT. As curvas de ciclo único realizadas na presença do inibidor de BiP não nos mostraram diferença na produtividade dos VACV-Br, entretanto no ensaio de fenótipo de placa é possível observar placas de lise de tamanho menor nos poços tratados com o inibidor. Ensaios de qPCR mostraram que a infecção pelos vírus GP1V, PSTV e WR regula a expressão de genes responsivos a via UPR. Concluindo, ATF6 parece ter papel importante durante a infecção dos VACV-Br; os três vírus multiplicaram eficientemente nas células deficientes para o sensor PERK e o domínio cinase de IRE1 tem papel importante na replicação dos vírus GP1V, PSTV e WR.The Poxviridae family has globally recognized members that infect a range of vertebrate and invertebrate hosts that includes humans. Poxviruses are classified into two subfamilies: the Entomopoxvirinae comprises poxviruses that infect insects, while the Choropoxvirinae includes the ones that infect vertebrates. The subfamily Chordopoxvirinae currently contains eighteen genera and the genus Orthopoxvirus is one of the most investigated. Since 1999, the Vaccinia virus (VACV) has been reported in outbreaks involving humans, cattle and horses, among other animals. Brazilian VACV isolates (VACV-Br) are divided into two groups based on their virulence in mice infections: group 1 (less virulent) and group 2 (more virulent). Poxviruses multiplication is connected to the endoplasmic reticulum (ER) at the level that viral factories produced during replication are enveloped by their membranes. Moreover, the protein folding to achieve their correct three- dimensional conformation occurs mostly in the ER lumen. As a consequence, ER can respond to disturbances caused by the accumulation of unfolded proteins, leading to adequate processing of these proteins or even programmed cell death, through the unfolded protein response (UPR) pathway. This pathway has three main sensors, which include the ATF6, IRE1 and PERK proteins. This pathway is essential in the immune response, leading to the maturation and differentiation of immune cells and the production of cytokines. Therefore, the modulation of the UPR pathway could play an important role in the immune response triggered by poxviruses infection. In this project, we investigated the effects of the infection of VACV isolates Guarani P1 virus (GP1V) and Passatempo virus (PSTV), on the activation of UPR pathways in mouse embryo fibroblasts cells (MEFs). Reporter gene assays showed us the activation of ATF6 following VACVbr infection. In one-step / multi-step growth it was not possible to observe differences in the productivity of these viruses in the absence or presence of ATF6, however, in the plaque phenotype, it is possible to observe that in ATF6-WT cells the lysis plates are smaller when compared to the plates formed in the ATF6-KO cells. Through the RFLP assay, we verified that infection by the three analyzed viruses negatively modulates to the processing of the XBP1mRNA. The evaluation of the plaque phenotype in the presence of the IRE1 kinase and Rnase domain inhibitors showed us a decrease in the VACV-Br lysis plaque in the presence of the kinase domain inhibitor. One step curves in MEF-WT and PERK-KO cells showed no difference in GP1V, PSTV, and WR virus yield, however, plaque phenotype assays showed larger lysis plates in PERK-KO cells when compared to those formed in MEF-WT cells. The one-step curves performed in the presence of the BiP inhibitor showed no difference in VACV-Br productivity, however, in the plaque phenotype, it is possible to observe smaller size lysis plates in the wells treated with the inhibitor. qPCR assays have shown that infection with GP1V, PSTV and WR viruses regulates the expression of genes responsive to the UPR pathway. In conclusion, ATF6 seems to have an important role during VACV-Br infection. The three viruses efficiently multiplied in cells deficient for the PERK sensor. The IRE1 kinase domain plays an important role in the replication of GP1V, PSTV and WR viruses.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoFAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em MicrobiologiaUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIAMicrobiologiaInfecções por poxviridaeVírus vacciniaResposta a proteínas não dobradasVACVGP1VPSTVWRUPRInteração vírus-hospedeiro: a ativação de componentes da via de resposta a proteínas mal dobradas (UPR) pelos Vaccinia virus Guarani P1 (GP1V) e Passatempo (PSTV)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35737/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD52ORIGINALKarine_TESE_VERSÃO BIBLIOTECA ok.pdfKarine_TESE_VERSÃO BIBLIOTECA ok.pdfapplication/pdf4904623https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35737/3/Karine_TESE_VERS%c3%83O%20BIBLIOTECA%20ok.pdf254791abee7a1c5851d0565ae394473aMD531843/357372021-04-16 17:05:18.522oai:repositorio.ufmg.br:1843/35737TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-04-16T20:05:18Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Interação vírus-hospedeiro: a ativação de componentes da via de resposta a proteínas mal dobradas (UPR) pelos Vaccinia virus Guarani P1 (GP1V) e Passatempo (PSTV)
title Interação vírus-hospedeiro: a ativação de componentes da via de resposta a proteínas mal dobradas (UPR) pelos Vaccinia virus Guarani P1 (GP1V) e Passatempo (PSTV)
spellingShingle Interação vírus-hospedeiro: a ativação de componentes da via de resposta a proteínas mal dobradas (UPR) pelos Vaccinia virus Guarani P1 (GP1V) e Passatempo (PSTV)
Karine Lima Lourenço
VACV
GP1V
PSTV
WR
UPR
Microbiologia
Infecções por poxviridae
Vírus vaccinia
Resposta a proteínas não dobradas
title_short Interação vírus-hospedeiro: a ativação de componentes da via de resposta a proteínas mal dobradas (UPR) pelos Vaccinia virus Guarani P1 (GP1V) e Passatempo (PSTV)
title_full Interação vírus-hospedeiro: a ativação de componentes da via de resposta a proteínas mal dobradas (UPR) pelos Vaccinia virus Guarani P1 (GP1V) e Passatempo (PSTV)
title_fullStr Interação vírus-hospedeiro: a ativação de componentes da via de resposta a proteínas mal dobradas (UPR) pelos Vaccinia virus Guarani P1 (GP1V) e Passatempo (PSTV)
title_full_unstemmed Interação vírus-hospedeiro: a ativação de componentes da via de resposta a proteínas mal dobradas (UPR) pelos Vaccinia virus Guarani P1 (GP1V) e Passatempo (PSTV)
title_sort Interação vírus-hospedeiro: a ativação de componentes da via de resposta a proteínas mal dobradas (UPR) pelos Vaccinia virus Guarani P1 (GP1V) e Passatempo (PSTV)
author Karine Lima Lourenço
author_facet Karine Lima Lourenço
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Flávio Guimarães da Fonseca
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4028759481820525
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Thiago Lima Leão
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Jônatas Santos Abrahão
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Alexandre de Magalhaes Vieira Machado
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Breno de Mello Silva
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Leonardo Camilo de Oliveira
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6305976188909906
dc.contributor.author.fl_str_mv Karine Lima Lourenço
contributor_str_mv Flávio Guimarães da Fonseca
Thiago Lima Leão
Jônatas Santos Abrahão
Alexandre de Magalhaes Vieira Machado
Breno de Mello Silva
Leonardo Camilo de Oliveira
dc.subject.por.fl_str_mv VACV
GP1V
PSTV
WR
UPR
topic VACV
GP1V
PSTV
WR
UPR
Microbiologia
Infecções por poxviridae
Vírus vaccinia
Resposta a proteínas não dobradas
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Microbiologia
Infecções por poxviridae
Vírus vaccinia
Resposta a proteínas não dobradas
description A família Poxviridae possui representantes mundialmente conhecidos que infectam uma gama de hospedeiros vertebrados e invertebrados, incluindo os seres humanos. Os poxvírus são divididos em duas subfamílias, a Entomopoxvirinae, a qual inclui os poxvírus que infectam insetos, e a Chordopoxvirinae, que compreende os poxvírus que infectam vertebrados. A subfamília Chordopoxvirinae possui atualmente dezoito gêneros, e o gênero Orthopoxvirus está entre os mais estudados. Desde 1999 o Vaccinia virus (VACV) tem sido relacionado a surtos envolvendo seres humanos, bovinos, equinos e outros animais. A partir de diversos estudos realizados por pesquisadores brasileiros, os isolados de VACV brasileiros (VACVbr) foram divididos em dois grupos: grupo 1 (menos virulento em modelos de infecção murina), grupo 2 (mais virulento em modelos de infecção murina). A multiplicação dos poxvírus está intimamente relacionada ao reticulo endoplasmático (RE), e as fabricas virais produzidas durante a replicação são envoltas por suas membranas. Além disso, a obtenção da conformação tridimensional correta de proteínas ocorre em sua maioria no lúmen do RE. Por consequência, esta organela é capaz de responder a perturbações ocasionadas pelo acúmulo de proteínas mal dobradas, levando ao processamento adequado dessas proteínas ou até a morte celular programada, através da via de resposta a proteínas mal-dobradas (Unfolded Protein Response – UPR). Esta via possui três sensores principais, que incluem as proteínas ATF6, IRE1 e PERK. A via UPR tem papel crucial na resposta imune, relacionando-se com a maturação e diferenciação de células imunitárias, além da produção de citocinas. Sendo assim, a modulação da via UPR teria papel importante na resposta imune do hospedeiro pela infecção por poxvírus. Neste trabalho, investigamos os efeitos da infecção pelos isolados de VACV brasileiros Guarani P1 virus (GP1V) e Passatempo virus (PSTV), sobre a ativação dos sensores da via UPR em comparação ao VACV Western Reserve protótipo do gênero. Os ensaios de gene repórter nos mostraram a ativação de ATF6 após a infecção pelos VACVbr. Nas curvas de ciclo único e múltiplos ciclos não foi possível observar diferença na produtividade desses vírus na ausência ou presença de ATF6; entretanto por fenótipo de placa é possível observar que nas células ATF6-WT as placas de lise são menores quando comparadas com as placas formadas nas células ATF6-KO. Através do ensaio de RFLP verificamos que a infecção pelos três vírus analisados modula negativamente o processamento do mRNA de XBP1, alvo de IRE1. A avaliação do fenótipo de placa na presença dos inibidores do domínio cinase e Rnase de IRE1, nos mostrou diminuição da placa de lise dos VACV-Br na presença do inibidor do domínio cinase. Curvas de ciclo único em células MEF-WT e PERK-KO não nos mostraram diferença na produtividade dos vírus GP1V, PSTV e WR, contudo os ensaios de fenótipo de placa nos mostraram placas de lise maiores nas células PERK-KO quando comparadas as formadas nas células MEF-WT. As curvas de ciclo único realizadas na presença do inibidor de BiP não nos mostraram diferença na produtividade dos VACV-Br, entretanto no ensaio de fenótipo de placa é possível observar placas de lise de tamanho menor nos poços tratados com o inibidor. Ensaios de qPCR mostraram que a infecção pelos vírus GP1V, PSTV e WR regula a expressão de genes responsivos a via UPR. Concluindo, ATF6 parece ter papel importante durante a infecção dos VACV-Br; os três vírus multiplicaram eficientemente nas células deficientes para o sensor PERK e o domínio cinase de IRE1 tem papel importante na replicação dos vírus GP1V, PSTV e WR.
publishDate 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-04-16T18:06:50Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-04-16T18:06:50Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-01-26
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/35737
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0001-6090-4253
url http://hdl.handle.net/1843/35737
https://orcid.org/0000-0001-6090-4253
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Microbiologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICB - DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35737/2/license.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35737/3/Karine_TESE_VERS%c3%83O%20BIBLIOTECA%20ok.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
254791abee7a1c5851d0565ae394473a
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589302786981888