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Jose Luiz Borges HortaGiorgia CecchinatoPedro Süssekind Viveiros de CastroKarine SalgadoGabriel Lago de Sousa Barroso2019-08-10T04:18:30Z2019-08-10T04:18:30Z2014-02-21http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9K9T8JEsta dissertação investiga a relação entre arte e política no pensamento do Romantismo alemão e, mais especificamente, no período chamado de Primeiro Romantismo (Frühromantik), tomando por base a obra de dois autores, Friedrich Schlegel e Novalis (Friedrich von Hardenberg). A arte ou a poesia, que é como os românticos chamam o princípio de criação que determina toda a atividade propriamente artística, atravessa como um elemento fundamental o pensamento primeiro romântico, formando a partir disso uma compreensão que se dirige ao problema do político. O trabalho busca interpretar essa relação, partindo do pensamento poético-filosófico dos autores, para desenvolver, então, as consequências disso em sua filosofia política e em sua filosofia do Estado. Leva-se em conta, para isso, tanto as perspectivas surgidas da revolução idealista e da crescente importância da arte neste período, quanto o horizonte histórico determinado pela Revolução Francesa, que cria um espaço ao mesmo tempo de crise e de abertura de possibilidades para um novo projeto de vida política e social. Assim, a partir de um imperativo estético e hermenêutico, o Romantismo formula uma solução conduzida pelo princípio poético para as questões políticas que surgem neste momento decisivo da Modernidade. No projeto de uma nova mitologia, os românticos articulam uma forma de legitimação e integração da comunidade orientada pela constituição de uma simbologia poética e de um imaginário coletivo, que busca reverter o diagnóstico da época moderna como um momento de dissolução da vida comum nos limites da esfera privada, bem como proporcionar, através do constate processo criativo, o rejuvenescimento da própria cultura. O ideal de formação (Bildung), por sua vez, é pensado pelo Primeiro Romantismo como uma política superior, isto é, uma via de integração das diversas esferas da cultura que, a princípio, encontram-se cindidas, bem como um modo de conquista da plenitude da existência humana. A formação vem a ser o sumo bem, e a finalidade do Estado enquanto forma de organização política. A partir disso, surge o conceito de Estado poético que, dirigido pelo imperativo estético, organiza-se através da relação entre eu e tu, como uma vida política na qual cada parte é reconhecida como mediadora do todo. Este conceito encontra-se diretamente ligado à crítica romântica da concepção iluminista de Estado enquanto máquina, que se orienta pela metáfora mecânica e, com isso, trata o cidadão segundo uma relação de causa e efeito, destituída do princípio de liberdade da ideia. Por fim, o trabalho busca compreender o projeto político do Romantismo formulado a partir da integração entre poesia e história. A história surge aqui não apenas como uma lida com o passado, mas como uma visão poética do futuro, que tem como finalidade a abertura criativa da possibilidade em meio à tensão com o presente, sob a forma de um projeto político de esclarecimento da humanidade.This thesis investigates the relation between art and politics on German Romanticisms thought and, more specifically, on the period known as First Romanticism (Frühromantik), taking as subject the work of two authors, Friedrich Schlegel e Novalis (Friedrich von Hardenberg). The art or the poetry, as the romantics call the principle of creation that determines any truly artistic activity, performs a fundamental role in the first romantic thought and allows the construction of a comprehension that faces the problem of the political. The research intends to interpret this relation, starting from the poetical-philosophical thought of the authors to develop, then, the consequences that follow on their political philosophy and their philosophy of the State. For that purpose, it is considered not only the perspectives that emerge from the idealist revolution and from the growing importance of art on that period, but also the historical horizon designed by the French Revolution, which creates a situation, at the same time, of crises and of disclosure of possibilities to a new project of social and political life. Therefore, standing from an aesthetics and hermeneutical imperative, Romanticism develops a solution to the political questions that arise at this decisive moment of Modernity, guided by the poetic principle. Inside the project of a new mythology, the romantics articulate a form of legitimation and integration of the community directed by the constitution of a poetical symbolism and a collective imaginary, that seeks to revert the diagnosis that presents the modern age as a moment of dissolution of common life into the boundaries of the private sphere, and also aims to provide, by the constant creative process, the rejuvenation of culture itself. The ideal of formation (Bildung), on its turn, is thought by the First Romanticism as a superior politics, which means, a path to integrate the different domains of culture that were, at first, found apart, as well as a means to conquer the plenitude of human existence. Formation turns out to be the supreme good and the objective of the State taken as a form of political organization. From this standpoint emerges the concept of poetic State that, conducted by the aesthetic imperative, organizes itself by the relationship between me and you, constituting a political life where each part is recognized as mediator of the whole. This concept is directly linked to the romantic criticism of the illuminist conception of the State as machine, which is guided by the mechanic metaphor and, as a result, treats the citizen according to a relation of cause and effect, deprived from the principle of freedom of thought. At last, the work intends to comprehend Romanticisms political project formulated by the integration between poetry and history. History is invoked here not only as a glance to the past, but also as a poetical vision of the future, that aims to the creative disclosure of possibilities in the midst of the tension with the present, framed as a political project of enlightening the humanity.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGNovalis, 1772-1801Ciência política FilosofiaSchlegel, Friedrich von, 1772-1829 Critica e interpretaçãoEstética FilosofiaArte FilosofiaModernidadeEstado Aspectos filosóficosFilosofia do EstadoTeoria da modernidadeRomantismo alemãoFilosofia políticaEstética e filosofia da arteArte e política no romantismo alemãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALgabriel_lago_dissertacao_versao_final.pdfapplication/pdf2187936https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9K9T8J/1/gabriel_lago_dissertacao_versao_final.pdf2473e9fabe15f0e5e3fb430c29b4f504MD51TEXTgabriel_lago_dissertacao_versao_final.pdf.txtgabriel_lago_dissertacao_versao_final.pdf.txtExtracted texttext/plain1058933https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9K9T8J/2/gabriel_lago_dissertacao_versao_final.pdf.txtaa326a87c1621e4b5001947364ece646MD521843/BUOS-9K9T8J2019-11-14 03:00:32.997oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9K9T8JRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T06:00:32Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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